Pela entrada principal da loja entra Ana Clara , vestida com seu uniforme saia preta justa altura do joelho e uma blusa de seda cor rosa claro que era a cor predominante da confeitaria. Ela é uma ruiva natural cabelos alaranjados, pele clara umas sardas nas bochechas bem clarinhas que eram seu charme, ela era de média estatura tinha seu corpo fino nos ombros e cintura e se alargava nos quadris e coxas grossas, com os cabelos que são longos presos em um coque frouxo. Atrasada em plena sexta-feira como de costume.
Ana -- Keith, o Bernard (gerente) perguntou por mim?
Keith era a atendente da loja e melhor amiga de Ana, ela havia arrumado essa vaga para Keith.
Keith--Amiga só umas mil vezes , por favor se apresse.
A entrada da frente não era para os empregados, eles entram e saem pelos fundos , porém como já estava bastante atrasada , até dar a volta na esquina e sair na rua detrás onde se encontra a porta dos funcionários Ana deu uma de louca e entrou por ali mesmo. Apesar de respeitar as regras já tinha um certo conceito com Katherine a dona do local.
Havia em uma das mesas um rapaz muito bonito e elegante a observando de longe.
Ela entra para seu posto de trabalho que é a cozinha.Já vai batendo o ponto e colocando avental, luvas e o lenço na cabeça. Todos usavam uma espécie de chapéu de uniforme devido higiene, mais Ana conseguiu com Katherine usar um lenço que também tinha rosa , pois era floral. Esse lenço pertenceu a sua mãe, Ana se lembra que quando elas cozinhavam quando crianças, sua mãe sempre usava este mesmo lenço . Ela o usa como homenagem e acredita assim sentir a presença de sua mãe a lhe proteger. Ela já anda com seu uniforme para poupar tempo em trocar roupas.
Bernard— Mais uma vez dona Ana? Agora mudamos de dono? A senhorita chega sempre a hora que quer?
Bernard era um gerente muito exigente e de confiança de Katherine, dizem até as más línguas que são amantes. Bernard é casado , porém não é fiel a sua esposa. E já saiu com algumas moças da loja . Já até tentou se insinuar para Ana, porém seu jeito sério e honesto logo cortou desde o início e ela não gosta de muitos assuntos com ele. Por esse motivo ele pega no pé dela.
Ana -- Desculpe, novamente precisei levar minha avó ao médico ela não estava ....
Antes que ela terminasse a frase foi interrompida por ele.
Bernard -- Não quero saber de problemas pessoais de ninguém aqui. Não me interessa. A única coisa que me importa é fazer o excelente funcionamento da loja, e se você começar a atrapalhar, já sabe. Esse foi o último aviso.
Ana se segura para não o responder a altura, pois muitas vezes o viu na sala da gerência em horário de trabalho aos beijos com Mônica a outra atendente do turno da noite.
Ana-- Sim senhor ! Foi a última vez não irá se repetir.
Ela fala entre os dentes o encarando nos olhos e com uma postura firme.
Bernard -- Vai trabalhar temos muito que produzir, hoje é sexta-feira e como de costume os funcionários da Al- Madini sempre passam aqui na saída ou horário de almoço para levarem seus doces para casa.
Bernard mal acabou de fechar a boca e entra Keith.
Keith --Ana tem um cliente solicitando sua presença no salão. Acho que quer conhecer a pessoa que produz os doces .
Bernard -- Deixa de falar bobagem !Os doces são de receitas de Katherine, ela apenas REPRODUZ frisa bem ele a desmerecendo.
Porém todos os presentes sabem que os doces originais da loja que eram os da receita de Katherine já se foram pela metade, os sabores ousados e bem trabalhodos vem das receitas de Ana.
Ela olha para Bernard para receber sua aprovação em ir até o salão.
Ele a contra gosto lhe dá a permissão.
