5. Viagem às terras do sheik árabe

Na data marcada, o magnata partiu em viagem às terras dos seus antepassados, que agora eram de domínio do Sheik Aziz Ayad.

Aos cuidados dos servos mais qualificados do palácio, Ahmed desfrutou de dias de um verdadeiro sultão em seu próprio palacete. Pois conforme determinado pelo Sheik, o magnata teria o melhor e mais exclusivo serviço oferecido pelo reino. Incluso no pacote, estavam noites no harém secreto do manorca, serviços de spa, refeições em restaurantes sete estrelas, acesso livre nos cassinos, entre outros serviços vip.

Só depois do visitante desfrutar de dias e noites de diversão e de descanso, é que trataria de negociações.

Aziz: Salamaleico, Ahmed Nabih!

Ahmed: Maleico salam, habib!

Aziz: Como foi sua viagem? … Como tem desfrutado seus aqui no meu palacete?

Ahmed: Da melhor forma possível.

Em fim falaram de negócios e estabeleceram alguns contratos. Logo após a reunião almoçaram juntos. Ainda no mesmo dia, Ahmed Nabih jantou com o Sheik e a sua família. Após o jantar o Sheik acabou fezendo um convite inusitado ao magnata.

Aziz: Meu caro Ahmed! Amanhã quero que nos dê a honra de acompanhar-nos numa excursão de camelos que faremos pela areais do deserto.

Ahmed: De camelos? ... Pelas areias do deserto?

Aziz: Mas o que foi habib? Quer dizer que nunca montou um camelo antes? ... Ora mas isso é a coisa mais simples que existe. Não há segredo… E depois, não vai querer desapontar seus antepassados por um receio tolo.

Ahmed: Está certo então. Amanhã de manhã estarei pronto para acompanhá-lo.

Por detrás do afável convite do Sheik se escondia uma tramóia terrível, Aziz queria que o magnata estivesse longe da sua linda esposa o maior tempo possível, para que assim o seu plano de raptá-la saísse às mil maravilhas.

Depois do Sheik conseguir pôr as mãos na bela dama, seria muito mais fácil para o magnata aceitar, que a entrega da sua esposa para o seu maior acionista, fazia parte do acordo entre eles. Sendo assim o tratado entre as duas partes aconteceria de forma semelhante como eram feitas as negociações nos tempos dos seus antepassados.

O dia amanheceu e ainda muito cedo o Sheik e seus homens de confiança encontraram o magnata, vestido a caráter, nas dependências do palacete. Pronto para sua primeira caravana pelas areias escaldantes do deserto.

Aziz: Preparado para a aventura que vos espera, Ahmed?

Ahmed: Estou sim, meu caro soberano.

Aziz: Ótimo! Escolha então seu animal, pois já partiremos.

Aziz, sua comitiva e seu especial convidado tomaram o caminho do deserto. Para piorar, o monarca, de surpresa, ainda inventou uma corrida de camelos em que a maior parte dos foram obrigados a participarem. O Sheik saiu-se vitorioso da competição - como sempre.

Depois da corrida "maluca" e de algumas horas de travessia no mar de areia, sobre os lombos dos ruminantes, chegaram a um oásis de água fresca, rodeado de árvores.

Os serviçais que acompanharam a comitiva armaram tendas e montaram um farto banquete com os mantimentos que levaram, para que o monarca e convidados desfrutassem. Após o banquete, voltaram-se na direção da cidade sagrada e rezaram.

Quando a noite chegou, Ahmed estava tão exausto que nem conseguiu acompanhar os tradicionais cantos e danças que os compatriotas árabes contaram e dançaram sob o céu estrelado.

Mal amanheceu e o Sheik deu ordens para que partissem imediatamente. Ahmed ainda dormia, o monarca decidiu partir e deixá-lo na tenda acompanhado de dois dos seu guardas.

Ao acordar, Ahmed tomou um verdadeiro susto ao perceber que a grande comitiva partiu, e o deixou para trás. Do susto passou ao estado de pânico, só de pensar que se encontrava sozinho no meu do nada.

Deu a volta ao redor da tenda e daí então viu dois serviçais enchendo seus cantis nas águas cristalinas do oásis.

O visitante suspirou aliviado.

Serviçal: Salamaleico, habib!

Ahmed: Maleiko salam… Mas me digam! Onde foi parar a grande comitiva? E o Sheik?

Serviçal: Como o habib estava exaurido, o soberano achou melhor partir e deixá-lo aqui descansando.

Ahmed: Mas por que tanta pressa?

Serviçal: Isso eu não sei lhe dizer, mas o soberano é sempre tão ocupado, que acho que tinha coisas a resolver.

Ahmed: Pois então me ajudem a montar no lombo daquele desagradável animal… Quero sair imediatamente desse terrível lugar.

Os serviçais ajudaram Ahmed a montar no camelo, em seguida montaram os seus próprios animais e seguiram o caminho de volta do palacete.

Chegaram ao cair da noite. E o magnata, quase que desfalecido, foi deitar-se para se recuperar da desgastante e odiosa expedição.

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