capítulo-05- Enfrentando Lucas

Ana ficou incrédula com a atitude de Lucas, por um lado ela até gostou , não precisaria se casar com ele, por outro seu lado orgulhoso não permitiria ficar devendo esse favor. E também como ela lhe pagaria, seu salário mal dava para pagar o aluguel e a alimentação da sua família, sua avó recebia um pensão porém o dinheiro era destinado aos medicamentos não sobrava quase nada.

Ana-- Eu não posso pagar de volta esse dinheiro, e nem quero ficar devendo nada a esse imbecil das arábias.

Hoje terminarei de acertar a operação da mimha avó . Amanhã ele que me aguarde !

Ana termina todos os procedimentos de papelada deixa tudo acertado com o médico que começa todos os exames pré-operatório da dona Sônia.

Dr. Paulo -- Ana se tudo correr bem com os exames, amanhã cedo estaremos operando a senhora sua avó.

Ana-- Muito obrigada por tudo dr. Paulo !

Eu preciso ir para casa porém deixei uma enfermeira com ela.

Ana se despede do médico e finalmente vai para casa exausta, fisicamente e mentalmente também pois não sabe como resolver o assunto de Lucas.

Ela pega um taxi fornece o endereço e pede para dirigir rápido que ela tem pressa de chegar ao seu destino.

Chegando em casa ela vai logo correndo para ver como está Jade.

Ana-- Cris ! Há muito obrigada por ficar com ela hoje para mim , você nem imagina o quanto sou grata, assim que receber lhe darei um pagamento.

Cris -- Não precisa Ana, Jade é muito tranquila apesar de falar muito. Eu fiquei estudando enquanto ela brincava, tive mais sossego aqui do que em casa com meus irmãos gêmeos de 7 anos que não param nunca.

Cris era filha de um casal de vizinhos, ela tinha dezessete anos, e como já estava acostumada a cuidar desde os dez anos de idade de criança, sempre que Ana tinha uma emergência deixava ela com Jade. Assim Cris que não tinha emprego, ganhava um dinheiro só seu.Ela estava estudando para passar nas provas de admissão de alguma faculdade.

Cris-- Até amanhã então venho as seis em ponto!

Ana-- Muito obrigada nem sei como agradecer pela ajuda. Boa noite !

Ana leva Cris até a porta, como já era tarde Jade dormia, ela cai desmaiada sobre o sofá da pequena sala.

Sua casa era bem simples, havia dois quartos, uma sala, a cozinha e casa de banho, e na frente uma pequena varanda com muitas plantas que dona Sônia amava cuidar.

Na sala havia somente dois sofás não muito grande, uma estante com alguns livros de receitas, e uma televisão onde Jade assistia vídeos infantis. Um dos quartos era da dona Sônia o menor deles, havia somente uma cama , um armário de roupas e uma pequena mesa com utensílios de toucador como cremes, escovas.

O quarto seguinte era de Ana e Jade, havia uma cama e um berço rosa muito bonito e dois armários de roupas pequenos um deles era branco e rosa o de Jade, o outro de Ana na cor de madeira escura.

A casa era toda pintada em cor verde água com exceção da cozinha que era branca e tinha seu piso como de lanchonete em quadrados preto e branco.

Ana após tirar um cochilo no sofá, se levanta olha a hora, já eram duas da madrugada, ela se levanta assustada vai a casa de banho faz sua higiene troca de roupas colocando um pijama surrado e cai dura de sono em sua cama.

Quando seu celular desperta indicando cinco e vinte da manhã, ela se levanta sonolenta vai até o berço de Jade, a cobre até o pescoço com seu cobertor, pois se mexia muito e estava descoberta a noite. Dar um beijo em sua testa, tudo com muito cuidado para não acordar a pequena.

Ela vai até a cozinha liga a cafeteira enquanto vai a casa de banho fazer sua higiene matinal e colocar um novo uniforme limpo e passado.

Enquanto realiza essas tarefas fica só a pensar em como sair da situação com Lucas, porém nada lhe surge a mente.

Ana-- Se Katherine voltar logo e concordar com o empréstimo poderei lhe pagar aos poucos, por outro lado ficaria sem uma renda do meu salário que já é pouco e agora ainda preciso pagar a Cris para ficar com ela, já que a vó precisará repousar por um bom tempo.

Também ficaria presa a Katherine por anos , e se surgir uma oportunidade melhor de emprego não poderei ir, ficarei como escrava dela .

Não ! Não pode ser a única solução não pode ser esse plano sem sentido deste homem sem noção.

Ela então vai a cozinha prepara algo para comer, pois na noite anterior nem havia jantado .

Após tomar seu café e comer umas bolachas , ela rapidamente cozinha o almoço de sua sobrinha e deixa alguma refeição também preparada para Cris.

A campainha toca ela atende e já é Cris chegando às seis em ponto.

Ana-- Bom dia Cris ! Obrigada por vir na hora já estou saindo, tem café feito na cafeteira e algumas bolachas no pote para você.

Cris -- Bom dia Ana! Enquanto Jade não acorda vou comer então sua deliciosa bolacha de creemchesse, são uma delicia.

Ana-- Obrigada ! Tenha um bom dia e me liga se precisar de qualquer coisa.

Ela se despede de Jade indo ao seu quarto e lhe dando mais beijos na cabeça, pega sua bolsa e vai até o ponto de ônibus pegar sua condução que a deixa já quase no trabalho, porém o restante do trajeto ela pega metrô.

Ela pega as oito horas no trabalho, porém nós dias tranquilos sempre chega uns vinte minutos antes.

Ana chega ao seu local de serviço, vai a entrada dos fundos por onde entra os funcionários, bate na porta e um dos vigilantes abre a porta.