Keith segue na frente passando pelo corredor todo rosa até chegar ao imenso salão da loja.
A loja era composta por dois andares, após entrar no local os clientes tem a opção de ficar no andar de baixo ou escolher seu pedido e aguardar nas mesas VIP e reservadas no andar de cima. Esse andar era muitas vezes fechada a festas particulares ou convenções no qual os clientes era servidos de bebidas e canapés ou salgados finos e a principal atração os doces .
Suas paredes eram pintadas em vários tons de rosa e bege, seu piso era um porcelanato cor bege suas mesas e cadeiras em tons de madeira clara , no teto o revestimento em gesso trazia diversos trabalhos de arabescos formando lindos desenho, e as várias lâmpadas e seu lustre central trazia muito requinte ao lugar.
Ana-- Onde está Keith?
Keith -- É esse senhor caminhando em nossa direção. Meu Deus! Que lindeza de homem.
Ana -- Pare com isso Keith ! Esses tipo de homens não prestam.
Ele se aproxima de Ana.
Leonardo -- Meu nome é Leonardo, muito prazer.
Diz ele esticando a mão para a cumprimentar.
Ana-- Prazer Ana ! Posso lhe ajudar ?
Ele chega mais próximo a ela que estava do outro lado do balcão, se debruçando o Máximo que pode.
Leonardo tira um cartão de visitas do bolso e lhe entrega.
Leonardo -- Eu gostei muito dos seus doces, são diferentes ao paladar, e queria saber se você também faz trabalho particular.
Queria lhe convidar a fazer os doces esse final de semana lá em casa. Pago muito bem.
Diz ele piscando para ela, e com a cara de safado quase a agarrando ali mesmo.
Ana-- Eu não faço esse tipo de TRABALHO sr Leonardo. Lamento muito não poder ajudar ! Se desejar uma quantidade maior de doces para sua festa deixe aqui encomendado, que teremos o prazer em servi-lo.
Ana fala olhando para ele, e devolvendo o cartão.
Leonardo -- Como ousa a me fazer um desfeita dessas garota? Quem você pensa que é? Se eu falei que vai me servir lá em casa você fará os doces na minha casa.
Chame o gerente ! Diz ele se dirigindo a Keith que estava próxima e ouvia a conversa.
Keith olha para Ana, e ela faz sinal com a cabeça em concordância, afinal não queria deixar sua amiga em maus lençóis.
Poucos minutos depois retorna Keith e Bernard.
Bernard -- Sim senhor ! Meu nome é Bernard e eu sou o gerente. Posso ajudar em alguma coisa?
Leonardo -- Sim pode! Eu sou um dos diretores executivos da empresa aqui ao lado, o principal economista. E estava falando com sua funcionária que darei uma festa particular nesse final de semana e a quero em minha propriedade para trabalhar exclusivamente para mim.
Pago o triplo do valor ! Sei que a loja não abre aos domingos.
Bernard -- Deixe seu endereço senhor iremos enviar nossa funcionária.
Ana olha para ele com um olhar fuzilador.
Ana-- Eu disse que não vou! E não irei. Ponto final. Meu trabalho se restringe apenas a esse ambiente está no contrato que assinei. E por favor não insista mais senhor. Nem todo dinheiro do mundo me fará fazer o que não convém ao meu caráter !
Diz Ana frizando muito bem a última palavra.
Bernard que queria se vingar de Ana , a ameaça.
Bernard --- Pois se não for estará demitida agora mesmo.
Ana --- Isso é uma ameaça?
Bernard -- Não! É uma escolha que estou lhe dando. Ou vai trabalhar em nome da empresa ou pegue suas coisas e saia agora mesmo.
Ele sabia muito bem que Ana dependia desse trabalho e que amava muito aquele lugar.
Ana -- O senhor não pode estar falando sério ? Sabe que preciso muito deste emprego tenho minha avó e uma sobrinha pequena para sustentar.
