Eu preciso te encontrar

Sr. Antonio ao percebendo o envolvimento dos dois, resolve os chamar para uma conversa.

— Sei que estão namorando – O tio diz sério e sem rodeios, os olhando de frente – Mas não trouxemos Sara conosco para ela ser brinquedo de ninguém, nem mesmo do meu sobrinho.

— Tio Antônio, eu gosto de Sara e quero ficar com ela — Riccardo resolve assumir o que está sentindo, pois, não se imagina se afastando de Sara. Os tios não esperavam que Riccardo assumisse os seus sentimentos e pensam um pouco, mas tia Rosa resolve os ajudar.

— Sei que estão se gostando, e tenho certeza que não seria capaz de machucar os sentimentos da nossa filha. Se é isso que querem terão a minha benção.

— Obrigada tia Rosa — Sara fala, lhe beijando o rosto.

— Então o melhor é vocês pararem de sumir, pois, a casa é grande e podem namorar aqui. E nada de namoro avançado, quero que respeite a nossa filha.

— Eu vou saber respeitá-la, tio — 'Estou tentando, mas as vezes é difícil não querer avançar' pensa  Riccardo

— Sou homem, e sei que essas sumidas de vocês, pode não resultar em boa coisa — fala tio Antônio, fazendo Sara corar, mas ele continua — Sendo assim, se é isso mesmo que querem e se vocês têm certeza do sentimento de vocês, vamos providenciar esse casamento para quando Sara completar 18 anos — Riccardo se assusta com o que o tio diz, pois, ele não imaginou que tudo seria tão rápido, casar com 23 anos não estava nos seus planos.

— Sei que sou novo, e confesso que não planejava me casar agora, mas eu tenho uma certeza, quero Sara em minha vida, pois conto os dias para estar com ela — ele sabe que a preocupação do tio é Sara engravidar, mas mesmo que isso acontecesse, estava disposto a assumir, ela e o bebê — Tenho certeza dos meus sentimentos por ela, sei que a amo e não quero ficar longe dela.

— Então o que me diz sobre vocês casarem?

— Concordo tio. Se Sara me aceitar como marido, vamos nos casar — Sara sorri de alegria, e assim, mesmo sem anel de noivado, firmam o compromisso. Mas Rosa não poderia deixar de ajudá-los mais uma vez, ela vai até o seu quarto e pega um anel que era da sua mãe, ela volta e entrega o anel a Riccardo.

— Acredito que a minha filha mereça um anel de compromisso. Era da minha mãe, agora vai ser da minha filha — Sara fica emocionada, e não consegue deixar de sorrir de tanta felicidade.

— Sara, você aceita casar comigo? — Riccardo pergunta a olhando nos olhos.

— Sim, é tudo o que mais quero — Riccardo coloca o anel, com uma pequena pedra de turmalina, no dedo da mulher que ele escolheu para ser a sua esposa. Eles se beijam, mas são interrompidos por um "hum hum!"

— Desculpa, tio — Ricardo diz sem graça e Laura fica vermelha de vergonha. 

E assim em menos de um ano já estavam casados. O casamento foi em fevereiro, Antônio queria que fosse antes, pois, ele vivia a interromper as investidas de Riccardo, fazendo Sara morrer de vergonha todas as vezes, mas as mães quiseram organizar uma bonita cerimônia para os filhos. E em fevereiro, eles estavam em um altar, fazendo juras de amor, sendo declarados marido e mulher. A lua de mel foi em Sicília, na praia de San Vito Lo Capo, onde puderam curtir e aproveitar cada dia se amando. Sara era virgem e Riccardo ficou louco ao ver ela tendo o seu primeiro orgasmo, ele fez questão de saborear todo o seu néctar, a preparando para a consumação do casamento. Quando ele a penetrou, foi um sentimento único de muito amor, estava se unindo a sua mulher, a sua Sara. Ao sentir o seu corpo ficar tenso, ele parou, mas continuou a beijando e logo ela começou a se contorcer de prazer, gemendo baixinho enquanto o beijava, quando ele sentiu que o prazer tinha substituído a dor, ele volta o movimento, fazendo ela o apertar com as pernas e as mãos, ele a fez ter outro orgasmo, recebendo como brinde uma lindo sorriso sensual de prazer, enquanto a provocava, sorria ao ver a sua mulher o apertar dentro dela, enquanto o seu corpo tinha espasmos de prazer.

Fizeram amor todos os dias  da lua de mel e foi inesquecível para eles os dias que viveram ali. Quando eles voltaram da lua de mel foram morar na casa que o pai de Riccardo os presenteou,  estava localizada em Milão, onde os pais de Riccardo moravam. Eles não tinham empregados, apenas um segurança que ficava no portão. Sara não viu necessidade de contratar empregada, ela adoraca cuidar da casa e cozinhar, mas fazia questão de estar com tudo pronto quando Riccardo chegava do trabalho, ele as vezes a encontrava na cozinha e eles ali mesmo faziam amor. Se amavam quase todos os dias, na cozinha, na sala, no quarto, não importava onde fosse, o importante era sentir um ao outro, proporcionando prazer, em uma demonstração de amor. Sara era sempre alegre, estava sempre rindo e brincando com o marido. As vezes dançavam animadamente, as vezes dançavam romanticamente, quando ela estava cozinhando adorava o sujar com os molhos que ela fazia, apenas para lamber depois, o provocando. Quantas vezes eles já correram atrás um do outro na cozinha, enquanto faziam algum prato juntos.

Todas essas lembranças povoam a mente de Riccardo. Não o deixando dormir, não o deixando esquecer, não o deixando viver.

Riccardo mesmo tendo saído da casa onde morou com Sara, não conseguia se ver livre das memórias de um passado feliz. Quando ele saiu de sua casa, a olhou pela última vez, e mais uma vez lamentou o que aconteceu.

'Porquê levaram a minha Sara? Hoje me encontro me sentindo tão sozinho, sem o seu sorriso, sem o seu abraço, sem os seus beijos, sem os seus carinhos. Sara, devolvam-me a minha Sara, eu não consigo viver sem ela, eu não consigo. Eu preciso te encontrar, eu quero tanto te encontrar mesmo que todos digam que esta morta, eu não posso acreditar que nunca mais poderei te ter em meus braços.

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