Henry explicou toda a situação deixando Estefânia perplexa.
— O quê? Você fingiu ser o encontro da minha filha?
— Eu fiquei penalizado, não tive coragem de deixar ela lá sozinha. Jamais tive a intenção de causar tudo isso.
Estefânia se sentou levando a mão no peito.
— Ela vai sofrer tanto, minha filha está sofrendo tanto com tudo que estão falando dela…
— Eu sinto muito, dona Estefânia, não fiz por maldade.
— Por favor, faça com que retirem todas essas notícias.
— Já tomei as devidas providências, não se preocupe.
Após entender tudo e se desculpar pelo transtorno, Estefânia se levantou, e voltou para casa sem saber como contaria para a filha toda a verdade. Assim que ela se retirou, o pai de Henry entrou no escritório extremamente irritado, acompanhado da esposa.
— Eu pensei que assumindo a presidência da empresa você tomaria jeito, mas pelo visto você está mais interessado em jogar o nome de tudo que eu construí no ralo!
— Eu estou me esforçando. O que aconteceu não tem nada a ver com…
— Não me interessa o que aconteceu ou deixou de acontecer, não quero o nome da minha empresa e da nossa família envolvido em baixarias, ouviu bem?
— Eu não tive culpa!
— Mas causou tudo isso, e não me interessa como vai resolver, apenas resolva!
O senhor se retirou, deixando o filho extremamente chateado.
— Querido, quem era aquela moça? O que foi tudo isso?
Henry explicou para a mãe o que havia acontecido e ela o entendeu, se penalizando com a situação de Celine.
— Eu vou conversar com o seu pai, sei que mentir para a moça não foi a melhor ideia que você poderia ter para ajudá-la, mas apesar dos pesares foi genuína a sua atitude. — Madalena sorriu. — Vou ver se consigo amansar a fera.
— Obrigado, mãe. Como faço pra me retratar com a Celine?
— Conte a verdade e mande um presente, vai ficar tudo bem.
Em casa, Estefânia encontrou a filha dormindo, rodeada por pacotes de doces e chocolates.
— Oh, meu Deus.
Celine abriu os olhos ao ouvir a mãe e ainda sonolenta sentou-se na cama.
— Onde a senhora estava?
— Falando com o tal Henry.
— O quê? A senhora foi atrás dele?
— Sim, filha, eu sinto muito…
Estefânia deixou a filha chocada após saber de toda a história, mas ao contrário do que esperava, Celine demonstrou certo alívio.
— Então meu encontro não foi um completo desastre, porque na verdade ele não era o meu encontro?
— Mais ou menos isso, acho que você foi para o restaurante errado e por isso o rapaz verdadeiro ficou ligando.
— Oh, coitadinho, preciso me explicar.
— Isso, esqueça o tal Henry, logo a poeira vai baixar, nem tudo está perdido. — Estefânia acariciou o rosto inchado da filha.
— Tem razão.
Algumas horas depois, Celine se surpreendeu com uma visita inesperada.
— Senhorita Celine… — Ela reconheceu o motorista que a deixou em casa no dia anterior. — O senhor Henry me pediu que deixasse esse carro para a senhora, aqui estão as chaves. Se trata de um presente e ele espera que possa aceitar as suas mais sinceras desculpas.
Celine paralisou por um momento, sem acreditar no que estava vendo, embasbacada ao ver o lindo maserati.
— Isso só pode ser brincadeira.
— Não, senhora, o carro é seu.
— Eu não posso aceitar, diga ao seu chefe que não sou do tipo que se compra.
— Só um momento, senhorita. — O motorista ligou para Henry, repetindo exatamente as palavras de Celine. — O senhor Henry deseja falar com a senhorita…
Relutantemente, Celine pegou o celular.
— Olha, eu já entendi que você ficou com dó e tentou fazer uma caridade, estou realmente honrada e agradecida pela sua boa vontade, mas eu realmente preferia que tivesse sido sincero…
— Celine, eu sinto muito.
— Não sinta, e não precisa tentar comprar o meu perdão, afinal você também não teve culpa, não vou aceitar o carro, muito obrigada.
— Não fique chateada, por favor, já exigi que retirem as publicações ofensivas.
— Obrigada.
— Celine…
— Sim…
— Foi divertido, valeu a pena. —Falou soltando uma risadinha.
Celine acabou rindo da mesma forma e percebeu que Henry não era má pessoa, e que não tinha feito aquilo por mal.
— Tudo bem, realmente foi agradável, sinto muito por ter manchado a sua imagem e a da sua namorada. Quanto ao carro, vou pedir que seu motorista leve de volta.
— Você não fez nada disso, foi um prazer te conhecer. O carro é seu, ele não vai trazer, faça o que achar melhor. Fique bem.
Após se despedirem, o motorista entregou as chaves para Celine, se retirando logo em seguida.
— Uau, está de carro novo? — Miguel se aproximou admirado. — Um maserati… Está ostentando, em blogueirinha?
— Não é meu, já vou devolver.
— Ah, que pena, eu estava louco pra pegar uma carona com a gordinha mais irada da cidade. — Ele sorriu abraçando a amiga com carinho.
— Miguel? — Jully se aproximou incomodada ao vê-los juntos. — Por que não entra?
— Já vou… — Respondeu voltando a dar atenção para a amiga. — Mas me conta, de quem é o carro?
— Longa história… Minha mãe me arranjou um encontro às cegas… — Celine contou tudo para Miguel que ouviu a história, abismado.
— Então pelo visto o falso encontro se apaixonou, mandou até presente, e que presente. — Falou soltando uma risadinha.
— Foi apenas um pedido de desculpas.
— Mas é claro, até parece que Henry Lewis se envolveria com você de verdade. — Jully destilou veneno, sendo encarada por Miguel.
— Não precisa falar dessa forma, Jully. — Ele a repreendeu.
— Não foi minha intenção ofender, mas ele sempre é visto com modelos lindíssimas, é óbvio que tudo não passou de um mal entendido.
— Você tem razão, eu não sabia que se tratava dele, não havia reparado.— Celine explicou.
— Mas só de olhar para ele já dava para você deduzir que era sonho. — Jully debochou, com uma expressão de escárnio.
— Jully, por favor, você está sendo grosseira! — Miguel resmungou.
— Perdão, não tive a intenção.
— Imagina, a verdade às vezes pode doer, temos que estar preparados, não é mesmo? — Celine disse visivelmente magoada. — Vou indo Miguel. Até mais…
— Cel… — Miguel a chamou penalizado, mas Celine entrou em casa ignorando-o.
— Deixa ela, amor, daqui a pouco vai pensar que você está apaixonado também.
Alguns dias se passaram e Henry se pronunciou afirmando que Celine era uma amiga e tudo não havia passado de um mal entendido, aos poucos tudo foi voltando ao normal e o episódio foi esquecido temporariamente pela mídia.
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Lucilene Rocha
Que raiva dessa namorada nojenta do amigo boca aberta
2025-02-19
0
Kamyla
Imagina se tivesse
2024-10-21
0
Eugênia Ferreira
o mulherzinha do meu nojo 🤮
2023-01-24
3