Sara Bianchi

Sara era filha adotiva dos tios de Ricardo, Antônio e Rosa Bianchi, eles não tiveram filhos biológicos, e adotaram Sara quando ela já estava com 14 anos. Eles a conheceram já nesta idade, eles haviam feito uma viagem ao Brasil a passeio, pois tinham amigos italianos que viviam no país.  Durando o período que estiveram no Brasil, participaram de um evento beneficente em um orfanato, patrocinado por uma família italiana, conhecida deles. Nesse evento eles conheceram Sara, uma jovem alegre e muito educada, a família já a conhecia, pois eles sempre patrocinaram os eventos do orfanato onde ela vivia e havia crescido. Ela foi abandonada recém nascida na porta da instituição sem nenhuma identificação, deram a ela o nome de Sara pelos seus traços finos e sua beleza, parecia uma princesa, segundo lhes disseram ao adotá-la. Eles tomaram essa decisão, pois sentiram algo especial por ela, logo que a conheceram. Sempre sentiram o desejo de adotar uma criança, e na verdade uma adolescente não estava em seus planos, mas resolveram adotá-la. Sabiam que com 18 anos ela sairia do orfanato, e como nunca houve o interesse de alguém em adotá-la, eles acreditaram que fosse um sinal para que eles a levassem com eles, pois eles sentiram que ela, era a filha que eles sonhavam ter.  Não entendiam como ninguém a quis adotar, pois ainda era uma recém nascida quando chegou ao orfanato e era linda, mas talvez fosse porque estava predestinada a ser filha deles, disseram eles a família, quando chegaram com ela.  No orfanato, mesmo ela crescendo e vendo as outras crianças serem adotadas ela nunca se sentiu triste, mesmo ficando para trás, não deixava de se sentir feliz por elas conseguirem uma família. Quando a diretora do orfanato a chamou dizendo que havia o interesse de uma famílias em adotá-la, ela ficou muito feliz, ainda mais quando descobriu quem era essa famílias, pois ela havia sentido algo especial por eles quando os conheceu no evento. Ela não imaginava morar em outro país, mas quando eles lhe perguntaram se gostaria de morar na Itália com eles, ela disse sim na mesma hora, pois acreditava que as coisas sempre aconteciam na hora certa, e que aquela, era a hora dela ter uma família.

Eles moravam em Toscana, na Itália e ela ficou encantada ao conhecer o lugar. Antônio, o pai adotivo de Sara era o irmão mais velho de Mário, o pai de Riccardo. Quando eles chegaram com a filha, eles fizeram um almoço em família, mas Riccardo estava no primeiro ano de faculdade e não pôde estar, depois disso eles haviam visitado a casa dos pais de Riccardo algumas vezes, mas ele nunca estava.

Ricardo conheceu Sara quando ela já estava com 17 anos, por ela fazer aniversário perto do dia de Natal, Antônio resolveu reunir a família mais uma vez em uma grande reunião familiar, como havia feito quando a trouxeram com eles do Brasil. Além de Mário com a esposa Angela, estava presente Lúcia, que também era irmã de Antônio, mas eles pouco tinham contato, pois ela se casou contra a vontade da família, o marido escolhido por ela, era rico e sem escrúpulos. Raul, filho de Lúcia, a acompanhava, ele era considerado a ovelha negra da família por fazer coisas ilegais. Riccardo chegaria mais tarde, pois,  como ele trabalhava na empresa do pai com  Pietro, que era o seu irmão mais velho, iria com ele após o expediente.

Quando eles chegaram todos estavam reunidos na grande varanda, na área externa da casa, que era estilo casa de fazenda. Sara estava entre eles, e ele nunca tinha visto uma jovem tão linda, ele sentiu o seu coração disparar assim que a viu, quando ela lhe sorriu ao ser apresentada, ele quis que o tempo parasse para poder guardar aquele sorriso, que mostrava duas lindas covinhas em sua bochechas. Ele a abraçou e desejou permanecer abraçado a ela, mas precisou se afastar. Naquela mesma noite ele conseguiu ficar a sós com ela e conseguiu lhe roubar um beijo.

— Está gostando de morar na Itália?

— Sim, aqui sinto-me em família, tio Antônio e tia Rosa me tratam muito bem, como a uma filha de verdade.

— Você é muito linda, o seu sorriso é adorável – Diz a aproximar-se dela, ela não se afasta, mas ele percebe que ela está um pouco assustada — Não consigo deixar de te admirar, o seu rosto é perfeito, uma verdadeira pintura — ele diz a fazer carinho em seu rosto

— Obrigada — Sara apenas sussurra

– Sua boca é convidativa — Riccardo passa o polegar nos seus lábios, e a olha nos olhos, olha para a sua boca e percebe que ela também quer, ele encosta os seus lábios nos dela, brincando, apenas fazendo carinho, ela não se afasta, ele resolve acariciar os seus lábios com a língua e ela entreabre os lábios e ele aproveita para invadir a sua boca, brincando com a sua língua quando a encontra, ela o acompanha,  fazendo o mesmo que ele, ela nunca havia sido beijada, e ele percebe pela insegurança que ela demonstra. Riccardo sente algo diferente ao beijá-la, se afasta para recuperarem o fôlego, mas volta a beijá-la em seguida. Sara passa as suas mãos delicadas em seu rosto, o segurando em sua direção, ele sente vontade de sentir o seu corpo, e a acaricia, mas quando chega próximo aos seus seios, sente ela ficar tensa e resolve afastar a mão, apenas a puxa para perto do seu corpo e a abraça. Quando param de se beijar, continuam abraçados. Nada falam, mas é notável que o sentimento é recíproco. Depois desse dia, quase todo o fim de semana Riccardo ia à casa dos tios para vê-la.

Eles fugiam para qualquer lugar onde pudessem namorar sem serem pegos. Sara se sentia cada dia mais apaixonada, assim como Riccardo, ele a estava respeitando, as vezes os carinhos ficavam mais ousados, mas ele tentava se controlar, e Sara as vezes não facilitava para ele, como ele dizia, quando ela costuma sentar em seu colo, com as pernas em volta de sua cintura, ele ia a loucura por sentir a proximidade dela em sua intimidade, que ficava a ponto de furar a calça.

— Não brinque com fogo... — Ele costumava sussurrar para ela, quando ela o provocava. Eles aproveitavam todo o tempo que estavam juntos, para namorarem e se conhecerem melhor. O sonho de Sara era ter uma família, casar um dia e ter os seus filhos, ela dizia não ter grandes ambições, pois ela por ter crescido em um orfanato, valorizava cada momento que passava com a sua nova família.

Riccardo queria se tornar como o irmão, capaz de assumir grandes responsabilidades na empresa, que também era sua por direito. Seu pai, Sr. Mário começou com uma pequena pousada em Toscana, e hoje é dono de uma rede de hotel na Itália. Atualmente morava em Milão.

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