faz dois meses que eu tô trabalhando na mansão Albuquerque e nesse tempo que eu tô aqui Arthur Albuquerque por algum motivo parece me odiar. sempre me olha com indiferença e me trata com desprezo. quando não têm serviço pra fazer dou uma passada lá na biblioteca para ler um pouco e tenho certeza que tô sendo vigiada pelo meu chefe.
se ele não brigou comigo por frequentar sua Biblioteca é porque ele não é essa fera que todos pensam que ele é. eu tenho certeza que lá no fundo ele tem um coração bondoso.
- Isabela leve esse suco para o nosso chefe por favor. - diz Maria com uma bandeja nas mãos
- claro. - digo e pego a bandeja nesses meses eu percebi que Maria sempre tentar me aproximar de Arthur.
vou a ter a sala e levo a bandeja comigo encontro meu chefe sentado no sofá lendo um livro. ao me ver ele coloca o livro no sofá e me olha de um jeito nada amigável.
- aqui estar o suco senhor... - quando eu vou dar o copo para Arthur ele escorrega um pouco da minha mão e eu acabo molhando meu chefe.
- sua desastrada olha só oque você fez. - diz alterado tentando se limpar
- desculpa senhor eu... sinto muito.
- não acredito que a Maria contratou uma empregada tão desastrada e insolente como você.
- olha aqui eu sei que errei mas não precisa me tratar desse jeito.
- você me dá um banho de suco e ainda acha que tem razão sua incompetente.
- fala direito comigo eu sou sua empregada mas você não tem o direito de falar assim.
- eu falo como eu quiser.
- por que você é tão mal educado hein? custa tratar as pessoas com respeito? você precisa aprender bons modos - digo e ele se levanta e fica bem perto de mim
- você ficou louca? de falar desse jeito comigo eu sou seu chefe posso te demitir.
- você não vai fazer isso - digo o encarando com coragem.
- e por que você acha isso?
- porque você não é um monstro como dizem por aí. a Maria deve ter te contado que eu preciso muito desse emprego. - digo e em um ato involuntário acaricio seu rosto.
- você tá brincando com fogo menina. - fala e retira a minha mão do seu rosto
- eu não tenho medo de me queimar senhor... - ficamos lá nos encarando por alguns minutos até que ele se afasta e sobe as escadas provavelmente indo para o seu quarto.
meu Deus oque acabou de acontecer aqui?
(...)
- eu tô com medo Isa.
- com medo de quê mulher? - estamos na porta do quarto de Arthur Maria pediu para limparmos.
- como medo de quê do Arthur é claro.
- não se preocupe ele deve tá na biblioteca - digo revirando os olhos será que ninguém percebe que ele é só um homem quebrado que precisa de ajuda?
- seja oque Deus quiser. - fala e entramos no quarto do nosso chefe.
- graça a Deus ele não tá aqui.
- é melhor a gente começar assim terminamos logo.
- e melhor mesmo não quero olhar pra cara daquele homem. - diz e começamos a limpar.
- ME DEIXA EM PAZ AMANDA... - escutamos gritos e no mesmo instante alguém abre a porta.
- ela tá aqui... Será que ela nunca vai me deixar em paz
- aí meu deus ele tá louco é melhor eu sair daqui. - diz Lourdes e saí correndo do quarto.
- Arthur só tem eu e você aqui
- a Amanda tá aqui eu não queria ter matado ela não queria...
- você não matou ninguém.
- matei sim eu sou um monstro.
- não é não. você é só um homem que vive atormentado pela culpa. Amanda tava doente por isso ela tirou a própria vida não foi culpa sua!
- então por que ela não me deixa em paz ela sempre aparece pra mim me lembrando que eu fui o culpado
- isso é coisa da sua cabeça você precisa de ajuda profissional. - digo e ele começa a chorar
- vai ficar tudo bem eu tô aqui com você.
- todo mundo me odeia...
- eles só não sabe quem você é de verdade mas quando souberem não vão mais espalhar esses boatos absurdos.
- você e a Maria são as únicas que não têm medo de mim
- a gente não tem medo de cara feia. - digo e consigo arrancar um pequeno sorriso de seus lábios.
- acho que você não tem juízo por isso me enfrenta.
- pode ser... minha mãe sempre dizia que eu era um pouco maluquinha.
- SAI DAQUI.
- como pode mudar de humor tão rápido?
- saí daqui Isabela.
- tá bom eu saio mas eu quero que procure ajuda. - digo e saio do quarto. e escuto seus gritos logo em seguida.
eu preciso ajudar ele de alguma forma mas como? como ajudar alguém que não quer ser ajudado?
....
- então ele teve mais uma alucinação com ela?
- sim eu disse que ele precisa de ajuda mas ele me expulsou do quarto.
- se têm alguém que pode ajudar ele esse alguém é você.
- eu? - digo surpresa
- sim você é a garota mais doce e gentil que eu conheço.
- eu adoraria mas ele não quer me ajuda.
- você vai saber oque fazer... - disse de um jeito enigmático. e saí me deixando sozinha na cozinha.
(...)
como hoje é domingo e não preciso trabalhar vou para minha casa ver como papai estar chegando lá encontro meu pai assistindo tv e Joana na cozinha preparando bolo de laranja com calda de chocolate meu favorito
- Joana você é um máximo. - digo a abraçando com ternura.
- obrigada meu anjo. - me sento e corto uma fatia
- então ele tem alucinações? pobrezinho
- eu quero tanto ajudar ele.
- e como você pretende fazer isso?
- eu ainda não sei.
- o melhor que você tem a fazer é largar esse emprego minha filha.- diz meu pai entrando na cozinha.
- eu preciso desse emprego pai.
- aquele homem pode te fazer algum. mal
- ele não vai me fazer nada pai.
- bela.... eu te amo me preocupo com você eu te amo filha e não suportaria te perder.
- você não vai me perder papai. eu também te amo muito. - digo o abraçando.
-
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Imaculada Abreu
ele precisa de tratamento com urgência
2024-02-11
7
Carmem Gomes da silva
que vida em
2022-11-01
4
Thaís Santos Thatá
tbm não vejo a hora dele aceitar ajuda
2022-09-20
3