Capítulo 19. Armadilhas

Serena

Até aqui, Julius nos guiou e agora estamos parados neste lugar idílico e tudo que quero fazer é pular dentro desta lagoa linda, abaixo de nós. Suas águas são azuis e parecem cristalinas. O calor me invade, mas refreio meus desejos, lembrando o que o curandeiro nos falou sobre nem tudo ser o que parece. Se o mapa parou, é porquê não podemos prosseguir.

—" Beije-me." — Me pediu Julius.

Me virei devagar, entendo o porquê de seu pedido e levantei o rosto pata ele, que imediatamente uniu nossos lábios e não simplesmente me beijos, sugou e provou minha boca com paixão, como se nossas vidas dependessem disso. Envolvi seu pescoço com meus braços e me entreguei as sensações maravilhosas daquele beijo.

— " Ainda bem que estamos sozinhos, ou estaríamos provocando um escândalo." — Falei para ele em pensamento, sem parar nosso beijo.

— " Nem me incomodaria, você, minha companheira, é uma delícia."

Nosso corpo foi se aquecendo mais e tudo que queríamos era nos entregar a paixão, mas ainda não era o local certo para uma entrega. Sentia o perigo nos rondas e um vapor soltar de nossos corpos, à medida que nos excitamos mais e podia ser perigoso, a desidratação.

Nos afastamos, encerrando o beijo, mas nos mantivemos abraçados, com as testas encostadas, até sentirmos que nossos corpos pararam de suar. Nos olhamos sorrindo e nos afastamos devagar para não cair, viramos de frente para o lago e quando pensávamos que veríamos o lugar lindo que era antes, tomamos um susto.

Coloquei a mão na boca, para impedir o grito de sair. Era uma cena de horrores, o lago não passava de uma cratera, cheira de esqueletos, daqueles desavisados que ousaram entrar na caverna sem respeitá-la. Com certeza, chegaram até ali sedentos e na ansia de satisfazer suas próprias necessidades, pularam na água cristalina, que era só uma ilusão e morreram.

Olhei a nossa volta, vendo que tudo mudara e a descida seria bem dificil, mas havia um aglomerado de pedras de um lado, que poderia nos servir de escada. Nos viramos para lá, mas o mapa não apareceu, então fome s para o outro lado nada de mapa. Julius foi até a beirada e olhou para baixo, eu o acompanhei e vi que devia ser uma queda de 150 pés de altura.

Surgiu em nossa mente, a imagem de uma corda. 

Só então entendemos e guardamos nossas bengalas, para pegarmos a corda. Julius pegou a corda de minha mochila e olhou a nossa volta, encontrando uma pedra, onde pode amarrar a ponta da corda e a jogou para baixo. Ele fez sinal para que eu descesse primeiro e ele seguraria a corda, mas eu lembrei de outra recomendação, a de que ficassemos sempre juntos.

—" Vamos juntos."

— "Certo."

Ele deu alguns nós na corda e passou a mochila para frente de seu corpo e abaixou, para que eu subisse em suas costas. Agarrei em seus ombros e pulei para envolver sua cintura com minhas pernas, segurei a volta de seu pescoço, com cuidado para não enforcá-lo. Ele virou de costas para o precipício e, apoiando os pés na borda, foi inclinando o corpo para trás.

— " Segura firme, meu amor, não se preocupe em me machucar, só não caia, por favor. Você é a minha vida."

—" Tomarei cuidado, pode descer."

—" Serei oais brev possível."

Ele continuou se inclinando, segurando na corda e foi dando passos para trás, apoiando na encosta de terra e sustentando o peso de nós dois, não demorou muito e estávamos no solo, pisando em ossos. Olhamos para cima e percebemos que a altura também era uma ilusão, devia ter um terço do que imaginamos.

O mapa apareceu em nossas mentes novamente, mostrando a direção em nossa frente, mas a nossa frente estava a pilha de ossos e eu não consegui seguir sem pedir licença, como pedir licença sem falar em voz alta. Então pedi em pensamento mesmo, pois é melhor obedecer ao que o curandeiro falou.

—" A todps vocês que por algum motivo, findaram sua existência aqui, peço perdão pelo que precisarei fazer. Terei que pisar em seus restos mortais, mas prometo lhes dar uma cerimônia digna, assim que eu 

conquistar o que vim buscar aqui."

Quando terminei de falar, ouvimos o som da minha voz, reverberar pela caverna e um vento, surgido do nada, soprou sobre os ossos, fazendo um caminho à nossa frente, que seguia até o outro lado do lago. O mapa indicava que seguíssemos por aquele caminho, mas estávamos tão surpresos com tudo aquilo, que demoramos uns segundos para dar as mãos e seguirmos adiante.

Atravessamos sem pisar em um osso sequer e ao chegarmos do outro lado, seguimos para a esquerda e precisamos parar, pois o mapa parou e fiquei olhando em volta, e não dava para seguir adiante, olhei para cima e o mapa apareceu, mostrando uma entrada, como uma caverna dentro da caverna, mas a entrada só tinha a largura que dava para passarmos um de cada vez, engatinhando.

Julius me ajudou a subir e entrar e depois pulou, agarrou na entrada e subiu o corpo entrando atrás de mim. Seguimos por um trecho que fez uma curva para a direita e terminou em uma nova cratera e o mapa parou novamente. Não haveria para onde irmos, se não soubéssemos, que as imagens que víamos, não eram reais.

Julius me puxou para si e deitamos na caverna, abraçados e ele falou:

—" Podíamos dormir um pouco aqui, o que você acha?"

—" Não creio que seja o momento, acho que podemos seguir por mais um tempo." 

—" Se você acha que está bem, então, vamos."

Ele me abraçou maos apertado, esfregando seu nariz em meu pescoço, aspirando profundamente o meu aroma, lambeu e subiu pelo meu pescoço e rosto, com beijinhos, até beijar minha boca, com carinho e persistência. Correspondi, também saboreando aquele beijo gostoso.  

Nos afasyamos e voltamos a sentar na beira da caverna e a cratera, não era mais uma crtera, mas uma Alcova, com um leito arrumado e convidativo, uma plataforma aparecia a nossos pés e ao ficarmos de pé, vimos a rampa que descia até a cama e o mapa indicava que descessemos até o leito e entendemos que era o momento de descansar.

Abrimos as mochilas e tiramos duas barrinhas de proteína, comemos e bebemos um pouco da agua do cantil. Havia na mochila, um pacote de lenços umedecidos e usamos para nos refrescar, não aguentamos fazer mais nada, deitamos e dormimos profundamente, tal o cansaço que sentimos. 

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Comments

Rosaria TagoYokota

Rosaria TagoYokota

ate parece que to dentro do livro parece aquele filme do indiana jones

2023-10-31

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