"Bom dia queridos ouvintes da nossa rádio local, aqui você tem animação em dobro. O dia está ensolarado com previsão de clima bem quente. E para aumentar mais a temperatura vamos ouvir a música: Feel it. Mr. TalkBox e TobyMac."
- Eu amo essa música.
Ana Júlia cantou alto. Aumentou o volume do rádio.
Sua amiga Mariana ficou olhando-a de ladinho.
Ela bufa:
- Eu não consigo dirigir com você ao meu lado cantando desafinada desse jeito. Ana.
- Não seja rude Mariana. Curta a viagem, o dia está lindo. (fala Ana Júlia)
Mariana revira os olhos.
- Tem certeza que seu novo trabalho é aqui neste fim de mundo? Se eu não gostar do lugar vou te trazer de volta.
Ana Júlia da uma risada sabendo que era bem capaz de sua amiga fazer isso mesmo, levá-la de volta a força.
- Mari, já te falei que será um desafio pra mim tratar esse paciente. Se eu soubesse que minha melhor amiga iria ser do contra, teria pedido carona ao Gustavo.
Mariana solta um assobio.
- Gustavo iria aceitar na hora, já viu como ele baba por você. (fala Mariana rindo)
- Não e verdade. (responde Ana)
- Só você que não vê isso Ana Júlia. Gustavo e louco por você, ele lambe o chão que você pisa.
Ana Júlia coça a cabeça. Ela tinha notado a muito tempo o interesse de Gustavo mas evitava transparecer que ela sabia! Ana gostava dele como amigo.
- Sabe de uma coisa! Da próxima vez eu pego um UBER. (fala Ana)
- Sua ingrata. (fala Mariana)
As duas riem.
Ana Júlia fica olhando a paisagem. Era um local muito bonito afastado da cidade. Ar puro.
Ana Júlia pediu ajuda a Mariana pra levá-la ao seu novo endereço de trabalho, no contrato assinado ela iria permanecer ali durante um mês. Levou apenas algumas coisas pessoais, e claro, muita vontade de trabalhar.
- Amiga tem certeza que é esse o lugar? (pergunta Mariana)
As duas estavam a horas na estrada.
- Sim o GPS está te levando ao endereço que me foi passado pela secretária dos Navarro. (fala Júlia)
Mariana diminuiu a velocidade.
- Fico preocupada em te deixar aqui isolada no meio do nada com esse seu paciente maluco.
Júlia revira os olhos. Exagero de Mariana.
- Não o chame assim Mari. Eu vou ficar bem, o irmão dele disse que tem funcionários que trabalham aqui. Vitor Navarro será tratado por mim.
- Se eu fosse você voltaria corrend... ahhh céus!
As duas ficam de boca aberta. Ao passarem pela divisa da propriedade Navarro.
Os vinhedos cobriam boa parte da propriedade. Enormes campos com vários cachos de uva. Era uma visão linda de se ver.
O carro estava em movimento e as duas ficaram admirando a beleza do lugar.
- Que isso!! Eu gosto de vinho mas ver a plantação e melhor ainda... que lindo. (falou Mariana de boca aberta)
Ana também amou ver aquilo.
- Hum! Agora você gostou? Estava criticando o lugar a dois minutos atrás. (alfinetou Ana Júlia)
- Se continuar me repreendendo vai ficar na metade do caminho a pé. (fala Mariana)
As duas riem de novo.
Eles eram como irmãs.
O carro andou mais alguns quilômetros até elas avistarem o grande casarão.
As duas ficam de boca aberta com o tamanho da casa.
Vitor construiu uma nova casa maior e mais imponente que a outra antiga.
- E aqui. (disse ela)
- Tomara que saiba mesmo o que esta fazendo Amiga. (fala Mariana)
- Eu vou ficar bem. Me ajuda a tirar minhas malas.
As duas saem. Enquanto Mari abria o porta malas um homem vai até elas.
- Bom dia.
- Bom dia. (responde as duas)
- Eu me chamo Arthur José, mas todos me chamam mais de Zé. Eu sou um dos mais antigos funcionários daqui, tem também a Maria. A senhorita deve ser a doutora.
- Prazer em conhecê-lo José. Sim eu me chamo Ana Júlia e essa aqui e minha amiga Mariana. Ela veio me trazer.
