CORRE

Nick

Depois daquela transä no chalézinho de madeira com a Daniele eu me senti renovado. Metade da minha frustração tinha desaparecido.

*

Uma semana depois

*

Meus dois irmãos e suas esposas já tinham voltado para a cidade. Mas eu continuei ali.

Hoje íamos resgatar mais uma leva de meninas. Eu já estava a caminho do local. Assim que chegamos naquele lugar eu fiquei com ânsia de vomito.

A rua fedia, o lugar era escuro, com paredes que mal tinham sido pintadas. O reboco estava caindo. Aquilo era deplorável.

Um minuto depois os reforços chegaram. Coloquei minha touca ninja ficando apenas com meus olhos de fora, respirei fundo peguei minha arma automática e meti o pé na porta.

Aqui tinha mais segurança, soubemos que teria no mínimo dez homens. Então Henrique decidiu que iríamos quebrar a porrä toda.

Eu já entrei disparando. O primeiro que apareceu levei no mínimo cinco tiros. Corri na primeira escada que vi com mais três homens comigo.

Alan e Henrique tinham ido pela frente.

Cheguei no segundo piso e ouvi gemidøs e vozes. Fiz sinal para os homens que estavam comigo.

Ao mesmo tempo metemos o pé nas portas, que eram lado a lado e entramos. No quarto que entrei tinham dois caras transandø com uma garota, que não tinha mais que 20 anos.

- vocês tem dois segundos pra sumir da minha frente! - falo apontando a arma para a cara deles

Os dois pegam suas roupas e saem correndo.

Ela fica me olhando assustada e se cobre com o lençol velho e rasgado.

- não precisa ter medo de mim, vim ajudar. Pegue suas coisas se tiver algo e espere aqui! Vamos levar todas vocês embora! Entendido? - falo e ela acena com a cabeça

Saio dali e deixo a porta encostada.

Passo nas portas e vejo um dos nossos homens lutando com um cara e uma menina encostada na parede. De onde estou dou um tiro na cabeça do cara que cai por cima do nosso homem, um segundo depois ele se levanta.

Continuo andando naqueles quartos, e ouço tiros vindo de baixo, com certeza Henrique e Alan acharam resistência por lá.

Começo a ouvir gritos e choro vindos do fim do corredor, corro e mais uma vez meto o pé na porta que cai num baque só.

O homem estava nu e se tocando, era um velho gordo e peludo, meio baixinho. Estava segurando uma arma e apontava para uma menina que segurava uma barra de ferro no canto do quarto.

Quando ele me vê se assusta e aponta a arma para mim.

Levanto as mãos e falo:

- tudo bem, não quero atrapalhar

- então saia daqui seu filho da putä - o peludo diz

Meu sangue ferve, eu finjo que vou me virar e dou a volta rapidamente, avanço nele, pego seu braço e tiro a arma dele. Foi nojento tocar naquele homem pelado e cheio de pêlos.

Dou uma coronhada na cabeça dele e ele cai duro no chão.

A menina estava encolhida num canto, ainda segurando a barra de ferro, com uma micro roupa rasgada e uma maquiagem toda borrada.

- não se aproxima de mim! - ela grita e estende a barra na minha direção, lágrimas correm por sua bochecha.

- fica calma, eu tô aqui para ajudar! - falo calmamente e deixo a arma pendurada, virada minhas costas, ela estava presa com uma tira de couro.

Ergo as mãos e continuo:

- estamos aqui para resgatar você, não queremos fazer mal a ninguém!

- foi a mesma coisa que me disseram a primeira vez que me sequestraram! - ela grita histérica e avança pra cima de mim com aquela barra

Eu pego o ferro gelado com minhas duas mãos, a desgraçada ia me acertar na cabeça...

Arranco aquilo das suas mãos e jogo para longe. Ela recua para trás e se encolhe na parede.

Eu me aproximo e ela vai se agachando no chão. E seu choro vira soluços. Merdä...

Me agacho e a toco no braço. Ela bate na minha mão e se encolhe de novo.

- meu nome é Nick, qual o seu? - pergunto

Ouço mais tiros vindos do andar de baixo e ela se encolhe mais.

- eu juro que viemos ajudar, confie em mim! Vamos tirar vocês dessa vida!

- quando me sequestraram, disseram que estavam me levando para uma vida melhor! e olha onde vim parar! aqui está ruim, mas sei bem que pode piorar! - ela fala e ergue a cabeça, percebo que ela tinha olhos claros e lábios grossos

- qual seu nome? - pergunto novamente

- não é da sua conta seu babaca! - ela diz

Ouço um barulho e quando me viro levo um soco no nariz e um empurrão.

Levo alguns segundos para entender o que estava acontecendo. Então vou para cima daquele homem e o empurro contra aquela cama nojenta e meto a porradä nele. O desgraçado da uma joelhada na minha barriga.

Me canso daquilo, puxo a faca que estava na minha manga e quando vou enfiar na garganta dele ele me empurra, me jogando no chão.

Ele pega minha faca que tinha caído no chão e vem para cima de mim dizendo com um sorriso:

- veio salvar essas vagabundäs e agora vai morrer, idio...

Ele cai duro no chão, bem perto do peludão.

- não somos vagabundas seu nojento! Temos nomes! - a garota diz e me olha

- a propósito o meu é Chloe - ela termina, e larga a barra de ferro no chão

Eu me levanto ainda chocado e pergunto:

- quem era ele?

- o desgracadø é dono daqui!

Ela fica olhando o sangue correndo da cabeça dele e parece orgulhosa. Bom... devia estar mesmo.

- pegue suas coisas e venha comigo! - falo

- eu não quero nada daqui - ela diz

- então vamos!

Pego ela pelo braço e vejo meus homens ajudando as meninas com suas coisas e eu desço com a... Chloe acho que ela tinha dito.

Ela vem atrás de mim enquanto descemos as escadas, quando eu paro nos últimos degraus para espiar, ela esbarra nas minhas costas.

- desculpa - ela diz baixo

- quando eu disser corre, você corre naquela direção - falo e ela acena concordando com a cabeça

Pego outra arma e seguro uma em cada mão, saio disparando e grito:

- CORRE

A garota corre para a rua e eu mato os homens que estavam vindo até a escada, depois corro para a rua.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***