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Aconteceu por acaso, um beijo na boca e depois um amor gostoso.

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Dias depois.

Alguns dias se passaram desde a noite em que dormir serena nos braços de Bruno, naquele mesmo dia eu tomei uma pílula do dia seguinte, não queria engravidar cedo e nem ter a incerteza de que ele foi realmente cuidadoso.

Estou apaixonada por ele, e sei que ele talvez não sinta o mesmo. E isso é como uma flexada em meu peito, ás vezes me sinto usada ou trouxa demais por estar levando essa história de amizade colorida longe demais.

Mas eu só queria uma vez na vida sentir que mesmo não sendo verdadeiro, que alguém sentisse desejo por mim.

Me olho no espelho observando todos os ângulos possíveis do meu corpo, percebo que eu engordei mais do que o normal. Isso sempre acontece comigo. Os remédios para emagrecer que eu estava tomando não adiantaram em nada, e nem as corridas noturnas.

Pego levemente na gordurinha que havia na minha barriga e a aperto. Droga. Vou até o banheiro, abro a tampa do vaso e sem pensar duas vezes coloco meu dedo na boca para assim então vomitar as mil calorias que comi ontem. E quando a sensação de vômito começa, eu me aliviou ao saber que me livraria daquela gordura.

Após terminar, escovo os dentes e me olho no espelho. Tá tudo bem agora Beatriz. Penso.

Ninguém jamais entenderia o que estou sentindo e o que sinto, iriam me julgar como sempre fazem. Essa bola de neve não é da conta de ninguém e só minha, e é por isso que somente eu tenho que lidar com ela.

Recebo uma mensagem do Noah avisando que iria ter outra fez esse final de semana. Que ótimo, vou dizer que minha mãe não deixou ou que estou de castigo e meus pais não deixam. As vezes ter os pais caretas ajuda em relação a isso.

Nem vai da Noah, meus pais me proibiram de sair de casa até segunda ordem, dxa pra próxima amg. 😉 10:21

Blz então sua linda. - 10:25(Noah)

Hoje é sexta feira, devia tá na escola? Devia. Mas fingi que tava com cólica pra ficar de buenas em casa. Não falo com Bruno desde ontem a tarde, ele tava meio estranho.

Talvez seja o lance da Milena, eles continuavam ficando. Eu e Luan também, porém nós mal nos víamos.

É engraçado como a vida nos prega peças, eu sonhava com o momento em que finalmente o Luan me notaria. Considerava ele muito o pai dos meus filhos (risos)

Quando eu vejo um garoto muito lindo, tenho hábito de dizer "casava com ele e tinha três filhos" da boca pra fora, mas é só um modo de dizer que achei o cara gato.

E assim se resumiu minha manhã de sexta, deitada na cama enquanto lia um romance de época.

*                          *                            *

Há noite,mamãe bateu na porta e entrou em seguida sem esperar por uma resposta de 'entre'.

Ela parecia eufórica, se deitou ao meu lado na cama e disse.

- Seu pai tem um jantar importante com alguns sócios antes de viajar. - ela diz me olhando - peço por favor de que você e seu irmão vão, é importante pra ele.

Agora essa. Se ele quer tanto que vamos, por que não veio aqui e pediu? As vezes eu não entendo o pai.

- Não quero ir mãe. - digo. Não era nem por causa do que tava acontecendo na merda da minha vida ultimamente, era por que meu histórico com festas não era um dos melhores.

- Por favor meu amor, seu pai vai viajar logo e eu prometo a você que tudo vai voltar ao normal. - diz pegando na minha mão. Eu nunca sabia dizer não para minha mãe, ela é meu tudo. Sinto tanto a falta dela quando estar viajando, do meu pai também mais ele é difícil de lidar na maioria das vezes.

- Tá bem, o que a senhora não pedi chorando que eu faço sorrindo?! - digo e depois encho minha mãe de beijos.

Convenci Clystoff de que o jantar com os sócios seria legal e ele aceitou de gosto e vontade. Papai não disse uma palavra desde que saímos e entramos no carro, agora nós estamos a caminho. Estou dentro de um vestido preto, meu cabelo estar pranchado e estou com uma maquiagem de arrasar. Porém tô odiando esse vestido.

Clystoff estava com um terno que lhe caiu perfeitamente bem em seu corpo, e ele mexia no celular aparentemente no tédio. Papai, parou o carro em frente a um edifício. E antes de saímos ele disse.

- Não me envergonhe por favor, principalmente você Clystoff. - diz e sai do carro.

Que o papai implicava com Clystoff isso era nenhuma novidade, mas dizer isso assim, o desprezando e o maltratando esse não era o meu pai.

Seguro no braço do meu irmão e saímos juntos do carro, mamãe foi na frente com o meu pai.

- Viu como ele me trata? - Clystoff cochichou baixo. Sua voz parecia triste, mas ele não se deixou abalar

- Ele trata todos nós assim. - digo.

- Comigo é bem pior. - diz.

Entramos no prédio e já é possível ver algumas mesas decoradas espelhadas sobre a entrada. Papai cumprimenta alguns pessoas e continua andando até a área da piscina, ele abraça um homem alto e se senta na mesa enorme junto com ele. Clystoff e eu chegamos e nos sentamos logo após.

- Roger esses são meus filhos, Beatriz e Clystoff. - meu pai diz ao homem.

Cumprimentamos ele, Roger parecia ser bastante educado.

- Então você é a minha futura nora? - Roger aperta minha mão e em seguida me dá um abraço caloroso. - ela é ainda mais linda pessoalmente Isaías. - diz e eu fico sem entender, como assim futura nora? Nem conheço o filho dele e nem quero conhecer.

- Fico feliz que não tenha se decepcionado. - meu pai diz.

- mamãe, o que eles quiseram dizer com isso? - pergunto a minha mãe baixinho, ela conversava com a mulher do Roger.

Ela se vira pra mim e da de ombros. Ótimo, isso tudo tá muito estranho. Depois de um tempo o jantar foi servido e todos nós comemos juntos, mastigava a comida sem a menor vontade. Papai continuava a conversar e a fazer planos com o tal Roger.

- Ah, até que fim ele chegou. - Roger diz se levantando e abraçando um garoto, o tal garoto faz uma cara de tédio. - Esse aqui é meu filho Nicolas, Nicolas seja educado e cumprimente a todos. - diz autoritário.

- Oi galera. - Nicolas diz e senta a minha frente. Ele era bastante bonito, ou pelo menos eu achei. Não parecia ser mais novo ou mais velho que eu, digamos que possuía a mesma idade.

- Então Beatriz o que você achou do Nicolas? - Papai pergunta enquanto tomava uma dose do seu champanhe.

- Bonito. - digo simplesmente. Nicolas me encara com aqueles olhos enormes e sorri debochado.

- Que bom, vamos brindar ao noivado dos dois. - Renata a esposa do Roger diz erguendo as mãos para um brinde.

Oi? Noivado?

- Não tô entendendo nada. Quero uma explicação de todos vocês. - digo espantada.

- Querida fique calma, eu irei explicar mais tarde. - Papai diz sorrindo falso.

- EU QUERO AGORA! - Grito.

- Não é óbvio? - Nicolas pergunta e eu nego. - eles vão casar a nós dois contra a nossa vontade.

- Pai isso é verdade? - pergunto sentindo lágrimas brotarem de meus olhos.

Ele não faria isso, ele não me casaria com um estranho.. esse não é o meu pai. Meu pai é um homem bom e íntegro.

- Sim Beatriz, você irá se casar com o Nicolas logo após fazer dezoito anos. - diz.

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