Amiga de infância

Passo dias sem uma mensagem de Phillip, fiquei com medo dele me achar doida e desistir de me ajudar com a investigação. Me levanto e faço minhas higienes, desço para tomar um café junto a meu pai, ele sempre acorda antes de mim e ajeitava a mesa cheia de guloseimas, era nosso ritual todas as manhãs.

Passei o dia todo em casa no meu quarto pesquisando sobre a máfia local, havia apenas rumores, seria difícil encontrar alguém que publicasse a realidade, ninguém seria capaz visto que essas pessoas são bem perigosas a ponto de calar qualquer um com um tiro na cabeça.

Já eram 11horas e eu desço para fazer o almoço, meu pai estava sentado no sofá assistindo jornal, caminhando até a cozinha escuto alguém tocar a campainha, dou meia volta e me dirijo até a porta. Maria está parada com várias sacolas em mãos, antes que eu pudesse perguntar ela sai entrando resmungando pela demora.

- O que é isso tudo?

- Vim fazer o almoço.

- Nesse exato momento ia começar.

- Você não leva muito jeito na cozinha, não me leve a mal amiga.

- Sério, Maria? Eu deveria agradecer pela ajuda? Você não reclama quando está comendo do meus charutos.

Ela sorrir e me manda pegar uma panela, ao mesmo tempo grita em cumprimento ao meu pai. - Que grito irritante - Maria é linda, olhos castanhos claros, cabelos ondulados na cor caramelo, corpo em forma sem esforço algum - o que eu invejo um pouco, tive que dar duro para chegar onde estou hoje - ela é uma das minhas amigas de infância, veio morar no condomínio quando tínhamos 5/6 anos, os outros esnobavam ela, mas eu - sendo a comandante do grupinho - a acolhi e daí em diante viramos melhores amigas, eu fiz cada um dos pirralhos aceitarem ela por bem ou por mal, confesso que tirei proveito das minhas aulas de luta. Agora vendo o passado eu sei porque mamãe brigava tanto comigo, eu era impossível de controlar.

- Então, como anda a investigação?

- Shiiiu! Tá maluca? Se meu pai escuta...

- Seu pai tá muito concentrado no jornal... Ou acho que deve ter cochilado.

- Está cansativo, pareço estar andando em círculos.

- Deixe-me ajudar Sasa .

- Não Maria, eu preciso de você aqui com meu velho, se algo me acontecer você conta tudo para ele.

- Ah não sei não Sasa...

- Por favor Maria!

- Eu não quero provocar um infarto nele e ser culpada pela morte.

- Ele saberá o que fazer.

- Tudo bem, mas eu vou colocar um rastreador no seu celular.

Maria sempre entrava na onda das minhas investigações desde crianças, ela era a única que eu fazia questão de compartilhar. Pesquisamos sobre os vaults de Savannah, é um mistério até hoje, as pessoas diziam vê vultos por lá a noite e também voltavam para suas casas com pequenos arranhões e cortes, já que éramos crianças não tivemos a chance de fazer um experimento, mas nada me impedia agora.

Conversamos e rimos do tempo passado de quando deixamos nossas mães doidas, ela me diz sobre a paquera nova dela e eu apoio, aparentava ser um cara legal - se realmente fosse do jeito que ela descrevera - Maria costuma ser exagerada as vezes.

A mesa estava posta e meu pai se juntou a nós para almoçar, depois que terminamos eu fico responsável pela louça suja na pia, Maria recolhe as sobras e guarda em potes na geladeira e quando terminamos ela se vai dizendo que voltaria para dormir , meu pai sobe para descansar e eu fico só na sala assistindo um filme. Meu celular apita notificação e quando vejo meu coração aquece de alegria.

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