CAPÍTULO V

Ver aqueles homens xingando meu menino uma ira toma conta de mim, não entendo sua fala mas entendo suas expressões, mesmo muito irritada tento manter a postura de boa prenda e resolver o impasse, até que o lindo Chris Evans vem ao meu auxílio e consegue resolver o problema.

Ele me explica o que disse a eles e claro que fico muito constrangida por ele estar perdendo dinheiro prometendo uma refeição gratuita para aqueles marmanjos que não entendem o que é um acidente, ele deve ser o gerente do local e com certeza esse valor sairá do bolso dele por isso me sinto na obrigação de pagar pela despesa.

Quando a recepcionista diz para irmos na rua meu coração dispara e seu que algo está acontecendo com meu pequeno e não me engano mesmo estando rodeado por uma muralha de homens consigo ver suas pernas encolhidas tentando se proteger.

Não penso em nada além de rodar o laço e acertar os que amedrontam meu rebento e faço isso sem a menor dificuldade, não sei quantas vezes o laço acerta aquelas enormes paletas e tem um que se atreve a fugir da minha correção, não, não seu moleque não sabe com quem está lidando, laço ele como um bezerro desgarrado e trago de volta para o rebanho.

Ouço alguém gritando para eu parar, me viro e lá está o policial Santos de novo querendo impor sua autoridade sobre mim.

— O que você está fazendo Maria? Quer ir presa?

— Presa por defender meu filho Carlos? Esses cinco marmanjos o encurralaram, derrubaram no chão, o xingaram de todos os palavrões imagináveis e eu serei presa? Ah, faça me o favor.

Minha vontade era de incluí-lo na surra mas aí seria realmente presa, enquanto os homens se afastam vou para junto do meu filho e o pego do chão como fazia quando bebê e o levo para o carro no colo apesar de seus protestos que pode andar, sento ele no banco do motorista e volto a encarar os “coitados” homens lanhados pelo laço de Pedro.

— Vocês podem realizar um B.O caso desejem.

— Sério isso? Senhor policial você não estava aqui, não viu o que aconteceu e o que levou Maria a tomar a atitude que tomou, mas eu vi e meus funcionários também, se alguém tem direito a fazer um B.O aqui é Maria e Pedro.

— Quando cheguei eu a vi batendo nos homens.

— Exato, você só sabe de um lado policial deveria ser imparcial e agir da maneira correta ouvindo as duas partes e não ir se posicionando antes de saber toda a história - continua Felipe nos defendendo.

— Eu conheço Maria e sei do que ela é capaz.

— Se me conhece tão bem quanto diz, deveria saber que não saio chicoteando as pessoas por aí sem motivo. Eu já te disse o que aconteceu aqui mas se você quer fazer vistas grossas por mim tudo bem, vamos a delegacia e faremos um B.O já que quer tanto mostrar serviço, vamos até o delegado e veremos quem está com a razão.

— Vamos deixar por encerrada essa situação Maria, afinal eles não querem mais confusão só espero que isso não se repita, chame a mim se precisar novamente.

— É claro que eles não querem mais confusão fica feio para um bando de marmanjo dizer ao delegado que apanharam de uma mulher e fique claro policial Santos não se repetirá até me tirarem fora do sério, não sou mulher de levar desaforo para casa ou deixar que outros resolvam meus problemas.

Dou as costas para eles e me dirijo até a caminhonete, Pedro já pulou para o lado do carona e eu saio cantando os pneus, afinal ainda estou extremamente irritada, quase chegando a fazenda lembro que esqueci de agradecer Felipe por nos defender tão tenazmente.

Decido que mais tarde virei ao restaurante agradecê-lo corretamente.

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