Minha vida sempre foi uma aventura e descobertas e eu não fazia idéia do que estava prestes a acontecer, minha vida mudaria da água para o vinho. Completei meus 19 anos quando descobri que tinha uma irmã gêmea, dá pra acreditar? Antes que minha mãe falecesse teve tempo de me contar sobre a história. Ao que parece ela, minha irmã, foi raptada no hospital, meus pais queriam processar a unidade médica, mas em troca de silêncio e proteção à mim, que também era recém nascida, ganharam uma grande quantia em dinheiro para que eu pudesse crescer com dignidade e educação. Não foram os médicos responsáveis, eles tinham sido ameaçados de morte, a pessoa que a levou possuía muito dinheiro.
Com o tempo eles, meus pais é claro, procuraram por notícias da outra criança, o investigador conseguiu algumas pistas, aparentemente a menina estava muito bem e sendo criada por família de mafiosos, meus pais não teriam chance de resgata-la então decidiram deixar aquela história no passado. Cresci sem saber que tinha uma cópia viva minha em algum lugar dali. Sempre me perguntava porquê nunca tive irmãos para que pudesse encher meu saco, pedir algo emprestado ou para brigarmos pelo último pedaço de pizza, quando soube de toda a mentira desses 19 anos fiquei irritada, mas não podia culpa-los, sabia que eles haviam sofrido o bastante sem poder tocar na outra filha, vê-la crescer, dar os primeiros passos e outras coisas.
Depois de muito pensar resolvi ir atrás de respostas do por quê a tiraram de uma mãe, Mas ao mesmo tempo que tinha ganhado uma irmã, havia perdido ela também, restou apenas eu e meu pai e aí eu comecei a minha busca por vingança.
Estávamos em novembro um mês depois do meu aniversário, um mês que soube da minha irmã gêmea e o falecimento da minha mãe. Nesse mesmo mês busquei por notícias, pesquisei informações, fui ao hospital em que tínhamos nascido e nada podia ser feito ao meu favor, eram informações sigilosas e poderia acabar com a reputação não só do hospital, mas também dos profissionais responsáveis que estavam ali naquele dia.
A busca estava ficando incansável e eu não desistia, passei dias e noites percorrendo a cidade atrás de câmeras de segurança.
Em uma tarde de domingo, sentei-me em uma mesa na parte superior do Maté Factor, era um lugar bem calmo, seguia essa rotina desde quando perdemos minha mãe, passei duas semanas tendo crise nervosa, em um momento tive que dizer a mim mesma que precisava seguir, pois tinha que descobrir sobre o passado, eu devia isso à ela.
Pedi um copo de capuccino, um bolinho e cookie, saboreei aquele delicioso café só na minha companhia. Em um ponto que não me lembro bem, vejo um rapaz de cabelos pretos e olhos azuis chamando minha atenção, pediu para se sentar junto á mim, o local estava cheio lá em baixo e não tinha nenhum lugar sobrando, fiz que sim com a cabeça e dei um sorriso meigo, mas por dentro estava mesmo querendo cair fora. Como se não bastasse ter tirado minha privacidade, ele puxa assunto.
- Como se chama?
- Mirella
- Prazer Mirella, sou Phillip. Obrigado por me deixar sentar aqui, o café costuma encher do nada nessa hora do dia.
- Uhum. - só concordo, meus pensamentos iam longe.
- Se tiver incomodando posso me retirar eu...
- Gosta de cavalos?. - o pergunto cortando.
- O que?
- Seu nome .
- O que tem meu nome?
- Pode significar o que ama cavalos ou homem que ama a guerra. - ele sorrir.
- Nunca parei para pesquisar sobre o significado do meu nome.
- Qual desses você se enquadra?
- Se eu pudesse escolher com certeza seria o que ama cavalos, não curto isso de guerras, brigas e tals.
- Hum. Savannah LeBlanc.
- Isso é algum xingamento?
- Meu nome... - o olho de relance.
- Ah! Certo, você não costuma conversar com estranhos né? Seria estúpido dizer o nome verdadeiro.
- Só por precaução.
- E o que significa Savannah LeBlanc?
- Muitas coisas...
- Poderia me dizer ? É um nome bem diferente, apesar de estarmos literalmente em Savannah.
- " Aquela que cultiva". LeBlanc é mais por causa da feiticeira de League of Legends.
- Mentira! Sua mãe homenageou uma feiticeira de um jogo?. - ele acha hilário.
- É o que parece né .
- LeBlanc : a que usa magia para manipulação.
- Então você também é um admirador de League of Legends?
- É o melhor jogo que já existiu.
- Achei que não gostasse de guerras. - falo deixando ele sem saída.
- É, você me pegou! Não gosto de perder em jogo .
Ele demonstrou ser um rapaz muito educado e simpático, contei minha história de vida maluca e ele se prontificou a me ajudar. Phillip era filho do dono de uma boate cuja mesma noite do sequestro de minha irmã, estava sendo inaugurada na época. Ele me convidou a ir na boate e se prontificou a me ajudar com alguma coisa, saímos do café e fomos até a sala de imagens e me mostrou toda a filmagem, havia muito o que fazer, não seria fácil acha-la, mas eu não estava nem um pouco a fim de desistir.
- Parece que sua irmã esteve aqui na última noite de vida dela.
- Como sabe que foi a última?
- Bom.. Aparentemente ela frequentava bastante esse lugar.
- Dá pra ver em outros ângulos? Tipo com quem ela saiu ?
- Podemos tentar uma outra hora, o pessoal está chegando para abrir a boate, meu pai não vai gostar de saber que eu trouxe uma desconhecida aqui para ver as câmeras.
- Certo, eu preciso mesmo ir, meu pai deve estar preocupado.
- Anota seu número, eu te mando mensagem quando pudermos fazer isso de novo. - ele diz me entregando seu celular, na foto de fundos tinha uma garota com ele, mas a imagem estava cortada.
Agradeço pela ajuda e saio até minha moto, tive uma sensação de estar embarcando em ambiente perigoso, eu amava o mistério e poder ir atrás de informações. Por trás daquilo tudo tinha algo maior acontecendo e eu ia descobrir o que era.
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Atualizado até capítulo 30
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