Depois do beijo de Isa e Vicente, ela foi para o cursinho e ele para a faculdade, durante a aula Isadora não parava de pensar em Vicente, na música, no toque de suas mãos, no toque dos seus lábios, Isadora já estava apaixonada, só não queria admitir pra si mesma.
" Ele parece ser diferente dos homens da minha família, e aquela boca, meu Deus que boca, não tenho nenhuma experiência com beijo na boca, foi o meu primeiro beijo, será que ele gostou? como ele vai reagir sabendo que fugi de casa, que fugi de um casamento arranjado, pior que sou uma Maldonado... todo o Goiás conhece o poder desse sobrenome e tudo que ele representa, para mim esse sobrenome representa nada além de repúdio... Meu sangue ferve quando lembro do meu pai, todo o machismo, a forma como ele trata a mamãe."
Fim da aula, Isadora se encontra com Lina e vão para a lanchonete que fica no caminho de casa, chegando na lanchonete um grupo de jovens tocam violão, mas diferente da roça em que seu pai e seu irmão tocavam apenas sertanejo e modão raiz, o grupo de jovens cantam rock nacional Cazuza, Legião Urbana entre outros.
Isadora pediu um lanche no balcão enquanto Lina pediu uma cerveja.
Lina: aceita?
Isa: não, eu não bebo.
Lina: não bebe ou nunca provou?
Isa: nunca provei.
Lina: então hoje será a sua primeira vez!
Lina fala isso gritando, causando vergonha em Isa, que vira o copo de cerveja de uma vez na boca, o gosto é amargo, mas não chega a ser ruim.
Lina : opa, devagar a cerveja precisa ser apreciada, ao menos a primeira...
Isadora sentiu tudo girar, na verdade após o primeiro copo, ela perdeu a conta de quantos vieram depois, só tem vagas lembranças de estar dançando a dança cigana em cima da mesa do bar e alguém pegando ela no colo e colocando-a nos ombros.
Isa: c-o-l-o-c-a e -u...
Ela mal conseguia falar, foi seu primeiro porre.
Yêda: acorde Isadora, vai se atrasar para a natação e hidroginástica.
Isa: eu não faço hidroginástica.
Yêda: agora faz, e vai começar um curso de auto defesa e tiro, não demore, te espero em dez minutos lá em baixo.
Isa: só mais cinco minutinhos de sono madrinha.
Yêda: Não, pensasse nisso antes de chegar em casa bêbada. estou te esperando!
Isa levanta com uma certa dificuldade, promete pra si que nunca mais vai beber. Ela não faz ideia de como foi parar na cama, muito menos de quem a trocou, coloca o maiô,veste um vestido por cima e desce. Yêda a espera para tomar café da manhã juntas, sua cara não era das melhores.
Yêda: tome essa aspirina, vamos colocar algumas regras aqui mocinha.
Isa: madrinha como foi que eu cheguei aqui?
Yêda: foi pior do que eu imaginei, você nem sabe como veio para casa, francamente Isadora.
Isa: desculpe me madrinha, isso não irá se repetir.
Yêda: não mesmo! a partir de hoje nada de bebedeiras, onde você pensa que vai chegar com isso?
Isa: mas madrinha eu nunca tinha bebido cerveja na minha vida.
Yêda: e decidiu beber tudo de uma vez? Em fim, vamos completar suas horas com hidroginástica, aulas de auto defesa e também de tiro.
Isa: eu sei atirar, brincávamos de tiro ao alvo na fazenda, e também caçava as vezes escondido do meu pai, o Quim me ensinou.
Yêda: ótimo, mas vamos aprender com a alto defesa. Quanto ao seu namorado.
Isa: que namorado? não tenho namorado, o Vicente é...
Yêda: Vicente é o nome do rapaz que a trouxe?
Isadora abaixa a cabeça pois ela não sabe quem a trouxe e se envergonha por isso.
