Fazem seis meses que abri meu restaurante e já tem uma boa clientela, ele é do mesmo formato dos outros, pequeno, aconchegante e precisa de reserva para conseguir uma mesa pois está bem requisitado, porém estamos na semana do rodeio e o movimento baixou um pouco pois as pessoas optam por comer nos restaurantes mais próximo do parque.
Meu chef ainda precisa aprender alguns truques então estou me dividindo entre a cozinha e o salão orientando os garçons e as recepcionistas. Chegou um grupo de estrangeiros, cinco homens, e noto que estão um pouco alterados, provavelmente beberam bastante no rodeio, falam alto e gesticulam bastante, por isso prefiro ficar no salão e atendê-lo pessoalmente.
É assim que trabalho, não é que eu acho que meus funcionários altamente treinados não consigam servir eles adequadamente, mas assim consigo resolver qualquer problema que venha aparecer durante a permanência deles no restaurante e assim manter a boa fama que já consegui com meu estabelecimento.
Informei o pedido do grupo e fui para trás do balcão, uma mesa esvaziou e fico agitado, não demonstro mas para um empresário do ramo gastronômico uma mesa vazia é dinheiro não entrando em caixa e saber que não tem uma reserva para logo em seguida ela estar ocupada me deixa apreensivo.
Mas me acalmo assim que vejo na recepção uma linda gaúcha vestida em uma calça jeans bem justa, camisa preta, cinto de couro com uma bela fivela, botas, chapéu de cowboy tudo isso combinado com um belo corpo,com ela tem um menino que se parece muito com ela e também se veste como um peão, pelo que observei deve ser um atleta de tiro de laço já que o laço está em seu ombro e segura tão naturalmente que deve andar com ele o tempo todo.
De onde estou posso observar quase todo o salão do restaurante e tenho uma boa visão do grupo agitado e da linda prenda com seu risonho peãozinho, até nosso olhares se encontrarem a cumprimento com um leve balançar de cabeça e ela retribui, e não sei porque mas sinto um leve arrepio percorrer na minha espinha ela é linda e eu me sinto como um adolescente.
Tudo está correndo bem, o grupo baderneiro foram bem atendidos, já pagaram a conta e estão se levantando para sair quando o pequeno peão bate no garçom e todas as bebidas caem molhando um dos homens do grupo que imediatamente começa a xingar o menino, a mãe dele em poucos passos já está entre o homem corpulento e seu pequeno o defendendo corajosamente como um salva-vidas distraindo um touro para o peão sair da arena, mas na verdade ali está uma toureira e prestes a atacar o touro.
— Eu não sei o que você está falando e não sei se está me entendendo, mas peço que se acalme, ele não fez de propósito e ele já se desculpou então chega de fiasco - fala a linda peoa com muita autoridade mas sem levantar a voz.
— Ok pessoal, vamos manter a calma, como a mãe já disse o menino não fez de propósito. Podemos fazer algo pelo senhor?
Eles continuam agitados e vejo que mal entendem o que falo então falo com eles em inglês e conseguimos nos entender, como eles estarão em Vacaria por mais alguns dias lhes prometo uma refeição gratuita, vejo que a moça não entendeu quando falamos em inglês então falo para ela e vejo o quanto ela ficou chateada.
— Eu vou pagar o desperdício das bebidas de hoje e quero pagar pela refeição deles, me desculpo pelo ocorrido, não tínhamos intenção de causar todo esse alvoroço.
— Não há o que você pagar, eu acredito fielmente que o menino…
— Pedro… o nome dele é Pedro e eu sou Maria.
— Certo Maria, sou Felipe e como eu dizia tenho certeza que o Pedro não fez de propósito então não vejo o motivo de você pagar por qualquer coisa, acidentes acontecem e foi isso que aconteceu aqui.
— Mesmo assim eu não me sinto confortável com isso.
— Senhora o menino esqueceu o laço na cadeira - diz o garçom entregando o laço a Maria
— Onde está o Pedro? - ela pergunta olhando para os lados tentando localizar a criança
— Senhor é melhor irem lá fora - diz a recepcionista assustada.
Quando saímos os homens que estavam no restaurante estão dispostos em uma roda e tem alguém no centro, não consigo ver que é, apesar de eu ser alto os homens são bem maiores do que eu e mais corpulentos.
Apesar do grupo falar muito mal português podemos identificar com precisão o que falam, eles xingam a pessoa que está acuada no meio deles de todos os palavrões possíveis, ao meu lado ouço o estalar de um chicote no chão, olho e vejo Maria bater novamente com o laço no chão indo ao encontro do grupo, sem pestanejar ou se amedrontar com a quantidade de homens e seus tamanhos ela desfere chicoteadas neles com o laço como se estivesse chicoteando um animal.
— Conseguem intimidar uma criança mas não conseguem se defender de uma simples chicotada? - fala enraivecida enquanto gira o laço no ar e continua desferindo golpes atrás de golpes.
Um dos homens corre para longe e na maior maestria ela o laça trazendo de volta para o meio deles.
— MARIA PARE!!!!!
Me viro para ver quem grita e é um policial, legal mais um para apanhar de Maria, nunca fui dado a violência mas ver uma mulher linda, forte e determinada dando uma surra em cinco machos alfas me deu um certo prazer em assistir.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Fatima Maria
EU ESTOU TE AMANDO MARIA POTE PRA QUEBRAR NESTES BOSTAS, DÊ MAIS UMAS SURRAS
2025-01-28
0
Anonymous
Eita lasqueira
2025-03-02
0
Lena Macêdo E Silva
mãe é assim mesmo, podem até mexer com a cria dela, mas se aguentará as consequências, é outra história ☺️🙊🙉🙈
2023-11-06
4