Feyre voltou para o quarto e viu que Áquiles estava delirando e tremendo de frio.
FEYRE - Merda!
Ela correu e o cobriu, aqueceu o quarto aumentando a temperatura do seu corpo, mas ainda assim ele tremia e balbuciava coisas sem sentido.
Ela então decidiu abraça-lo novamente, tinha funcionado mais cedo, fora que ficar abraçada com Áquiles não era nenhum problema para ela, Feyre havia gostado dele desde o primeiro momento em que o viu.
Assim ela retirou as roupas do humano e as suas e se deitou sobre ele, cobrindo ambos com o lençol. Feyre liberou o seu calor sobre o corpo do humano, aos poucos ele foi se acalmando e parou de tremer. A medida que ela sentia que a temperatura do corpo do humano ia aumentando e ela diminuia a intensidade do seu calor, até que ambos ficassem com a mesma temperatura corporal. E assim adormeceram.
No dia seguinte
Áquiles acordou um tanto quanto desnorteado, a cabeça doía muito, havia um peso sobre o seu corpo e os olhos custavam a abrir. Quando finalmente conseguiu abrir os olhos, mirou em todas as direções tentando reconhecer onde estava, foi então que se deu conta de que o peso sobre o seu corpo era Feyre deitada sobre ele.
Arregalou os olhos ao perceber que ambos estava nus, um sobre o outro. "Ai merda, o que aconteceu?" Pensou já se desesperando, foi quando Feyre abriu os olhos e com um sorriso lhe deu um bom dia.
ÁQUILES - O que aconteceu senhora? Por que estamos sem roupas?
FEYRE - Não se lembra? Transamos a noite toda!
ÁQUILES - O que?
A dragoa caiu na gargalhada ao ver a cara de espanto do humano.
FEYRE - É brincadeira seu bobo. Meu primo Ice da casa de gelo invadiu o meu quarto e você o impediu de levar o documento do acordo, resistiu bravamente, além de demonstrar habilidades que eu não sabia que humanos poderiam ter.
Em quanto Feyre falava Áquiles foi se lembrando de tudo que ocorreu. A chegada de Ice, a luta entre eles, o modo como ele achou Feyre no quarto de Aegon e como ela o salvou e cuidou dele a noite inteira.
ÁQUILES - A Senhora me salvou, e cuidou de mim. Por que? Achei que dragões odiassem humanos.
FEYRE - Alguns odeiam, mas eu não. Além disso você não é qualquer humano. É o meu humano, e você quase morreu pra proteger algo que era importante pra mim e pra Antígena. Sou muito grata por isso.
ÁQUILES - Eu faria qualquer coisa pela senhora e por esse reino. Muito obrigado por cuidar de mim.
FEYRE - Ta bom, mas seria tão ruim se tivéssemos transado como falei?
ÁQUILES - Horrível seria acordar e não me lembrar de como é tê-la em meus braços.
Os dois ficaram se olhando por um tempo, e Áquiles começou a sentir algo crescer entre suas pernas. Feyre corou ao sentir aquele volume se formando próximo a sua intimidade.
Era algo inevitável, pois estavam nus, abraçados, deitados um sobre o outro, e ambos estavam atraídos.
Envergonhado, Áquiles se levantou de supetão.
ÁQUILES - Me desculpe senhora, não tenho intenção de te desrespeitar. Vou voltar ao meu alojamento.
FEYRE - Não precisa sair correndo. Pode usar o meu banheiro, toma um banho e me faz companhia, de qualquer forma mais tarde vamos ao castelo da casa da água, isso se você já estiver melhor é claro.
ÁQUILES - Estou melhor senhora.
FEYRE - Que bom, vou precisar de sua ajuda, e de suas habilidades sensitivas para perceber algum problema, e possíveis planos arquitetados contra Antígena.
ÁQUILES - Pode contar comigo. Mas eu vou me vestir e deixar o seu quarto e a senhora em paz, para que possa se vestir também.
