capítulo -04- A doença da avó

Ana estava no elevador brava e com seu humor distribuído.

Ana-- Quem ele pensa que é? Eu sabia que viria algo por detrás da boa ação de hoje cedo.

Ele não me conhece, pensa que sou como aquelas que ele anda.

Prefiro mendigar na rua , a me sujeitar a essas coisas, jamais cairei na mesma armadilha que minha irmã e minha mãe.

Ela voltou ao trabalho como se nada estivesse acontecido.

Keith foi até a cozinha onde ela estava concentrada fazendo sua famosa bomba de chocolate.

Keith -- Amiga ! Me conta o que aquele Deus grego do mundo Árabe queria com você.

Ana-- O que ele disse , apenas encomendar doces especiais ao seu paladar.

Ana era muito amiga de Keith, mais sabia que se falasse a verdade ela não a deixaria em paz nem por um minuto.

Ana-- Melhor seguir para seu posto antes que o Bernard veja você aqui.

Keith -- Amiga sei que está tentando se livrar de mim. Mais na saída no caminho de volta para casa vai me contar o que realmente aconteceu.

O dia segue tranquilo, Ana teve um bom proveito pois apesar dos contratempos que teve com Leonardo e Depois Lucas , voltou se concentrou no trabalho e faz doces fabulosos, criou um sabor novo de macarron o famoso doce francês feito com farinha de amêndoas, seu novo doce era de frutas vermelhas com hortelã, todos que experimentaram amarama a sensação do sabor das frutas vermelhas com o ar de menta , deixou o doce com frescor e leveza.

Priscila --- Ana cada dia você se supera, esse macarron está simplesmente maravilhoso.

Essa era uma das ajudante de Ana.

Ana-- Obrigada Priscila ! Bem já deu minha hora. Pessoal já estou me retirando. Por favor organizem tudo e até amanhã.

Ana vai a ao banheiro do local lava seu rosto, guarda seu lenço da sorte, arruma seu coque de cabelo e quando está pronta para sair recebe uma ligação do hospital.

Ana-- Alô ! Sim é a neta dela. Está tudo bem ?Já teve alta?

O quê ? Como assim teve uma piora?

Estou indo aí.

Ana se despede de Keith e avisa que terá que ir ao hospital antes de ir para casa, e pede a Keith para dar uma olhada em Jade, que está comna vizinha.

Ela então pega um taxi para chegar mais rápido e vai ao hospital.

Chegando ao local paga o taxista, e sai correndo a ala onde sua avó está, dona Sônia tem apresentado problemas renais.

Ana chega na recepção e pede para falar com o médico.

Recepcionista -- Senhora o dr Paulo já irá te atender, ele está agora na sala de uma paciente e já te atende.

Ana ver umas cadeiras e pensa e sentar que está cansada de tanto trabalhar, mais seus nervos não deixam, ela anda de um lado para o outro a fim de se acalmar.

Dr. Paulo--- Senhora Ana?

Ana-- Sim sou eu! A neta da paciente Sônia Montez.

Dr. Paulo -- Poderia me acompanhar até minha sala?

Ana-- Sim claro!

o médico vai na frente mostrando o caminho e Ana atrás rezando para não ser más notícias.

Dr. Paulo -- Sente-se por favor.

Diz ele ao entrar na sala e ir para sua mesa.

Bem Ana, sua avó está com problemas sérios nos rins, apenas um funcionava, porém agora o outro também parou. Sinto muito em dar essa notícia. Nós poderíamos indicar o tratamento de Hemodiálise, mais em sua idade aos 65 anos , creio que não aguentará muito tempo.

Ana-- Dr. o que está me dizendo? Minha avó vai morrer ?

Ela já começa o desespero.

Dr. Paulo -- Bem nessa idade é difícil suportar ainda mais com seus outros problemas.

Mais há uma saída, recebemos um rim hoje que seria transplantado em outro paciente que infelizmente faleceu antes de fazer as preparativos para a cirurgia. Fiz os testes e sua avó é totalmente compatível, deu sorte é um entre mil esses casos.

Então a chamamos aqui para saber se a senhora tem condições de pagar a cirurgia , custa cento e cinquenta mil dólares.

