...21 de Janeiro, 1954;...
A garota acordou, com seu marido fazendo barulho no quarto, ela observou o mesmo se abaixando, para pegar o revólver que estava no chão.
-Sinto muito por ter te acordado querida, eu juro que não queria, mas essa arma é uma praga, ela sempre cai.
-Qual a dificuldade de pegar uma arma, meu amor?
-Eu não sei querida...
-Acharam outro corpo? - Ela pergunta, se sentando na cama, puxando os lençóis até seu tronco nu, o tapando, o marido coloca a arma em seu coldre, e assente, fechando a porta do armário.
-Acharam, em uma fazenda perto de Ichaewon.
-Uau, Ichaewon? Isso não é um pouco longe de Seoul?
-É, mas o que não fazemos quando o dever chama? De qualquer forma, estarei praticamente sozinho nessa, Minhyuk está de licença, não me pergunte por que, ele estava bem até ontem, enquanto Daehyun provavelmente só irá mais tarde - Ele revira os olhos, e caminha até a cama, se sentando, Kim engatinha até o marido, massageando seus ombros largos, logo, começa beijando seu pescoço, suas mãos foram a frente do corpo do marido, desabotoando os botões da camisa social branca dele, com calma - Amor, não comece, você sabe que não consigo resistir ao seu corpo.
-É por isso mesmo que estou fazendo isso querido, para que não resista - Ela sorri, e passa suas unhas levemente pelo abdômen do homem, logo ele a puxa, fazendo com que caia em seu colo, a mulher ri, e começa a distribuir beijos em toda a região de seu pescoço e peitoral.
-Você está me provocando demais, nesses últimos dias.
-Não pode me culpar, eu vivo trancada nessa casa, rodeada por pessoas fazendo tudo o que eu fui ensinada minha vida inteira a fazer, o que mais eu posso fazer se não transar com meu marido?
-Talvez não transar com seu marido, estando quase atrasado para o trabalho? - Ela sorri, mas sai do colo do rapaz se afastando consideravelmente, o mesmo encara seu corpo nu, completamente inerte naquela imagem, seus pensamentos sujos tomando conta de toda a sua mente, e o seu membro já endurecido, era notado pela morena - Pior que vê-la assim, me faz querer foder você muito mais - A mulher o encara com uma cara sugestiva, e logo, se aproxima, terminando de desabotoar a blusa do marido, logo jogando em algum canto do quarto - Andy... - A Kim sorri com a tentativa falha de retaliação do mesmo, e se ajoelha perante ele, pegando seu coldre com cuidado e também o retirando colocando-o de lado na cama, ela abaixa a calça do marido, revelando a cueca branca que usava, a mão da mesma segue até o membro enrisjecido dele, acariciando ainda pela cueca - Angellinna... Por favor, preciso trabalhar...
-Shiu!
A mesma pede, e logo, levanta novamente, sentando no colo do marido, e começando a rebolar lentamente, provocando o mesmo, que encarava o rosto dela, com desejo. Não demorou muito, e suas mãos foram de encontro até a bunda da esposa, fazendo-a movimentar-se mais rápido, as baixas arfadas que ambos davam, deixava tudo ainda mais excitante, a expectativa de algo que poderia acontecer.
-Amor... Não...
-Shiu querido, aproveite.
Ela começa a beijá-lo, e sua mão percorre o abdômen sarado do mesmo, parando sobre seu membro, o retirando da cueca, e o masturbando lentamente, com a mão livre, o marido leva a mão até a intimidade dela, acariciando seu clitóris lentamente, a fazendo gemer baixo, e querer mais, os lábios separados, ambos com sorrisos provocativos, sem paciência para mais jogos, ela apenas se movimenta para mais perto, e introduz o pau dele em sua entrada, subindo e descendo sobre o mastro extremamente duro, e implorando por ela, a intimidade quente dela, fez o mais velho ver estrelas, de tanto prazer, a Kim começou a ir mais rápido, e revezar de quicadas a reboladas, vez lentas, vez rápidas, os dois loucos de tanto prazer, os gemidos já estavam mais altos, demonstrando o desejo que tinham. Tapas e mais tapas eram desferidos em sua bunda, enquanto a unha dela arranhava todo o seu abdômen e costas, ele enlaçou sua cintura, pronto para pegá-la no colo e jogá-la na cama, mas, o telefone tocou, fazendo os dois suspirarem frustrados, a mulher levantou-se rapidamente, e seguiu até sua camisola dobrada na poltrona presente ali, e desce até o objeto na sala, para atendê-lo. Alguns segundos depois, ela volta para o quarto, o marido já estava arrumado novamente.
-O que era?
-Meu pai, ele quer que você vá agora, precisa de ajuda, e estava certo, seus colegas não vão agora - Ele suspira cansado, e se levanta.
-Sinto muito querida, volto mais tarde - Ele deixou um beijo em sua testa, e se afastou, saindo pela porta, porém, Angellinna o impediu, segurando seu braço.
-Seus colegas não vão amor, por favor, deixe-me ir, eu posso ajudar se ver mais de perto - O marido parece pensar, não tendo certeza se isso poderia causar problemas á ela, mas não estava conseguindo pensar em nada, pouco entendia o que falavam em seu trabalho, mesmo com o tempo ali, então, ele assentiu, recebendo um grande sorriso da garota - Vou me arrumar rapidamente.
Ela avisa, e então, começa a se arrumar.
Quase uma hora depois, eles estavam em uma vasta plantação de plantas altas em Ichaewon, o corpo exposto, era de uma mulher meio rechonchuda, com cabelos negros e curtos, Andy se abaixou perante o corpo, e com cuidado, pegando uma pequena folha, encostou no corpo, movendo sua cabeça, quatro fendas grandes em seu pescoço, demarcavam que fora mordida de certa forma.