Ana-- Bom dia Marcos!

Marcos-- Bom dia Ana!

Ana se dirige ao vestuário do local deixa seus pertences no armário, põe seu lenço na cabeça o avental pega suas luvas e se dirige a cozinha onde tem seus companheiros tomando um café e fazendo fofocas corriqueiras até chegar as oito horas de baterem o ponto.

O dia segue tranquilo hoje é quinta-feira, Lucas não irá aparecer na loja.

Ela trabalha o tempo todo bolando um jeito de ir até ele.

Quando dar cerca por volta das uma da tarde o horário de almoço de Ana, ela tira seu avental seu lenço e luvas, ajeita seu coque de cabelo e vai ao prédio ao lado na intenção de encontrar Lucas e resolver sua divida com ele.

Ela pega o elevador subindo até o último andar e se dirige novamente a mesa da secretaria como no dia anterior.

Ana-- Bom dia ! Gostaria de falar com o sr Lucas .

Secretaria -- Senhora no momento ele não está em sua sala, se encontra na sala de reuniões, está tendo uma desde cedo com a diretoria da empresa nos Emirados Árabes Unidos por vídeo chamada.

Se desejar aguardar, pode ser que já esteja acabando.

Ana olha o horário em seu celular e resolve sentar e aguardar pelo menos até que seu horário de almoço termi.

Passando trinta e cinco minutos vem Lucas com cara de poucos amigos, que já era seu costume, ele se posicionava com uma postura séria na empresa e em se tratando de seu trabalho não queria erro de ninguém era frio e implacável.

Secretaria -- Sr Lucas tem uma pessoa lhe aguardando na recepção.

Ana ouve a secretária e logo corre ao seu encontro.

Ana-- Boa tarde sr gostaria de falar com o sr por dois minutos apenas , não mais que isso.

Lucas não fala nada , mais faz sinal com a mão para Ana entrar em sua sala.

Ana-- Olha serei breve, me dê esse contrato que assinarei e pagarei logo minha dívida.

Lucas -- Eu sabia que era isso novamente, olha não tenho tempo a perder e estou bem nervoso hoje! Não quero nada de você nessas condições, me pague quando puder e ficaremos em paz, por favor se não se retirar chamarei os seguranças.

Quando Ana ouve essas palavras Lucas ela avança sobre ele e aponta o dedo na cara , Lucas mais que depressa segura sua mão.

Lucas -- Cuidado moça ! Esses são atos muito ingrato para com quem lhe ajudou .

Ana com uma das suas mãos sendo segura por ele, tenta se soltar comna outra mão e ele também a segura, ficando os dois próximos Lucas segurando as duas mãos de Ana próximo ao seu peito quando entra seu pai sem bater na porta.

Ele vê a cena e interpreta errado.

Kallil -- Desculpe meu filho não sabia que estava com visitas, vim só falar algo a respeito da reunião mais volto quando desocupar.

Lucas -- Pai não é nada....

Quando ele iria terminar a frase Ana o interrompe.

Ana-- Então esse é seu pai querido!?

Quando Kallil ouve Ana chamar Lucas de querido, já estava se virando para sair quando dar meia volta com um sorriso estampado no rosto.

Kallil -- Sim sou pai de Lucas, me chamo Kallil Al-Madini.

Espere ! Meu filho essa era a sua futura noiva que iria me apresentar semana que vem?

Lucas sem que seu pai perceb lança um olhar fuzilador para Ana.

Ele passa a mão nos cabelos e na sua barba.

Lucas -- Sim pai, porém agora não será mais surpresa.

Kallil -- Essa moça a julgar pelo uniforme trabalha na loja de doces aqui do lado.

Lucas -- Sim , foi assim que nos conhecemos, ela é a responsável por fazer os melhores doces que já provei, e desta forma ela conquistou-me pelo estômago primeiro, como diziam os nossos avós.

Kallil -- Que maravilha filho! Além de esposa, terá a sua própria chefe patisserie.

Lucas -- Então pai melhor se retirar agora ela veio-me fazer uma surpresa, e se ficar a conversar aqui hoje, semana que vem no jantar não terão assunto.

Kallil entende que o seu filho quer privacidade, e sai meio desconfiado por um lado e feliz por outro.

Após a saída do seu pai.

Lucas vai para cima de Ana e agora ele quem aponta o dedo no seu rosto.

Lucas -- Quem lhe deu o direito de se intrometer na minha vida particular? É assim que me retribui o favor? Não conhece o meu pai, eu preciso que esse plano saia sem o menor erro.

Já não estava mais contando com você.

Ana respira fundo, dar uma tapa no seu dedo para poder virar em outra direção.

Ana-- Eu vou assinar esse contrato e resolver o seu problema como fez comigo e assim ficaremos quites, não quero-lhe dever nenhum favor.

Lucas dar meia volta na mesa pega o contrato e dar para ela.

Lucas-- Vamos pegue e leia com atenção.

Ana pega o contrato da sua mão senta no sofá e ler com calma.

Ela levanta-se ao terminar e joga na mesa.

Ana-- Me empresta uma caneta.

Lucas -- Leu tudo tão rápido assim? Não quero problemas futuros, a minha carreira está em jogo aqui. E apesar do meu pai ter acreditado na história sei que a minha família é implacável e vai querer investigar tudo, eu aprendi tudo com ele e sei muito bem os métodos usados.

Ana-- Não cometerei erros.

Ela assina e joga o contrato em cima da mesa olhando diretamente nos olhos de Lucas com um olhar frio igualmente o dele.

Lucas se levanta da mesa e chega perto dela e diz:

Muito bem! então o que fará agora mesmo é pedir demissão da loja e se mudar para meu apartamento imediatamente !

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