Se não fizermos a cirurgia amanhã, o rim será levado há um outro paciente no hospital de outra cidade.

Ana que estava com uma cara esperançosa logo murchou como balão.

Ana-- Mais Dr. não sabia que seria necessário pagar, afinal estamos em um hospital público.

Dr. Paulo -- Sim Ana porém sua avó não está na fila de transplantes, e se não quiser essa oportunidade podemos coloca-la na fila de espera por uma vaga custeada pelo governo, porém demora muito.

Se eu fosse você pediria ajuda aos familiares ou quem sabe o banco.

Ana-- Dr. tenho até que horas amanhã?

Dr. Paulo -- Até as onze horas da manhã ! Se não decidir o rim será levado, não podemos demorar com ele.

Ana-- Está bem doutor pode deixar que darei um jeito deixe esse rim para minha avó.

Ana sai correndo da sala do médico e vai a sala onde está sua avó.

Ao chegar ela está acordada e fica feliz em ver Ana.

Sônia -- Filha que bom te ver! Achei que partiria sem te ver pela última vez.

Diz ela ela baixinho , pois estava fraca e pálida, estava tomando medicamento na veia para ajudar na dor que sentia .

Ana-- Não fale besteira ! Você ainda tem muito para viver, ainda veremos juntas a festa de debutante da Jade, depois sua formatura e...

Sônia -- Ainda verei seu casamento ?

Ana-- Falou besteira novamente vó.

Sônia -- Ana você precisa parar com essa besteira, o que aconteceu com sua mãe e irmã não necessariamente acontecerá a você.

Elas não souberam escolher e nem me ouvir, eu aconselhei tanto sua mãe a não se casar com aquele patife.

E sua irmã era boba , essa foi enganada.

Você é esperta, é uma ótima pessoa de bom coração e de bom caráter merece ser feliz.

Afinal você não vive sob nenhuma maldição.

Eu e seu avô vivemos felizes até que Deus o levou.

Ana-- Vó não existe mais nenhum homem como meu avô ! Pode parar os homens de antigamente não são os mesmos dessa geração de canalhas.

Ana -- vó preciso ir e ficar comna Jade, eu já paguei uma enfermeira para ficar aqui com você.

Amanhã cedo você receberá um rim novo e viverá muitos e muitos anos ao lado das pessoas que mais ama neste mundo: Jade e eu.

Ela se despede de sua avó, e quando sai fora do quarto nem mesmo dar um passo a frente e se desaba a chorar, o desespero toma conta de todo seu ser .

Ana - - Como vou pagar por isso? Mesmo se fosse ao banco não me dariam um empréstimo com essa quantia alta e por conta da burocracia ainda demora a sair.

Ela está encostada na parede com a cabeça olhando para cima com a esperança de haver algum milagre.

E num estalo ela se lembra de Katherine, poderia pedir emprestado e ela descontaria de seu salário mensal.

Ela pega rápido o celular da bolsa e liga para sua chefe.

Ana-- Alô Katherine ! Eu preciso de um grande favor seu.

Poderia passar no seu escritório amanhã para conversarmos?

Do que se trata?

Bem gostaria de falar pessoalmente !

Não está na cidade ?

Como assim não está ?

Não perdão eu sei que não é da minha conta sua vida pessoal

Então eu falo por aqui mesmo.

você com uma ligação resolve seja onde estiver.

Eu preciso que me empreste cento e cinquenta mil dólares para amanhã cedo.

O quê ? Não eu sei que não faz isso, mais é questão de vida ou morte. Por favor Katherine eu assino qualquer papelada que for preciso, mais estou desesperada.

O que só pode ver assim que chegar?

Não, não tempo !

Eu sei que não tenho direito de te precionar, mais é que ......

Antes que termine de falar Katherine encerra a ligação sem lhe dá nenhuma chance.

Ana vai aos poucos escorregando na parede até ficar apoiada sobre os calcanhares no chão.

Ela chora sem parar.

Seu telefone toca avisando que tem mensagem.

Ela enxuga as lágrimas e atende anciosa na esperança de Katherine ter mudado de ideia.

Porém a mensagem era de Lucas que dizia :

Não vou desistir tão fácil, se me escutar com calma verá que se trata apenas de trabalho, que será lucrativo a ambas as partes. Sei que você é inteligente e racional.

