Capítulo 2

Quatro meses depois

Tempos já tinham se passado e meu luto só piora, os pais de Kemolly por não querer se lembrar da filha sem sofrer viajaram para longe daqui, me deixaram sem mais delongas, fiquei aqui com a minha mãe, fazia as coisas da casa, estudava e fazia o máximo possível para não me suicidar, todas as noites minha mãe me leva para o seu trabalho com roupas que mais se parecem uns panos já que mostrava tudo, eu estou cada vez com mais ódio dela como pode fazer isso com sua única filha. Nesses meses ainda não aconteceu nada com o meu corpo já que ela não deixava, dizia ela que o homem certo ainda não tinha chegado

Como se não fosse suficiente para me deixar ainda com mais luto estou como cadáver, não dormia nem ia para a escola já que todos me olhavam com desprezo nos olhos ganhei até um novo apelido "a garota ceifadora" era como me chamavam, então fico em casa o que foi uma das minhas piores escolhas de minha vida, o dia passa com minha mãe me xingando, me batendo, me dando ordens, arruinando minha vida é só assim que vivo desde quando era criança era desse mesmo jeito

Ela nunca muda, a mesma me chama para uma conversa e fui de imediato já que não queria ser espancada até minha morte, o que para mim seria melhor. Cheguei na sala e lá estava a minha avó parecendo que é mais jovem do que realmente é

— o que vocês querem comigo—falei sem emoção e sem expressão no rosto

—que horror essa garota já está morta só falta enterrar, minha filha por que a tem aqui com você ainda?

— aí mãe ela me dá muito dinheiro sabia?

—e pensar que saio de um homem tão feio

— mamãe olha eu sei que o Roger era um cara casado e feio mas sabe ele era muito rico, acho que não te contei mais quando contei que estava grávida ele me deu tanto dinheiro só para sumir hahaha —ria alto

—ai verdade.... vamos falar logo com a Annika antes que me dê enjôo de olhar para ela

—sim mamãe, Annika já está na hora de sair com os homens e ganhar dinheiro com seu corpo – falou com uma taça indo para a boca

—sim sim já está na hora de retribuir o favor que sua mãe teve de não te abordar e criar você —falou com um tom de deboche, eu não aguento mais essa velha!

— não...

— o que disse? você é uma filha muito ingrata mesmo em?sua mãe sacrificou o próprio corpo para te ter, fez coisa que nenhuma mãe faria você deveria fazer esse favor para ela é seu dever como filha– não aguentei segurar o riso de desespero e nojo naquelas palavras, nem acredito que ouvi mesmo isso sair da boca dela

— hahahah hahahah você tá me dizendo para se grata por uma mãe que me abusa psicologicamente, emocionalmente e fisicamente?! acha que ela tem sido uma boa mãe para mim? acho que errou feio

—escuta aqui sua vadia de merda você é minha responsabilidade e se eu mando você fazer algo para mim cala a boca e faça sem pestanejar, seja útil pelo menos uma vez em sua vida!!!

— tá de brincadeira! mamãe? acha que eu sou mesmo a sua filha? sou uma inútil qualquer que você quer como escrava!! sempre me chamaram de bastarda e nunca que me amaram, o que fizeram por mim não foi nada

—se não fosse por mim estaria morta agora com fome

— não eu estaria bem melhor longe de você! eu te odeio!!! sempre quis uma mãe que me amasse e que ficassem sempre ao meu lado e não que me xingue e me faça mal, você não serve para se mãe Graziela Rodrigues!!!– falei e sair correndo da sala para a rua

Descalça na rua correndo para que ela não tentasse me alcançar mesmo que seja impossível que elas me sigam para algum lugar, elas me acham um estorvo um incômodo para as suas carreiras e reputação, continuei a correr sem parar até cansar e me perder no meio da rua, tempos andando cheguei a uma grande ponte queria acabar logo com isso de uma vez, ir para um lugar onde não sinta dor. olhei a minha volta e vi tijolos com cordas, mas por que isso estaria aqui?

Sem pensar muito peguei o máximo de tijolos que consegui e amarrei eles em minha cintura, perna e mãos eu não queria viver então estou fazendo de tudo para que ninguém me salve, fiquei em cima da barra de ferro que era baixinho e fácil de subir mesmo com peso, e pulei senti a água me machucar bastante e minha pele começar a arder mesmo dentro da água

Fiquei lá afundando até começar a ficar com falta de ar e com os tímpanos estourando, afogamento é a forma mais dolorida de morrer, estava me sufocando não estava aguentando mais a dor e como eu sabia que ninguém iria me salvar tive que aguentar aquela tortura. Nunca que iria imaginar que iria finalmente morrer e me livrar desse mundo eu não quero reencarnar nessa vida, se for para reviver de novo quero ter uma mãe calorosa que me ame, quero ter um pai presente e quero ter minha amiga de volta do jeito que ela era antes

Esse foram os meus últimos pensamentos antes de fechar os olhos ainda debaixo d'água e finalmente não ter mais nada para se pensar

Eu....

estou...

enfim......

livre.....

............

..................

...................................

Continua.......

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Comments

Marcia Ramalho Mecias

Marcia Ramalho Mecias

uau que judiação

2023-05-30

1

LadySillver34

LadySillver34

não!!! suicídio não é nada legal,
isso não é livramento, foi o fim da picada, e o começo de outro desastre,
Aff que horrivel desistir da vida

2022-10-29

3

LadySillver34

LadySillver34

com essa idade já pod3 trabalhar e só ir embora

2022-10-29

0

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