Jantaram em silêncio e mais uma vez Ana estava com bastante apetite. Ela pensava em tudo que havia acontecido naquele dia e ainda não sabia o que fazer. Estava na casa de um estranho que ajudou não tinha para onde ir tinha receio de ir a polícia medo e vergonha de contar tudo que lhe aconteceu. Olhava pela janela, a noite estava escura, sem estrelas. Podia-se ver ao longe os relâmpagos que anunciavam que ia chover muito naquela noite.
_ No que você está pensando? Felipe interrompeu seus pensamentos.
_ Em Basicamente nada…
_ Não parece
_ Eu queria sair tanto de onde eu estava e agora eu não sei o que fazer, não sei para onde ir... Me sinto perdida…
_ Não, você não está, você está comigo e sabe que posso te ajudar, claro se você quiser. Diz Felipe sorrindo para ela. Ana se sentiu confortável com aquele sorriso.
_Felipe... Acho que devo ir, já está tarde, vai querer dormir e eu estou aqui te incomodando.
_Não está me incomodando. Como você disse que não tem para onde ir no momento se quiser ficar aqui essa noite... Até decidir o que quer fazer, pode ficar. Eu senti o seu desespero quero ajudar você de coração.
_ Obrigada. Já disse, mas quero repetir, você salvou minha vida e eu não tenho como pagar.
_ Fico feliz por ter ajudado e você não me deve absolutamente nada.
_ Eu realmente posso ficar?
_ Pode, minha casa está à sua disposição.
_Obrigada. Ana estava mais Serena .
_ Parece que você já está com sono
_ Um pouco…
_ Vem, vai dormir no meu quarto, vou dormir aqui no sofá.
_Não precisa abrir mão da sua cama por mim.
_ Eu acho que preciso sim, desmanchei o quarto de visita e o transformei em um escritório. Então, não é justo que você como minha convidada dormir no sofá
_ mas…
_Não se preocupe, eu gosto de dormir no sofá, estou acostumado. Vou pegar um travesseiro e vai ficar ótimo.
Ele acompanhou até o quarto.
_No Guarda-roupa tem mais cobertores . Caso precise de mim, pode me chamar na sala. Boa noite.
_ Boa noite.
Ana deitou-se. Os relâmpagos e trovões a amedrontavam, mas em pouco tempo acabou adormecendo. Seu corpo e mente precisavam de descanso.
Na sala, Felipe pensa nela:
_O que eu estou fazendo? Deixei ela ficar somente sabendo seu nome.Por que quero tanto ajudá-la? tentava se concentrar em outra coisa mas não conseguia. Só pensava em Ana até adormeceu.
Pela madrugada a chuva caía. Felipe acordou com o barulho dos pingos de chuva batendo forte na janela.
_Que chuva é essa?
Ana estava mergulhada em um pesadelo. Sonhava com Antonio tentando atacá-la debatia-se contra cama falando
_ Não faça isso tio, não faça… Felipe ouviu o que ela dizia e resolveu ir até o quarto.
_ Ana… ele abriu a porta e percebeu que ela estava tendo um pesadelo.
_ Acorde, Ana... ele tentava acordá-la mas Ana parecia presa ao pesadelo.
_ O que tá acontecendo? Vamos, acorde…
_ Não, por favor não! Ela deu um grito e por fim acabou acordando muito assustada.
_Você está bem? Estava tendo um pesadelo. Felipe tentou se aproximar mais dela.
_Não me toque! Ela estava apavorada, parecia não reconhecer Felipe. _ não me faça mal, não me faça, não faça ela tentava se afastar batendo em felipe.
Sou eu, Felipe, olha para mim. Ele tentava se aproximar para ajudá-la e ela se debatia contra ele.
_Solta, me solta, me solta… ela chorava Felipe conseguiu abraçá-la tentando tirá-la do transe em que encontrava.
_ Acalme-se. Sou eu, Felipe, não vou te fazer mal. Ana começou a voltar a si, e o abraçou forte.
_Não fique assim, foi apenas um pesadelo eu estou aqui... Olha para mim não vou deixar nada de mal acontecer. O coração de Ana estava disparado e aos poucos ela se acalmou.
_Melhorou?
_ Um pouco… me perdoe por te bater?
_ Compreendo que foi sem querer, mas você é bem forte, viu? Diz ele sorrindo tentando fazer ela se sentir melhor. Agora tem que dormir mais um pouco, vai te fazer bem. Naquele momento ouviu-se um forte Trovão.
_Fique mais um pouco comigo, tenho medo do tempo assim, tenho medo de trovões. Disse ela o abraçando mais forte. _ só mais um pouco… suplicou olhando para ele. Ana passava a confiar e Felipe.
_Tá bem eu fico. Felipe sentiu algo mudar naquele instante dentro dele. Ficaram em silêncio, podiam ouvia a chuva cair forte do lado de fora. Ana pensava:
“_ Eu tinha esquecido o que é carinho, o que é proteção. Estou sentindo isso agora. É o que eu senti e que sinto quando ele me abraça. Se eu pudesse, nunca mais sairia dessa paz que sinto agora. Tenho tanta confiança em um desconhecido que em nenhum momento quis se aproveitar de mim. Mas foi o fez aquele que deveria ter me protegido "... Os dois acabaram adormecendo. Ana terminou de dormir à noite sobre a proteção que os braços de Felipe lhe oferecia e que estava lhe fazendo bem.
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Edvania Montenegro
Já estou vendo que vou. desidratar de tanto chorar.😭😭
2025-02-25
0
marluce afleite
Gostando muito desse livro @
2025-02-14
0
Luisa Nascimento
Coitada dessa menina. maldito tio dela merece sofrer por tudo o que fez ela passar. desgraçado!😠😠😠
2025-01-07
1