- Prazer senhoritas. Eu vou chamar Maria para levá-la a sua habitação.
- Obrigado José.
Ele sai e Ana Júlia fica olhando em volta.
- Amiga? Tem certeza que quer ficar?
Ana Júlia sorri.
- Claro que tenho certeza. E pare de ser paranoica Mariana.
Minutos depois Maria vai até elas.
- Olá eu sou Maria.
- Oi eu sou Ana Júlia e essa e Mariana.
- Que bom que chegou bem doutora. Deve estar com fome, a mesa do café esta posta para a senhorita, quando o patrão Lucas avisou que viria cedo fiz questão de preparar tudo.
- Obrigado Maria pela hospitalidade.
- Amiga eu tenho que voltar, vou trabalhar ainda lembra. Curta o seu café. Prazer em te conhecer Maria e cuide de minha amiga aqui... E Júlia se cuida ta bom qualquer coisa me liga.
- Não vai tomar café comigo?
- Não posso. A volta e longa até a cidade. Mas prometo te ligar todos os dias e vir aqui te ver em minha folga. (diz Mariana abraçando-a)
- Ok! Obrigado pela carona Mari.
- Se cuida Ana Júlia.
Mariana entra no carro após alguns minutos ela vai embora.
Ana Júlia vê o carro se afastando. E suspira.
- Venha comigo doutora. (fala Maria)
- Não não!... pode simplesmente me chamar de Ana Júlia. Sem formalidades.
- Se preferir assim. Claro! Venha comigo Ana Júlia. Seu quarto fica aqui no primeiro andar, vamos entrar que te mostro tudo.
Ela olhou sorridente para os lados vendo a linda casa. Um belo jardim.
Ana Júlia seguia a mulher arrastando sua mala rosa de rodinhas, quando ela parou ao sentir uma sensação estranha.
Ana se arrepiou.
- Qual o problema Ana?
Pergunta Maria ao vê-la parar bruscamente.
Ana Júlia tinha uma sensação de estar sendo observada. Mas ao olhar para os lados não viu ninguém, além dela e Maria ali.
Um calafrio subiu a sua espinha.
Ana tentou abrir um sorriso para acalmar seu coração acelerado.
- Nada não. Vamos!
Ela continuou a andar seguindo Maria.
No andar superior, oculto na escuridão do corredor estava Vitor Navarro.
Ele a viu. Ela sentiu sua presença.
"Estou há alguns segundos analisando a nova doutora, ela é mais uma tentativa fracassada de meu irmão de tentar me curar".
"Eu sou um animal privado de sentimentos, eu sei. Se tanta coisa em minha vida não desse errado eu poderia ser um homem bom, mas isso é impossível em tempos atuais."
Perdi muito naquele dia.
Mas essa mulher... ela tem alguma coisa que me perturba mais que os outros anteriores.
Terei que afugentar a doutora. Assim como fiz com os demais.
Ela não pode ficar. Não poso deixá-la se aproximar de mim.
Vitor andou até a janela leste e lá a viu.
A vejo sentada a mesa na área externa tomando o café, Maria conversa com ela e a mulher ri.
Esse sorriso.
Seu sorriso me pegou desprevenido, não consigo parar de olhar e analisar sua boca. Droga!
Não quero vê-la mais. Não a quero aqui.
Não a quero perturbando minha cabeça.
Ela joga os longos cabelos para o lado, rindo de algo ela alarga mais o sorriso. Ela vai me deixar louco.
NÃO A QUERO AQUI. ESSA MULHER TEM IR EMBORA.
Vitor anda para a ala proibida, onde fica seu santuário. Ele prefere ficar sozinho, longe de todos.
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Atualizado até capítulo 82
Comments
Dulce Rodrigues
Ana Júlia chegou quebrando as barreiras impostas por Victor a situação mesmo. Está hipnotizado pelo sorriso que ele nem viu direito, mas logo estará rendido a Ana.😀🥀🥀
2024-12-04
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Andreia Queiroz
eita que essa história vai ser das boas sem contar que a autora sempre arrasa
2025-01-15
0
ARMYBTS💜💜🐯🐹🐰🐨🐣🐱🐿️💋😍
Essa história me lembra muito a bela e a fera
2024-11-19
0