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Há coisas que são preciosas por não durarem.

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Bônus (BRUNO)

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Não fui embora. Não consegui. Fiquei do lado de fora da casa de Bea esperando ela voltar do passeio romântico com o Luan, me sentei no chão e me encostei na árvore enfrente.

Enquanto esperava pensei no papel de trouxa que eu estava fazendo. Ela saiu com outro e eu aqui esperando pra falar com ela, a verdade era que nem eu sabia explicar o que estava sentindo no momento. Bea era uma das poucas pessoas em que me preocupava de verdade, ela é luz na minha vida de absoluta escuridão.

Ainda lembro do dia em que falei com essa chata, ela sempre foi do tipo "moleque" nunca gostou de brincar de boneca, essas brincadeiras chatas de menina. E quando ela chegou no grupo onde eu estava com meus amigos perguntando se ela podia jogar bola com a gente.. nós cinco rimos.

- Claro que não garota, vai brincar de boneca vai. - digo e os meus outros amigos riram.

Ela faz uma cara brava e cruza os braços na altura do peito.

- Suas amigas estão olhando. - Fabrício diz segurando a bola.

- Elas não são minhas amigas. - diz ainda com raiva. - por que não posso jogar com vocês? - pergunta.

- Pelo simples fato de você ser uma garota. - Guilherme a empurra e ela cai de bunda no chão.

Todos riram, mas eu não achei graça. Ela continuou sentada e chorou. Meu pai sempre diz que não devo agredir nenhuma mulher, empurro Guilherme e ajudo a garota chata a se levantar.

- Você tá bem? - pergunto estendendo minhas mãos para ajudá-la a se levantar.

Ela pega e depois responde.

- Vocês são todos uns idiotas. - diz enquanto corria para longe da gente.

E depois desse dia comecei a chama-la para brincar com a gente, mas meus colegas sempre reclamavam.

Perdi a noção do tempo sentado ali, quando vejo finalmente o carro do Luan estacionar em frente. Passaram se longos minutos até que finalmente Bea sai toda linda de dentro do carro, a vejo entrar e o mala do Luan sai catando os pneus. Essa é minha hora, subo a escadinha do Jardim dos pais da Bea que dá direto pros quartos. Passo pelo quarto do Clystoff e o vejo dormindo só de boxe, eca. E logo a frente quarto da Bea, bato na janela e a mesma se assusta ao me ver.

Ela abre a janela e eu entro, olhando para os lados.

- Tá fazendo o que aqui Bruno? - pergunta tirando as argolas.

Me deito na cama como eu sempre faço enquanto ela troca de roupa.

- Se divertiu? - pergunto arqueando a sobrancelha. Ela tira o seu vestido ficando somente de lingerie.

- Com o Luan? Sim, me divertir muito. - diz. - eu te vi atrás da árvore, fiquei me perguntando o que ce tava fazendo ali.

Me levanto e fico próximo a ela segurando em sua cintura.

- Eu vim te ver. - desço minhas mãos da cintura descendo até a bunda. - tava com saudades. - com uma mão aperto sua bunda e com a outra Seguro firme em seus cabelos.

A pego em meus braços, Bea entrelaça suas pernas em minha cintura. Vou andando devagar até sua cama, e deito sobre ela delicadamente. Eu queria prova lá de novo, tê-la em meus braços mais uma vez. Tiro minha camisa e a beijo.

...

...

A beijo devagar provando do seu gosto, nossos beijos se encaixavam tão bem e num ritmo tão calmo. Bea arranha minhas costas e eu a agarro ainda mais para junto de mim.

Ela se afasta e tenta recuperar o fôlego.

- Não podemos. - diz se afastando.

- Por que? A gente já fez isso antes. - tento puxa lá de volta.

- O quarto dos meus pais e logo no final do corredor Bruno. - diz.

Ela sabe mesmo como estragar o clima, visto minha camisa e volto a me deitar, a chamo e ela vem sem protestar.

- Então vamos conversar e dormir agarradinhos como nos velhos tempos?! - sugiro. Ela aceita e se deita ao meu lado.

Abraço seu corpo magro e delicado, ficamos de conchinha.

- Você ainda fica com a Milena? - Bea pergunta.

- Sim. - digo.

Não pude olhar seu rosto para saber qual foi a expressão que ela fez. Mas eu sabia que estava chateada, embora que não tenhamos nada.

- Não sei porque você fica com ela. - continua.

- E eu não sei por que você fica com o Luan - rebato. - esqueceu as regras?

- Claro que não, você fica com quem você quiser.. E, eu também. - fala.

- ótimo! - digo

- Ótimo. - Bea repete.

Ficamos em silêncio e eu o quebro falando.

- Promete que ainda seremos bons amigos?

- E você promete que não vai se afastar de mim? - pergunta.

Sorrio, nem que eu quisesse me afastaria dela.

- Prometo. - digo a apertando em meus braços.

- Eu também prometo seu mané. - rimos e foi assim que dormimos abraçados. E foi naquela noite que eu também percebi que estava me apaixonando por ela, uma das regras que acabei quebrando.

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