Ao ler a mensagem Ana se levanta !

Ela não acredita no pensamento em que está a passar por sua cabeça.

Ana-- Não só posso estar maluca !

Mais que chance eu tenho?

Farei qualquer sacrifício por ela.

Ela passa as mãos trémulas no rosto, afinal é muito imatura ainda vai completar os seus vinte e três anos e já passa por muitas dificuldades.

Ela seca suas lágrimas, se ergue concerta a sua postura e responde a mensagem.

Lucas ouve o bip indicando mensagem chegar ele olha a tela e ver de quem se trata, e rapidamente abre para ler a resposta.

Ana! Ok vou aceitar a sua proposta. Encontre-me agora neste endereço que estou-lhe enviando.

Estarei esperando por voce na porta.

Lucas joga o endereço no aplicativo de mapas e ver que o local é um hospital.

Ele fica sem entender mais segue para lá.

Entra no seu carro e passa o endereço ao motorista que segue o trajeto até o local.

Chegando no local ele sai do carro vai em direção a entrada principal olhando para um lado para o outro procurando por Ana.

Ana o avista primeiro é o leva até a cantina, onde eles sentam numa mesa.

Lucas -- Olha só , eu penso que seria melhor tratar de negócios em outro ambiente, o que estamos a fazer aqui?

Ele percebeu os olhos inchados de Ana e ainda estavam vermelhos com seu nariz, indicando que ela estava a chorar muito.

Ana -- Serei breve!

Preciso de cento e cinquenta mil dólares hoje, agora e aí aceito sua proposta, mais precisa confiar em mim, me dá o dinheiro eu assino qualquer papelada depois.

Lucas -- Está bem, sei que não é da minha conta, mais o que eu lhe daria de pagamento no contrato que já está até preparado e aqui comigo é muito mais que isso, porque quer cento e cinquenta mil agora assim em desespero?

Ana -- Não é da sua conta, mais lhe direi para explicar o real motivo de estar aceitando essa sua proposta ridícula e sem cabimento.

Minha avó está internada aqui com sérios problemas renais, e surgiu a oportunidade de transplante de um rim, só que se não pagar por esse órgão que surgiu do nada feito um milagre ele irá embora amanhã às onze horas por um paciente com condições de pagar por ele.

Lucas -- Está bem ! Vamos resolver isso. Leve-me onde resolveremos isso e farei o pagamento agora mesmo.

Ana-- Sério ! E o contrato me de que assino agora.

Lucas -- Espere vamos fazer todo o procedimento do pagamento primeiro.

Eles foram até a direção do hospital acertaram tudo, Ana assinou toda papelada .

Ela estava aliviada agora , porém ainda estava com sua postura séria para Lucas.

Ana-- Vamos me dê logo esse contrato.

Lucas -- Não !

Não vou tirar vantagem de você nessa situação. A proposta do casamento é como um trabalho para você, se passa por minha esposa, cozinha doces para mim e no final do período de um ano, recebe seu pagamento por isso.

Ana-- Como assim? Não estou entendendo.

Lucas -- Eu gosto muito de ganhar , só entro no jogo para vencer, e sempre consigo tudo que quero, mais nunca fui desleal , ou covarde, gosto de lidar com igualdade, assim tenho gosto pela vitória.

Você está em uma posição difícil aqui.

Vamos fazer assim: Me pague aos poucos como puder.

Não vou assinar nenhum contrato com você nessa situação sem saída.

Ana aponta o dedo dela, na cara dele e diz:

Ana-- Olha não fico devendo favor a ninguém, não preciso de sua pena e piedade.Minha vida é meus problemas só dizem respeito a mim.

Sou grata por ter-me ajudado e vou assinar esse contrato como pagamento.

Lucas -- Não ! Já disse que não.

Pelo amor de Allah! Jamais te cobraria por salvar uma vida, te propus um negócio, e o que fiz por você foi te ajudar. Esse dinheiro nem vai fazer a mínima diferença na minha conta bancária.

Deixe de ser orgulhosa, e depois acertamos a forma do pagamento. Boa noite !

Ele sai andando deixando Ana parada sem ação.

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