capítulo 6

Jhon esperava impaciente na recepção por notícias de Ágata, estava nervoso e todos no hospital o olhavam assustados, praticamente havia derrubado a porta do consultório com a pequena mulher em seu colo.

— É acompanhante de Ágata Caccini?

O médico se aproximou dele.

— Sim! sou eu.

Respondeu se pondo de pé, o médico se encolheu diante da figura sombria a sua frente.

— A paciente está bem, mais o bebê que esperava não resistiu, era uma gestação de risco, tanto a parede uterina quando o colo do útero está muito machucado, infelizmente não sei se será capaz de gerar filhos novamente no futuro.

Disse olhando com tristeza para ele, Jhon passava as mãos pela cabeça, não sabia o que dizer ou como reagir diante daquele acontecimento, Não era ele quem tinha que estar alí, uma mulher ou famíliar saberia como proceder naquela situação, ele mal conhecia Ágata.

— Ela estava grávida?

Perguntou ainda descrente.

— Já contaram a ela?

—Sim! ela foi informada assim que acordou, está chorando muito e sei que não era você o pai porque ela já nos disse, estou aqui para que possa convence-la a prestar queixa, já sabemos que o feto é fruto de um estupro e é protocolo do hospital informar a polícia.

— Não vai fazer nada sem a permissão dela.

—Não sou eu quem decido.

Jhon se aproximou bruscamente dele.

— Aquela mulher naquele quarto passou o inferno no último mês, agora acaba de saber que perdeu um filho, filho que nem sabia da existência e que é fruto de uma violência, acha mesmo que são vocês quem iram decidir o destino dela? vai ficar quieto e vai calar quem mais for necessário ou eu calo todos vocês.

O homem quase desmaiou diante dele.

—Você entendeu ou quer que eu desenhe.

— In... intendi senhor.

O médico gaguejava.

— Agora quero vê-la, me diga em que quarto está.

— Última porta no fim do corredor.

Jhon caminhou como se andasse para a morte, não sabia o que diria a ela quando a visse, pensou em ligar para Drago mais aquela decisão não cabia a ele, não tinha o direito, só ela saberia qual o próximo passo a ser dado,quando abriu a porta a encontrou encostada a cabeceira da cama enquanto encarava a parede a sua frente.

— Posso entrar?

Perguntou.

— Pode sim!

Ela disse quase inaudível.

— Sinto muito Ágata.

Falou de todo seu coração.

— Um filho acredita?

Ela sussurrou com os olhos cobertos de lágrimas.

—Um filho do monstro desgraçado que me estuprou, torturou e quase me matou.

A voz triste não escondia a dor e lamento.

— O que fiz para merecer isso Jhon? quão desgraçada eu fui pra ter que passar por algo assim.

Ele não sabia o que dizer, não era bom com palavras então fez a única coisa que podia naquele momento, a puxou para seu abraço, Ágata chorava incontrolavelmente , primeiro queria se afastar mais era ali, nos braços dele onde se sentiu protegida pela primeira vez.

—Quer que eu ligue para seu irmão?

Ele perguntou enquanto acariciava seus cabelos.

— Não! Não quero que ele saiba de nada, já se culpa o suficiente.

Ela chorava.

—Pode ficar aqui?dormir comigo?

implorou se agarrando a ele.

—Não irei a lugar algum.

Disse se pondo ao lado dela.

— Ficará confortável comigo deitado aqui?

indagou com gentileza, ela assentiu sendo puxada para o peito do homem que acariciou seus cabelos até que o sono viesse.

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Comments

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

que momento maravilhoso só sabe wue passa por uma coisa assim

2024-04-17

1

Rosária 234 Fonseca

Rosária 234 Fonseca

coitada dessa moça estou com pena dela ele apesar de ser mal tem um coração no peito ainda sabe ver a dor do outro.

2024-04-14

10

Vanderlea Maria

Vanderlea Maria

como faco para ler os outros livros

2024-03-12

2

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