Bernard -- A escolha é sua. Estou apenas fazendo meu trabalho, o cliente tem sempre razão.
Ana -- Eu jamais irei contra meus princípios, prefiro mendigar na rua , a aceitar certos tipo de serviço.
Ela fala isso tirando seu avental. E com os olhos cheios de lágrimas, porém de cabeça erguida e um semblante firme.
Quando ela está colocando o avental sobre o balcão encosta Lucas, que assistiu tudo estando no canto escolhendo seus bombons de sexta-feira.
Lucas-- Não será necessário despedi-la senhor Bernard.
Bernard ao ver quem estava se metendo no assunto logo se calou.
Lucas -- Eu não vou perder a pessoa que faz os melhores doces que já comi, devido a um capricho do meu funcionário.
Diz ele frisando bem a palavra FUNCIONÁRIO.
Lucas -- Tenho certeza Leonardo que a loja ficará feliz em levar os doces a sua festa , não sendo necessário a senhorita precisar comparecer.
Ele diz olhando com um olhar ameaçador a Leonardo, pois Lucas também sabia qual era a real intenção dele, que não costuma consumir açúcar em seu cotidiano.
Leonardo -- Lucas , esse assunto não se refere ao trabalho, portanto aqui você não é meu patrão.
Lucas -- Se essa moça for demitida por sua causa, ao sair daqui vai direto ao RH. Que será demitido também.
Leonardo France a testa, trica seu dente para reter sua fúria. Ele não tem opção a não ser desistir.
Leonardo -- Está bem ! Farei o pedido e deixarei que entreguem no meu endereço.
Ele sai com um ódio de Lucas, pois disputa o lugar de playboy do ano com ele nas boates e em lugares que os ricos frequentam ,Lucas sempre ganha as melhores garotas por se tratar de quem é a atenção é toda dele onde quer que esteja.
Resolvendo o assunto, Bernard retorna ao seu posto enfurecido pois queria deixar Ana em maus lençóis.
Keith se afasta do balcão fingindo estar ocupada deixando Lucas e Ana.
Ana-- Obrigada senhor Al-Madini !
Lucas-- Disponha, não poderia perder a pessoa que produz os melhores doces que já comi. E olha que viajo muito e conheço muitas confeitarias famosa. Não sabia que era você. Pensei que era ainda a Katherine.
Por isso eles estão melhores e mais ousados.
Ana-- Obrigada ! Fico lisonjeada. Mais preciso voltar ao trabalho, se me der licença.
Lucas -- Claro ! Não desejo atrapalhar. Mais queria fazer apenas uma pergunta.
Ana -- Se eu puder responder.
Lucas -- Porquê não aceitou a proposta dele?
Teria muitas jovens querendo essa oportunidade.
Ana-- Me desculpe senhor pelo que irei falar.
Mais odeio os ricos. Todos eles e principalmente os presunçosos como ele.
Eu não me vendo por dinheiro nenhum, tenho nojo de gente assim e quero distancia dessa classe social, que acha que pode comprar as pessoas como se fossem objetos.
Lucas -- Está bem ! ótima resposta!
Você tem muito caráter.
Mais porque disse que odeia os ricos? Um dia não pretende ter bastante dinheiro também ?
Ana-- Sim pretendo ! Para deixar de ter que passar por essas situações novamente.
Com licença e obrigada novamente !
Ela sai e ele apenas lhe acena com a cabeça.
Ele fica olhando ela de costas andando , e pensa:
Essa aí pode servir perfeitamente para meu plano.
E ainda tem um pacote completo, uma avó e uma criança. É perfeito para mim!
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Francis Damasceno
Que cara prepotente! O outro é um seboso e o outro oportunista.
2025-03-25
0
Gloria Katia Baffa
Se ela sair da confeitaria vai cair. Amando história
2025-02-03
0
Keliane Santos
Coloca fotos dos personagens por favor
2025-01-26
0