(2008)
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Dylan entra no quarto e bate a porta com força, jogando seus oculos quebrados na cama.
- Meu filho...deixa eu ver isso... - sua mãe diz entrando no quarto e tocando em seu rosto que estava com um hematoma ao redor dos olhos. - Meu Deus...quando isso vai acabar? vou na escola agora mesmo!
- Pare de mimar esse moleke Estefânia! - diz o seu pai entrando no quarto - se ele apanhou, foi porque mereceu!
- Como pode falar isso Danilo?! nosso filho chegar assim todo santo dia em casa e você fala que ele mereceu isso! - grita sua mãe de volta para seu pai. - eu vou agora mesmo na escola!
Danilo agarra o pulso de Estefânia e o aperta forte.
- Você não vai fazer nada! concerteza ele fica arrumando briguinha idiota na escola e é esse o resultado! - ele da um tapa na cara da minha mãe deixando a vermelhidão do tapa se espalhar pelo seu rosto. - E se você fizer alguma coisa, só vai ta o mimando a continuar com essas birras! e se realmente a culpa não for dele, ele vai se virar sozinho e resolver como um verdadeiro homem!
- homem?! ele é só uma criança Danilo! - minha mãe falava em um puro ódio mas, uma lágrima escorria em seus olhos.
Dylan apenas continuava parado olhando para seus próprios pés. Seu olhar era indescritível mas, assim como a mãe, uma lágrima escorria de seus olhos.
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- mil desculpas senhora Elizabeth. - Anjelica fazia um comprimento de respeito a sua filha pequena.
- Mãe! Princesa Elizabeth! - corrigiu a sua mãe a pequena.
- ah, sim, Princesa Elizabeth, mil perdões. - disse a mãe pegando a mão da pequena e a mesma abriu um sorriso grande.
- Cadê a comida?! Mas que droga! trabalho que nem louco para chegar em casa e não ta nenhuma comida aqui. - seu marido chega fazendo barulhos na cozinha. - Anjelica! Anjelica!!
Anjelica no quarto com a filha, da um beijo na minuscula mãozinha da pequena e depois na testa.
- Tenho que ir agora minha majestade. - ela diz sorrindo.
- princesa! - insisti a pequena.
- ah, sim, princesa, fica aqui meu amor, mamãe já volta. - ela diz com um sorriso e saindo do quarto encerrando a brincadeira.
A pequena Elizabeth, pega uma boneca e começa a pentear os cabelos embaraçados. Ela houve o grito do pai na cozinha e barulho de panelas e se assusta.
Devagar ela vai até a porta do quarto abrindo só uma fresta da porta.
- Como assim não tem carne?!
- tem frango ao molho que eu...
- Eu não quero frango! eu quero carne! O que aconteceu com o dinheiro que te dei? - ele fala batendo novamente no armario e sacudindo as panelas.
- Elizabeth ficou com catapora esses dias e tive que levar ela ao médico...o dinheiro que sobrou só deu para comprar frango...
- Pelo oque eu saiba, ainda não vi ninguém morrer de catapora!
Anjelica abaixa a cabeça olhando para as proprias mãos.
- Da próxima vez que você gastar meu dinheiro sem minha permissão, não vai ser só na cama que você vai pagar! - ele grita.
Anjelica cosa os próprios pulsos onde á hematomas rochos ao redor.
Elizabeth percebe seu pai olhar para a porta e ela arregala os olhos assustada, sua mãe percebe e bate a porta do quarto fazendo Elizabeth cai para trás no chão do quarto.
- ela não tem nada haver com isso! é só uma criança! um bebê ainda!
- uma criança muito mal educada que fica ouvindo a conversa dos pais atrás da porta! - ele fala se aproximando da porta.
Elizabeth corre para o fundo da parede do quarto e começa a querer chorar quando escuta o pai se aproximando do quarto.
- Ela não entende nada ainda!ppr favor, se for para punir, pune eu...a culpa é minha por ter esquecido a porta a aberta, ela deve ter ido fechar e acabou escutando um pouco...- Anjelica mente.
Ele não diz nada, apenas a arrasta para o outro quarto fazendo a sombra de seus pés debaixo da porta na visão de Elizabeth, desaparecer.
Elizabeth escuta os gemidos de sua mãe no quarto ao lado, as vezes ela escutava uns "não por favor..", " ta machucando muito" , " eu não aguento mais"... As vezes escutava barulhos de cinta ou até tapa, o mesmo barulho de um tapa que uma vez seu pai te deu no braco por ter saido do quarto sem permissão enquanto sua mãe tomava banho, a diferença é que esse tapa eram vários em sua mãe naquele momento.
O barulho só aumentava e parecia que aquela tortura nunca iria acabar. Elizabeth com suas mãos pequenas, tampou os ouvidos e começou a cantar a música que sua mãe havia lhe ensinada.
- Brilha, brilha estrelinha, quero ver você brilhar...- algumas palavras ela errava da canção pois essas palavras eram difíceis para sua língua desenrolar, mas o intuito de cantar era o mesmo.
° Quando estiver com medo ou muito triste, tampe os ouvidos, respire fundo e cante essa música... ° a voz de sua mãe em seus pensamentos ecoavam.
Elizabeth quando foi respirar fundo, acabou derramando muitas lágrimas e soluços escapavam de sua boca, mas mesmo assim, continuava cantando.
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Atualizado até capítulo 167
Comments
Rosângela Beserra
Infelizmente esse caso e ficção misturado a realidade pois por mais que se tenha feito um combate contra a violência doméstica
2023-10-07
8
Lulu 🌹
Ahhhh que dó dois abusados e ainda crianças 😢😢😢
2023-08-11
1
aberração humana☕
tô imaginando a cena
2023-07-28
2