Feyre riu do constrangimento de Áquiles, ele era mesmo um humano puro, respeitador e leal.
FEYRE - Ta tudo bem, não é a primeira vez que tem um macho na minha cama.
Áquiles franziu o cenho com essa fala de Feyre, tudo bem que eles não tinham um relacionamento, mas ele sentiu um certo ciúmes de pensar que outro macho já havia estado ali e desfrutado dela.
ÁQUILES - Não sou um dos machos que passam pela sua cama senhora.
FEYRE - Não, não é. Talvez prefira a cama do Devon.
ÁQUILES - Já disse a senhora que nunca estive na cama do rei.
FEYRE - Não tá mentindo pra mim né? Porque isso não faz sentido. Você era um garoto franzino, parecia um adolescente quando chegou aqui, bem do tipo que o Devon gosta. E o rei nunca perde a oportunidade de ter o que ele quer. Se ele não queria te comer, porque te trouxe pra cá? Qual é a sua com o Devon então?
Áquiles desviou o olhar e baixou a cabeça. No fundo ele não sabia muito bem o que o rei tinha com ele e sua mãe, mas não queria envolver sua amada mãe nos assuntos dos dragões.
ÁQUILES - Não sei.
FEYRE - Mas é claro que sabe.
Feyre se levantou enrolando-se no lençol e caminhou até Áquiles que já havia se vestido.
FEYRE - Por que ta escondendo isso de mim? Como posso confiar em você se tem segredos, ainda mais segredos com Devon?
ÁQUILES - Não estou escondendo nada. Eu apenas não quero falar da minha família.
Feyre respirou fundo e falou com o semblante áspero.
FEYRE - Pois bem. Tire o dia de folga vá descansar e ver a sua família. Amanhã eu verei o que fazer com você.
ÁQUILES - Dia de folga? Mas e a visita ao castelo da casa da água? Não disse que precisava de mim?
FEYRE - Preciso de alguém de confiança. Como vou confiar em um humano que não confia em sua dragoa? Pode ir Áquiles, aproveite para se curar da briga de ontem.
Feyre se vira e vai em direção ao banheiro. Porém é interrompida pela voz de Áquiles.
ÁQUILES - Eu não sei qual é realmente a relação do rei com a minha família. Acho que tem algo a ver com o meu pai, eles eram íntimos de alguma maneira, e quando o meu pai morreu o rei passou a ajudar a minha mãe. Ela pediu que ele me arrumasse uma ocupação, pois eu estava me envolvendo em problemas e enfim, ele me trouxe aqui. Talvez o envolvimento dele com o meu pai fez com que ele sentisse que devia algo a minha mãe. Eu confio na senhora, só tenho vergonha e não quero humilhar mais a minha pobre mãe.
Feyre se aproxima do humano e lhe dá um abraço apertado.
FEYRE - Obrigada por me contar. E a sua mãe não será humilhada. Devon é que é desprezível. Como disse ele suja tudo que toca.
ÁQUILES - Porque não gosta do rei? Ele não é um bom pai?
FEYRE - É complicado. Primeiro porque na verdade ele é meu avô. Minha mãe era esposa do Devon, e ele a obrigou a se deitar com Aemon, o filho que ele teve com uma amante, uma dragoa inferior. Aemon é meu pai e pai dos meus irmãos, exceto da Freydes que é filha de um dragão inferior que violentou a minha mãe, quando ela estava presa no fosso, condenada por matar o meu pai. O Devon assumiu a todos nós como filhos e com a morte do Aemon me tornei a sua herdeira legítima.
O humano ouviu tudo isso abismado e com os olhos arregalados.
ÁQUILES - Minha nossa!
FEYRE - E essa não é nem metade da história drástica da casa do fogo. Mas depois eu te conto o resto. Vamos nos arrumar para ir ao castelo da casa da água. Meu humano fiel.
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Atualizado até capítulo 29
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