-Isso parace ser de um animal muito selvagem - Ela conclui - Mas nenhum animal existente, seria capaz de tomar o sangue e deixar o corpo intacto, então não pode ser um animal, mas a julgar pelo formato da mordida, me parece humano, e faz sentido, olhe só - Ela pega a caneta que o marido segurava, e aponta para as marcas no pescoço da vítima, mostrando também os pequenos pontos de dentes - Andei observando o caso de Motriz, as marcas são iguais, o mesmo "padrão" de mortes, não tem um padrão, pelas vítimas recentes e intermináveis, em um período extremamente curto, ele é viciado em sangue, se vê em um caminho sem luz, sua única necessidade é matar e beber o sangue, seja de viciados em substâncias ou não, o fato importante é, quer sangue a todo custo - Ela termina de falar e se levanta, arrumando o vestido, os dois homens encaram-na chocados, logo, o pai da menina puxa o genro para longe, onde começam a conversar, a morena suspira - Claro, mesmo sabendo que estou certa, sempre vão creditar o trabalho á um homem.
Ela cochicha baixo, e se afasta do corpo, explorando a plantação, queria algo que talvez pudesse ter sido deixado para trás, pelo assassino, mas quanto mais seguia uma trilha feita por sua própria cabeça, menos encontrava, cansada de só andar, e observando aos arredores, percebendo que já não via mais o pai e o marido, ela se vira, e tenta fazer o caminho para andar de volta, mas, escuta um farfalhar suspeito, confusa, ela continua andando, prestando mais atenção, novamente, um farfalhar, a mente brilhante da morena percebe que quem quer que seja, a atacaria, suspirando, ela fala.
-Eu não sei quem é, mas sei que quer me machucar possivelmente, então por que ficar de jogos? - Ela sorri, e então ouve algo atrás de si, logo se virando, e vendo um homem loiro, provavelmente americano, sua expressão era fria e sagaz - E então, quem é você?
-Não vamos ficar de joguinhos querida, o que é que realmente você quer saber?
-Você é um seguidor de Motriz? Como você mata? Eu vi a marca no corpo, são dentes humanos, como você faz isso? - Ele ri.
-Por que ao invés de te explicar, eu não te mostro?
E com um movimento quase sobre humano na visão de Andy, o rapaz a agarra por trás, puxando seus cabelos e prendendo seu corpo ao dele, mesmo com toda a sua força e técnicas, não conseguia se soltar dele, seu corpo era gelado como um frigorífico, e enrisjecido como carnes congeladas ou uma pedra, para a menina, era quase impossível sair dali, o loiro divertia-se com as tentativas falhas dela.
-Eu acho incrível como vocês humanos agem quando são pegos, a sede e necessidade de viver, muitas vezes vivem vidas de merda, e ainda sim, querem viver - Ele ri.
-Por favor, não me mate.
-Por que eu não faria isso?
-Eu não sei, mas posso ser útil, meu marido, meu marido trabalha na polícia, posso te livrar de muita coisa.
-Querida, nem se todo o seu país se reunissem, iam conseguir me pegar.
E com isso, ele tomba o pescoço dela com tudo, e morde seu pescoço, uma dor aguda faz a mulher gritar extremamente alto de pura dor e desespero, a raiva e a angústia tomando-a, tudo o que ela queria naquele momento, era ter uma distração, ser capaz de substituir sua imagem por outra, ou, seu pescoço ser tão vedado que ao mordê-la, seus dentes cairiam, era somente essas duas coisas que passavam por sua cabeça, enquanto sentia a vida se esvaindo assim como seu sangue, e ao mesmo tempo, sentia algo soltado por ele, se misturar com o sangue ainda restante no corpo. O loiro não terminou seu trabalho, ouviu um estrondo pesado atrás deles, e largou a jovem mulher desacordada no chão, ainda havia sangue em seu corpo, mesmo pouco, ainda havia, Angellinna sentia uma dor enorme e aguda, mas não tinha forças para gritar, então, apenas adormeceu, incapaz de lutar contra.
Ela acordou alguns minutos depois, sua garganta ardia, um desejo latente de sangue, sentia-se mais forte, mais viva, sua audição e olfato estavam mais apurados, ela sentia isso, confusa e perdida, a mulher se levantou, encarando todos os lados, até identificar a presença de alguém, seu único insitinto, foi correr até a pessoa, e agarrar seu pescoço, não dando tempo algum para defesa, Angellinna agarrou sua vítima e foi diretamente ao seu pescoço, mordendo e sugando todo o sangue presente, uma sensação maravilhosa, nunca em sua vida tinha se sentido completa daquela forma, ansiando por mais, sua sede quase, cessando. Satisfeita, após drenar completamente o sangue de sua vítima, ela o largou ao chão, e só então, voltando a si, notou que era seu marido.
-JUNMYEON! - Seu grito fora alto, uma vontade enorme de chorar, seus olhos arregalados e as lágrimas descendo por seu rosto, se misturando com o pouco sangue que escorreu de sua boca - Meu amor, não, o que eu fiz?
Ela ajoelhou com tudo ao lado do corpo de seu marido, seu coração já não batia mais, seus olhos estavam arregalados também, e sua expressão assustada, ele nem tentara lutar, aceitou a morte como uma velha amiga, Angellinna chorava alto, pedindo desculpas ao corpo desfalecido, se arrependendo de ter gostado tanto de sangue, a dor em seu peito, que já não batia mais, era enorme, ela estava perdida, como explicaria uma coisa daquelas para seus vizinhos? E os seus pais? Como escaparia da morte? Por que aquilo aconteceu com ela?
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