Projetinho de Herói

Sabe aqueles valentões que de filme americano, que usam aqueles casacos azuis do time de futebol e tocam o terror com os nerds? Pois bem, eles existem aqui

No entanto, ao invés deles usarem farda azul e branca, a nossa é vermelha mesmo.

Posso citar vários nomes, juntando aquele que tive que enfrentar lá no time de futebol com meu irmão.

No entanto, nenhum dele supera o maldito chamado: Albert Stones. A verdade é que, na minhas lembranças mais antigas, lembro do Stones como aqueles nerds feios e cheios de espinhas na cara.

Hoje ele se tornou um brutamontes. Uma parede músculos. Não há no colégio, alguém que ousa enfrenta-lo de igual para igual.

Uma vez, vi ele afundar a porta do armário de uma maneira, que parte de sua mão sumiu em meio ao metal. Quando a retirou, sua mão sangrava, mas ele não emitia um ruído.

Muito pelo contrário, estava até meio descontraído.

Meu irmão já brigou com ele uma vez, mas as coisas não acabaram muito bem. No fim, tive que arrastar o peso morto do meu irmão pelos corredores até a enfermaria

Poderia tê-lo carregado sem nenhum esforço? Sim. Mas não revelaria minhas habilidades assim. Ainda mais ajudando uma pessoa como o Bryan. Bryan + Albert \= Idiotas.

A verdade é que a escola toda é composta por idiotas, vaidosos, burros e inúteis. Por isso me sinto em um mar de solidão. Sou cercado por retardados.

Voltando aos valentões... Todos sabem que normalmente eles andam em grupos, sendo o maior e mais forte, — Albert — o líder da equipe.

Querem sempre passar a imagem de infames, vândalos, badboys, desapegados e machões. Sim, todos são os machões.

Não podem sequer elogiar um outro homem sem se taxarem de "bichinhas"

Na cabeça deles, não existem homens bonitos além deles, por isso se você elogiar um outro, você se torna menos homem. O que significa... Gay.

Os valentões são tão retardados que normalmente não conseguem enxergar nada além dos seus músculos e fama na escola, como se isso realmente importasse algo na vida real. Quando se deparam com uma vaga de emprego, percebem que ser o "badboys" queima o seu filme com o entrevistador.

EU, não iria querer um ex-vandalo na minha empresa.

Agora, porque estou a tratar desse assunto como se fosse algo tão pertinente? Bom, estou há alguns minutos esperando as muralhas de músculos saírem da frente para que eu possa ir só banheiro.

Porém, a única coisa que fazem é cantar uma garota que passa. Albert me olha, mas logo volta a fazer o que, para ele, era realmente importante

Solto um leve rosnado de tédio, a qual ele escuta é diz:

— Quer passar? Dez dólares.

Eu faço uma cara de: É sério isso? Olho para a porta do banheiro, já muito apertado e respondo:

— Isso é sério? — a minha voz sai mais irônica do que eu queria. — Estudamos em uma escola que só pessoas de classe alta podem pagar, o que significa que de dinheiro alheio, você não precisa.

— Já estou cansando dessa sua cara. O que significa... — diz ele debochadamente — que terei que muda-la um pouquinho.

Ele bata com o punho numa palma aberta e entendo que ele quer me bater

Obviamente, o que um valentão faria além de partir para violência na primeiro oportunidade?

Nego com a cabeça e me viro:

— Pode deixar então... O dinheiro que eu vou pagar a você, posso dar para algum mendigo ou criança carente. Adeuzinho!!!

Começo a me encaminhar quando sinto uma bola se chocando contra a minha cabeça.

A dor que senti há dois dias atrás voltou com força no momento em que me apoiei nos braços para não dar de cara com o chão.

Puxo o ar com força e me ergo. Sinto minha face queimando de raiva e vergonha, pois todos me encaram, não rindo, mas sim esperando o que aconteceria. Outros me olhava como se dissessem: "Filho, você vai morrer." Ou " Apenas vá".

Volto meu corpo para ele, meio que sem querer. Pego a bola sentindo o peso dela triplicar, por conta do meu controle sobre o peso e massa das coisas. Quando estou prestes a arremessa-la o diretor chega, suado e ofegante.

— Seja lá o que for fazer com essa bola, é melhor que desista agora mocinho.

— Ah tá de sacana... — começo.

— Como é?

— Nada!!! — Sorrio falsamente, deixando a bola cair de minhas mãos, mas me arrependo no instante que ela se choca contra o chão.

Merda!!!

A bola faz um som de pedra contra o chão, assustando a todos, mas o diretor logo dispersa os alunos e eu me misturo indo embora.

«»

Estou andando por um parque no centro da cidade. Sempre gostei daqui, de alguma forma me lembrava minha mãe.

Talvez fosse o cheiro de rosas que jogavam no ar.

Ando por uma curta trilha, mas me estaco quando minha audição aguçada capta alguns barulhos.

Diminui o som dos meus passo, suprimindo as ondas sonoras e aproximo-me da localização do som. Vejo alguns encapuzados, no centro deles, está Albert Stones.

