Meu Querido Garoto

Meu Querido Garoto

CAPÍTULO 5

Nos outros dias tentei aproximar-me mais de Mary, mas ela não dava nem oportunidade de que eu pudesse ser legal. Então lá estava eu, sentado novamente no sofá dela, ela escrevia atentamente, o seu cabelo cobria o seu rosto e isso parecia incomodar um pouco, tanto que os amarrou e arrumou os seus óculos.

— Você é sempre calada e chata assim? — Perguntei com tédio no olhar.

— Não sou chata, apenas quieta. — Ela direcionou o seu olhar a mim sem muita expressão.

— Onde está sua mãe? — Perguntei curioso.

— Trabalhando, ela trabalha bastante. — Ela abaixou a cabeça e brincou com a caneta em suas mãos.

— Entendo, meu pai também, quase não o vejo. — Disse sem me importar.

— É, eu imagino, a minha mãe trabalha como gerente para uma das lojas do seu pai. — Ela respondeu e logo recompôs-se. — Está com fome? Tem lasanha que eu fiz.

— Não posso recusar. — Disse a sorrir.

Ela sumiu após passar por uma porta, parecia que ela iria demorar um pouco, observei a sala, nem parecia uma casa de família comum, sem quadros bonitinhos e nada clichê espalhado.

Ela tirou-me dos meus devaneios quando voltou com dois pratos, entregou-me um e foi novamente a cozinha, voltou com dois copos de refrigerante e entregou-me um. Seria um momento silencioso se não fosse por mim.

— Parece não gostar muito de mim. — Falei a observar ela.

— Não é isso, apenas não estou acostumada a falar com ninguém que não seja Julie. — Falou calmamente.

— Entendi, a lasanha está boa. — Dei um leve sorriso para a garota que me agradeceu devolvendo o sorriso.

Depois que terminamos voltamos a fazer o trabalho, mas logo precisei ir embora novamente, aliás ela dizia que a sua mãe estava chegando, no dia seguinte conseguiríamos terminar o trabalho e eu não passaria mais tanto tempo com ela.

Novamente fui para minha casa, ao chegar lá fui para meu quarto e me joguei em minha cama macia, olhando para o teto e completamente entediado, não tinha nada para fazer, lugar nenhum para ir e o que me restava era dormir, fui até a janela do quarto antes, acendi um cigarro e passei a fumar, o tempo cheio de estrelas, agora se encontrava fechado e frio.

Quando terminei de fumar, deitei novamente, virei para um lado e para o outro, sem sucesso para conseguir dormir, mas não desisti, continuei deitado e logo consegui pegar no sono.

...

No dia seguinte era sábado, levantei, fui tomar café da manhã e quando subi novamente fui tomar banho, demorei bastante para sentir o meu corpo relaxar debaixo da água quente.

Quando terminei, amarrei uma toalha em minha cintura e fui para o quarto, vesti uma calça jeans, uma camisa preta e uma jaqueta por cima, deixei os cabelos molhados mesmo, apenas passei a mão. Um perfume de cheiro não muito forte que eu preferia, peguei a chave da minha moto e sai de casa indo para a de Mary.

Quando cheguei, fiz o de sempre, toquei a campainha e aguardei, ela demorou um pouco mais logo apareceu vestida numa roupa de dormir bastante sexy e cor de rosa.

— Bom dia! Bela adormecida. — Falei rindo e já entrando na sua casa.

— Bom dia! Desculpa, não dormi bem essa noite. — Ela respondeu e subiu rapidamente para pegar as coisas e podermos fazer o trabalho.

Ela desceu novamente, estava de óculos e sentou-se no sofá, começamos tudo de novo, as horas iam se passando, ela ofereceu-me almoço e eu aceitei. Depois que comemos voltamos a fazer o trabalho rapidamente.

— Já beijou alguém? — perguntei sem a olhar.

— O quê? — Ela olhou-me assustada.

— Não precisa responder se não quiser. — Sorri lateralmente e ela virou o rosto.

— Ótimo.

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Atualizado até capítulo 3

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