...◇《Mary Narrando》◇...
Eu ficava estranhamente nervosa perto de Noah, as minhas mãos soavam e eu não tinha muitas reações. De início eu odiava muito ele, mas ele mostrou-se ser alguém legal quando queria. Mesmo ainda, me enchendo bastante o saco.
Finalmente havíamos terminado o trabalho, eu estava aliviada de não ter que passar tanto tempo com aquele garoto grudado em mim, fazendo-me perguntas estranhas e constrangedoras.
— Gostei de passar esses dias aqui, é tranquilo e calmo. — Ele disse e olhou-me.
— Imagino, mas não temos mais nada a fazer, então você já pode ir. — Disse de forma séria.
— Talvez tenhamos algo a fazer ainda. — Ele se aproximou de mim e eu apenas congelei, não sabia o que fazer de tão nervosa que estava, então fiquei parada.
Os seus lábios selaram os meus num beijo calmo e lento que foi se intensificando a cada segundo, ele deitou-me no sofá e começou a passar a sua mão grande e firme pelo meu corpo me fazendo sentir um calor onde eu nunca senti antes na minha intimidade, uma pulsação estranha que me fazia querer mais.
Mas não durou muito, o barulho de saltos e porta fechando nos assustou, ele rapidamente saiu de cima de mim e eu não esperava que a minha mãe fosse chegar naquele momento, ficamos de pé para encarar ela que olhava confusa.
— Você é Noah Clifford, não é? — Ela pergunta a olhar para ele.
— Eu mesmo. — Respondeu com um sorriso.
— E você beija garotos? Jurava ser lésbica. — Olhou-me e deu de ombros indo para cozinha.
Eu e Noah nos olhamos confusos e eu estava meio tímida pelo que havia acabado de acontecer. Ele resolveu ser hora dele ir embora e eu após levar ele até a porta subi para meu quarto.
Apenas desci novamente quando era horário de jantar, servi-me e sentei a mesa para comer. Logo a minha mãe desceu e fez o mesmo se sentando a minha frente me olhando.
— Está namorando o filho do meu chefe? — Ela perguntou curiosa.
— Claro que não, de onde tirou isso? — Perguntei sem a encarar.
— Não sei, vocês estavam se beijando, ai pensei que estavam. — Ela falou e olhou-me seriamente. — Tem algo diferente em você.
— É, Julie ajudou-me a mudar algumas coisas em mim. — Falei terminando de comer e lavei a minha louça. — Boa noite!
Subi para o meu quarto e fechei a porta, respirei fundo e deitei na minha cama, não parava de pensar em Noah, nunca beijei ninguém daquela forma em toda a minha vida, era totalmente estranho o sentimento.
Não demorei muito para dormir, novamente aquele sonho estranho veio, mas não por muito tempo. Comecei a sonhar que Noah tocava o meu corpo e fazia-me chegar a êxtase de prazer, gemer de formas que me fazia soar.
Acordei totalmente assustada e com a minha calcinha molhada, o suor pingava por minha testa e por todo o meu corpo, levantei e sai do quarto, fui a cozinha e bebi um copo de água gelada.
Resolvi que precisava manter-me longe daquele garoto, não podia pensar nele, dessa forma, sem contar que pelo que ouvi dele, é um mulherengo, nenhuma escapa e eu devo apenas ser mais uma que ele quer usar.
Subi de volta e deitei em minha cama, dormi de novo. Era um domingo de sol quando acordei, levantei e fui para o banheiro, tomei um banho rápido. Quando voltei para o quarto ouvi tocarem a campainha, gritei que já estava descendo e vesti uma lingerie, uma calça legging e uma regata preta, desci descalça mesmo e abri a porta, vendo Noah parado em minha porta.
— O que está fazendo aqui? — Perguntei confusa.
— Sei lá, te chamar para sair? Domingo em casa não me parece legal. — Ele coloca as mãos no bolso da calça sorrindo lateralmente.
— Não sei, melhor não. — O meu tom era apreensivo.
— Vai, vamos, prometo que se não gostar trago-te de volta. — Ele estende a mão mostrando o dedo mindinho como promessa e eu entrelaço o meu.
— Tudo bem, vou apenas calçar os pés. — Falei tímida e subi para meu quarto correndo.
Calcei os meus pés com um tênis all star, passei um perfume de cheiro doce e desci novamente, ele entregou-me um capacete e eu subi na moto, mesmo com medo.
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