Yêda: você não sabe quem a trouxe, Ok, Isadora de cuide, amar é muito bom, eu amei muito o seu padrinho, mas tenha juízo, não perca o foco do seu futuro e se previna, uma gravidez pode não vir a calhar agora.
Isa: madrinha eu não... eu sou virgem.
Yêda: se continuar bebendo e com as companhias de ontem, isso será uma questão de tempo. Agora vamos te dou uma carona até a academia.
Isa foi com Yêda, e durante todo o caminho só pensava em como chegou em casa, no que a madrinha falou ... Chegando na academia, Isa foi para o vestiário feminino, colocou a touca, pegou a toalha e deixou o seu vestido no armário.
Vicente: deveria ser proibido andar assim.
Isa: bom dia, o quê faz aqui? está me seguindo?
Vicente: bom dia Isadora, eu trabalho aqui, sou professor de caratê.
Isa: caratê é na outra direção.
Vicente: vim substituir a professora de hidroginástica.
Isa: que sorte a minha.
Vicente: você não disse isso ontem.
Isa: como assim?
Vicente: você dizia coisas do tipo, me coloque no chão, eu vou te matar, me solte, foram duras ameaças para um coração apaixonado.
Isa: desculpe eu não...
Vicente: você não lembra de nada, presumo que tenha sido o seu primeiro porre.
Isa: primeiro e último.
Vicente: assim espero, não quero mulher minha bebendo, e dançando para outros homens, aliás você dança muito bem.
Isa não respondeu, sua cigana interior não gostou do termo "mulher minha" lembrava alguém.
Vicente: Bom dia senhoras e senhoritas, sou Vicente professor de caratê e defesa pessoal, estarei acompanhando vocês na aula de hidroginástica e logo após na turma de natação profissional, a professora teve alguns contra tempos e retornará em breve.
Podia se ouvir os suspiros de frustração, admiração e excitação das mulheres que ali estavam, Vicente estava usando um shorts de banho e uma regata cavada, tudo muito justo por sinal, o que deixava transparecer o seu abdômen definido, sua nádegas redondinhas, pra quê um bumbum tão perfeito assim? e também deixava seu membro sexual em evidência, a mínima excitação estaria todo exposto.
Isa estava muito incomodada com as outras alunas, cobiçando o seu negro gato, tanto que ela mal conseguia se concentrar.
" Bando de oferecidas"
Vicente percebia as caras e bocas que Isa fazia, mais ele estava sendo muito profissional, mesmo que por dentro estivesse queimando de desejo pela goiana, ele precisava se controlar e manter o profissionalismo.
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Na fazenda dos Maldonado.
Zé: tio vai me desculpar a franqueza, mas eu prefiro esperar a Isadora, pra casar com a Tereza ela teria que "esmagrece" ( emagrecer no caipires)
Vino: pensei em anunciar no rádio o sumiço dela, oferecer uma recompensa, o que acha?
Zé: acho que ela não deve nem estar no Goiás.
Vino: eu sei que a Bina sabe, onde ela esta, mas ela nunca vai me contar... Vou ter que colocar alguém de minha confiança dentro de casa pra descobrir.
Zé: quem?
Vino: pensei na Marli
Zé: a dona do cabaré?
Vino: e porquê o espanto?
Zé: uma prostituta dentro da sua casa.
Vino: respeite ela, saiba que ela é a patroa.
Zé: e sua amante.
Vino: mas respeito moleque, ou te quebro no meio, vamos aproveitar e ir beber umas no cabaré, dessa vez eu pago até a sua puta, escolha uma com a cara daquela ingrata da Isadora.
Zé: Igual ela é difícil tio, mais aceito a proposta, vamos chamar o Quim.
Eles chamam o Joaquim, e vão os três para o cabaré.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Maria Erasma
infelizes mulheres de cabaré, que se vendem e são menosprezadas pela sociedade hipócrita que as usam e condenam, mas tudo são resultado de escolhaa
2022-07-22
3
Nete Roque
farinha do mesmo saco
2022-07-15
1
Nete Roque
Nojo
2022-07-15
1