Ele está sendo, bem, torturado. Eles batiam né com pedaços de pau. Não. Eram barrotes bem pesados.

Este se contorcia, tentando livras sua cabeça dos ataques, mas quando um deles acertou a região, meu corpo se moveu para frente.

Os espancadores ainda não me viram. Posso voltar e ver tudo acontecer. Não tenho nada a ver com isso e fiz um juramento de não me envolver e usar meus poderes como se fosse um vigilante.

Porém... Não constituição dos Estados Unidos deve haver uma lei sobre isso, com certeza devo me envolver. Ainda assim, o Albert não é nenhum santo, inclusive já espancou alguns garotos.

Ah, que se dane!!!

Continuo caminhando em direção aos agressores do agressor, eles conseguem me ver agora.

Faço alguns movimentos com a cabeça e os barrotes se erguem no ar, longe do alcance deles.

Sorrio quando eles praguejam assustados. Até parecem que não sabem que pessoas como eu existes.

Um deles me soca. Seguro seu pulso e aperto, quebrando os ossos das mãos. Por fim, faço outros três dormirem, acabando com meu limite máximo de controle mental diário.

Vejo que Albert dorme profundamente. O último me olha pedindo misericórdia.

— Por que fizeram isso?

Ele gagueja no início, mas explica.

— Esse cara, espancou meu irmão e o deixou com duas pernas quebradas. Queria apenas me vingar.

Aceno positivamente com a cabeça, me abaixo e soco seu rosto com força o suficiente para fazê-lo dormir. Encaro Albert com nojo.

O odeio. Odeio por ser um idiota violento.

— Poderia deixar você aqui para morrer, ou até tirar sua vida, mas não gosto disso. Irei te der uma chance, ante de te denunciar para a polícia.

Abaixo-me, toco seu peitoral e começo a furar suas feridas. Aliviar suas dores e no fim, tudo fica normal, a não ser pelo sangue seco.

O processo me deixa cansado, por isso só tenho a chance de me teleportar para meu quarto e cair na cama, novamente, sendo levado pelo sono.

«»

Que belo projeto de herói, eu sou, não é? Agora, pago o preço, pois sinto-me fraco. Sempre que curo alguém, minhas energias passam para a pessoa. Neste momento, meu corpo está pesado e eu sonolento.

Tento ficar no programa sobre animais selvagens da animalplanet. No entanto, fico apenas pensando no que fiz. Uma pontada de medo cresce em mim, pois eu poderia ser preso por quebrar um juramento com o pentágono. Claro, poderia escapar, mas aí me tornaria um inimigo declarado pelo governo.

Seria caçado, mesmo que fosse para o país mais longínquo. Coço minha cabeça com força, pois sempre me lembrei de não ser um inconsequente.

Sempre pensar antes de agir. Mas gastei energias para salvar a vida de um escroto como o Albert Stones.

Passo a mão violentamente pelo rosto, soltando um grunhido de arrependimento.

Quando abro meus olhos, deparo-me com Bryan, me encarando como se eu fosse um louco.

— Perdeu algumas coisa na minha cara? — pergunto grosseiramente.

— Nada não. Só acho que essas suas bizarrices tão te enlouquecendo. Daqui a pouco vai querer matar a gente.

O olho exasperado. Ele não falou isso? Falou?

— Pode acreditar, se eu estivesse afim de te matar nesse momento, apenas explodiria esse prédio todo. Transformaria você em cinzas em segundos, mas não sou um assassino, muito menos um babaca igual a você.

— É por causa desse seu temperamento que não nos damos bem. — Diz.

Não!!!

— A gente não se dá bem, porque você não é igual ao papai. Não perde a chance de me mandar indireta sobre meus poderes. — começo. — Sei que muitas vezes a vida de vocês não foi fácil por causa das minhas habilidades. A constante vigia, o medo de eu perder o controle, a vida toda assinando documentos de sigilo e indo ao médico. No entanto, eu não tenho culpa de nada disso. Não pedi por isso.

Ele me encarou com raiva, mas não me intimidei. Sorri e continuei:

— O engraçado é que ninguém fica receoso na hora de me pedir para usar os poderes para um bem próprio.

A minha madrasta chega em casa, ela tem várias roupas e fala:

— Theo, tem uma caixa muito pessoa aqui, pode me ajudar!!!

— Não!!! Você tem braços e pernas, pode muito bem carregar o seu pesinho como qualquer pessoa normal.

Sinto Bryan próximo de mim e ele me segura pelo colarinho.

— Olha muito bem como fala com minha mão seu puto.

Não sei como fiz, mas quando vi já tinha feito. O braço de Bryan havia sido dobrado. O grito que ele deu seria cômico, se não fosse nas devidas circunstâncias.

Merda!!!

Minha madrasta me empurrou, gritando:

— Fica longe do meu filho, seu monstro!

Eles saíram correndo para o hospital, mesmo quando instintivamente pensei em oferecer-me para transportar-nos para lá.

Agora eu penso, que belo projetinho de vilão.

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