o sem cérebro

A escola sempre foi terrível pra mim. Podem até me achar, arrogante, meus caros leitores, mas é difícil para uma pessoa tão poderosa e rápida como eu, viver entre pessoas mais comuns.

Eu vibro numa frequência completamente diferente de todos e tenho dores e objeções completamente diferentes, além de notar coisas que mais ninguém nota.

Por exemplo, como explicar para as outras pessoas, que eu quebro a quarta parede, falando diretamente com o as pessoas que observam a minha vida.

Sim, eu vejo vocês.

Não dá para explicar a ninguém que estamos num universo repleto de mundos, dimensões e realidades que coexistem com a nossa e que alguma pessoa observa e lê meus pensamentos?

Por isso parece que eu finjo ser superior, mas a verdade é que tudo isso cansa.

Dou uma mordida na maçã sentindo um sabor terrível. Era velha demais. Um dos meus poderes era saber quanto tempo de vida tinha alguma coisa só de toca-la e também me permitia ver os passados desses objetos ou pessoas. Por isso uso uma luva transparente bem fininha, quase que impossível de se enxergar, isso impede que meus poderes se manifestem.

Porém, meus poderes de saber a idade das coisas, não pode ser bloqueado ou contornado. Um simples tocar do objeto contra a minha pele já me permite saber a idade daquilo, isso já me salvou de comer muito alimento vencido. Mas também me deixou um fresco, pois não consigo comer uma maçã que tenha sido distribuída no mercado a mais de uma semana. Por vezes já fiquei um pouco mais de 1 hora só procurando uma maçã decente.

Deixo a fruta na bandeja me contentando apenas com o restante da comida. Tudo estava perfeitamente bem até que noto um olhar.

Olho em volta, a procura da pessoa e vejo Jon Parrish me encarando com um sorriso idiota na face cheio de espinhas. Um sorriso sem graça toma os meus lábios, ele me encarava, parecia que estava em outro planeta.

Fixei meus olhos em minha comida, tentando ignorar aquilo.

Odeio que me encarem!!!

Quando menos esperava vejo que Jon Parrish já está do meu lado. Deixo escapar um gemido de susto e o encaro. Ele se senta a minha frente com o mesmo sorriso estupido.

O fedor de "orégano" pra não dizer outra coisa, fez meu nariz arder e quase que fiquei drogado.

Ele falou lentamente:

— A Melanie, gosta de ti. — A voz dele parecia que tinha passado por um daqueles programas de edição de áudio pra deixar mais lenta.

— Ah que bom. É... O que tem isso? — Perguntei olhando para os lados.

O garoto me ignorou completamente, com aquele sorriso retardado na cara. Sempre odiei o Jon Parrish, ou pelo menos tentei mantê-lo o mais distante possível de mim. O meu problema com ele, é que meus poderes, NÃO funcionam nele. Sejam quais forem eu não consigo fazer nada contra ele, nem com ele.

Dando um sorriso, ainda mais aparente ele repetiu:

— Ela gosta muito de ti, sabia?

Ah, pronto! A maconha não só derreteu o cérebro dele como o deixou surdo também.

A dor de cabeça leve que eu já sentia ficou pior.

— Escuta aqui, Parrish. Não entendo o que você tem com isso, mas vou deixar bem claro que não sou obrigado a gostar de ninguém, muito menos de uma maluca como a Melanie ou um drogadinho de merda como você.

Jon me encarou severamente, pela primeira vez o vi sem aquele sorriso constante e idiota. Visivelmente irritado com o que eu falei, Jon se inclinou sobre a mesa e falou:

— Você acha que é superior a todo. Não é de hoje que noto como despreza as outras pessoas, seu mimadinho de merda. — Jon falou a ultima palavra com seu típico sorriso.

Ergui-me empurrando a mesa para longe. Jon fez o mesmo se afastando para longe de mim. Senti pontadas em minha cabeça e algo escorrendo pelo meu nariz. Olhei para Bryan e disse:

— Chama o Doutor West... Agora...

Senti um forte impacto das minhas costas contra o chão da escola e adormeci.

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