Meu Querido Garoto
Nos outros dias tentei aproximar-me mais de Mary, mas ela não dava nem oportunidade de que eu pudesse ser legal. Então lá estava eu, sentado novamente no sofá dela, ela escrevia atentamente, o seu cabelo cobria o seu rosto e isso parecia incomodar um pouco, tanto que os amarrou e arrumou os seus óculos.
— Você é sempre calada e chata assim? — Perguntei com tédio no olhar.
— Não sou chata, apenas quieta. — Ela direcionou o seu olhar a mim sem muita expressão.
— Onde está sua mãe? — Perguntei curioso.
— Trabalhando, ela trabalha bastante. — Ela abaixou a cabeça e brincou com a caneta em suas mãos.
— Entendo, meu pai também, quase não o vejo. — Disse sem me importar.
— É, eu imagino, a minha mãe trabalha como gerente para uma das lojas do seu pai. — Ela respondeu e logo recompôs-se. — Está com fome? Tem lasanha que eu fiz.
— Não posso recusar. — Disse a sorrir.
Ela sumiu após passar por uma porta, parecia que ela iria demorar um pouco, observei a sala, nem parecia uma casa de família comum, sem quadros bonitinhos e nada clichê espalhado.
Ela tirou-me dos meus devaneios quando voltou com dois pratos, entregou-me um e foi novamente a cozinha, voltou com dois copos de refrigerante e entregou-me um. Seria um momento silencioso se não fosse por mim.
— Parece não gostar muito de mim. — Falei a observar ela.
— Não é isso, apenas não estou acostumada a falar com ninguém que não seja Julie. — Falou calmamente.
— Entendi, a lasanha está boa. — Dei um leve sorriso para a garota que me agradeceu devolvendo o sorriso.
Depois que terminamos voltamos a fazer o trabalho, mas logo precisei ir embora novamente, aliás ela dizia que a sua mãe estava chegando, no dia seguinte conseguiríamos terminar o trabalho e eu não passaria mais tanto tempo com ela.
Novamente fui para minha casa, ao chegar lá fui para meu quarto e me joguei em minha cama macia, olhando para o teto e completamente entediado, não tinha nada para fazer, lugar nenhum para ir e o que me restava era dormir, fui até a janela do quarto antes, acendi um cigarro e passei a fumar, o tempo cheio de estrelas, agora se encontrava fechado e frio.
Quando terminei de fumar, deitei novamente, virei para um lado e para o outro, sem sucesso para conseguir dormir, mas não desisti, continuei deitado e logo consegui pegar no sono.
...
No dia seguinte era sábado, levantei, fui tomar café da manhã e quando subi novamente fui tomar banho, demorei bastante para sentir o meu corpo relaxar debaixo da água quente.
Quando terminei, amarrei uma toalha em minha cintura e fui para o quarto, vesti uma calça jeans, uma camisa preta e uma jaqueta por cima, deixei os cabelos molhados mesmo, apenas passei a mão. Um perfume de cheiro não muito forte que eu preferia, peguei a chave da minha moto e sai de casa indo para a de Mary.
Quando cheguei, fiz o de sempre, toquei a campainha e aguardei, ela demorou um pouco mais logo apareceu vestida numa roupa de dormir bastante sexy e cor de rosa.
— Bom dia! Bela adormecida. — Falei rindo e já entrando na sua casa.
— Bom dia! Desculpa, não dormi bem essa noite. — Ela respondeu e subiu rapidamente para pegar as coisas e podermos fazer o trabalho.
Ela desceu novamente, estava de óculos e sentou-se no sofá, começamos tudo de novo, as horas iam se passando, ela ofereceu-me almoço e eu aceitei. Depois que comemos voltamos a fazer o trabalho rapidamente.
— Já beijou alguém? — perguntei sem a olhar.
— O quê? — Ela olhou-me assustada.
— Não precisa responder se não quiser. — Sorri lateralmente e ela virou o rosto.
— Ótimo.
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