_Aquele patife como pode agir dessa maneira, depois de tudo o que o senhor fez por ele, a garota já sentia um desprezo sem igual por ele, agora se sentia enojada.
_ Devia ter visto o rosto do canalha, ele estava se segurando para não dar gargalhadas.
_ Homem insuportável. Ordinário, maldito e insensível, mas deixe ele para lá papai e se vendermos algumas propriedades, certamente conseguiríamos quitar a dívida.
_ Não há mais nada a ser vendido querida, praticamente já vendi tudo que tínhamos e a dívida ainda não está quitada nem se quer pela metade, só nos resta esse teto que esta sobre as nossas cabeças.
_ Então, não a maneira de pagarmos a dívida?
_ Não nessa vida, minha querida… suspiro… não nessa vida.
Helen senta-se ao lado do seu pai na grande poltrona de ouro, fitando-de cima a em baixo.
_ Para que precisávamos mesmo desta coisa dourada… suspiro longo.
Os dois soltam uma longa gargalhada, para amenizar a tristeza da situação horrível em que se encontravam.
Determinada a resolver a triste situação em que se encontravam, Helen, decidira, ir em busca de conselhos da Sr. Dote que era uma amiga de longa data, e por ser mais velha e experiente, sempre a oferecia bons conselhos, ela a considerava uma amiga sem igual, nunca a havia desamparado.
_ Sra. Dote, assim se resumi a minha ultrajante situação, falara a garota enxugando os olhos com o lencinho de pano bordado a mão que a senhora acabara de entregar-lhe.
_ Oh querida, não chore, vamos pensar em algo para resolver a sua situação.
Lindisey Dote, era uma mulher muito respeitada por todos, depois da morte do seu marido, ela teve que criar os seus dois filhos, Mike e Emily sozinha e ainda tinha que manter a sua família e o seu nome, ela administrava todas as propriedades da família com mãos de ferro, embora era incomum mulheres conseguirem prestigio, a Sr. Dote era um caso em especial, não havia um homem que conseguia lidar com a "Mulher de ferro" como todos a chamavam.
_ Imagine, Sra. Dote, eu nem irei mais poder comprar um único vestido numa modista da alta sociedade.
_Calma querida, você e uma mulher forte, tenho certeza ira resolver toda essa situação.
As duas mulheres andavam de um lado pelo outro, e a cada passo sugira uma ideia diferente.
_E se pedirmos um empréstimo ao Banco, o seu pai conhece pessoas.....andando para a direita
_ não, infelizmente os canalhas abandonaram o meu pai... andando para a esquerda
_ Já sei, posso-lhe emprestar o din...
- E muito alta\, a senhora não teria como me dar toda essa quantia e ainda tem a sua família...
_ E se... Deixe
Se encontram no meio do salão…
— Qual era a ideia, diga?
_ não, querida, deixe.
_ fale por favor, estou desesperada, não há nada que eu não faça.
_ E... Se... Você casa-se com alguém capaz de quitar a dívida da sua família… alguém muito, muito rico.
_ Mais quem numa cidade tão pacata teria dinheiro para isso...
As duas param por minutos diante da janela do salão, estáticas imaginando prováveis pretendentes, ficam por horas sem moverem em músculo sequer, até que por milagre lembrou-se que o destino estava a seu favor e que naquele exato momento a salvação que precisavam vinha para aquela pacata cidade, e falam quase simultaneamente.
_ O Conde...
As mulheres sorriem, diante de tamanha coincidência, era impressionante como conseguiam se completar, a Sra. Dote era a mãe de Helen desde a morte da sua mãe, ela sempre fazia visitas constantes a sua casa, após a morte da sua mãe ela acompanhou Helen em todos os momentos, no enterro, foi seu ombro para chorar, uma vez que o seu pai começou a se embriagar e já não conseguia ser seu apoio emocional, os papeis às vezes se invertiam, às vezes ela tinha que ser O pai, a morte da sua mãe foi um grande abalo para seu pai, ela era como ele a chamava o "pilar da sua vida", a garota sempre teve o amor dos seus pais como inspiração para seus relacionamentos, por isso demorava tanto para se casar, buscava por amor semelhante e agora iria abandonar esse ideal e salvar a sua família.
Helen andava pelas ruas da cidade, segurando as barras do seu vestido, chovia e ela não queria molhar a barra e muito menos estragá-lo, ela atravessara a rua poucos minutos, o seu guarda-chuva entortara com o vento, ela vira o seu corpo bruscamente e acaba tombando num homem que andava ao seu lado, e que acabara de perceber, por estar com a mente focada nas possas de água e na barra da sua vestido, que nesse momento estava totalmente encharcado pela poça enorme que acabara caindo, a poça era imensa cabia uma pessoa deitada sobre ela, certamente alguém poderia nadar pensara a poucos minutos e morreria afogado com toda certeza.
O homem nem se quer olha para trás para conferir o que havia acontecido, apenas continua a andar para frente, quando ouve os gritos da moça.
_Ai, você… Ela falou de forma grosseira como nenhuma outra mulher haveria coragem de falar, e apontou o dedo em direção ao homem, que se mantinha a poucos metros de distância parado de costa segurando um guarda-chuva.
_ Não viu o que me fez, como pode ser tão grosseiro e sair como se não se ouve nada.
O homem estava relutante de acreditar o que acabara de ouvir, pois se ele se lembrara, ela havia esbarrado nele, então não haveria hipótese alguma daquela mulher está a falar com ele, deu um sorriso de canto de boca e olhou de relance e constatou que a mulher era completamente louca, e vinha na sua direção com o dedo erguido para lhe acusar de algo que nem se quer era ele que havia feito.
_ Como pode haver homens como você, que se quer conseguem ser cavalheiros com uma dama como eu.
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Atualizado até capítulo 39
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