Ao se aproximar da mansão do seu avô, ele disse com tom de voz mais calmo:
— Eu preciso segurar a sua mão na frente do meu avô, senão ele vai desconfiar da nossa relação. Está tudo bem pra você?!
— Sim, mas ..
Enzo lhe interrompe e disse sem desviar o olhar do caminho:
— O beijo mais cedo foi necessário para confirmar o nosso namoro para ele, peço desculpas isso não vai se repetir.
Parado na entrada da sua mansão, Lorenzo esperou a chegada dos dois pombinhos.
Enzo estacionou o carro e saiu, em seguida, abriu a porta para Aurora, ajudou ela sair e abraçou a sua fina cintura, caminhando lentamente até o seu avô.
Enzo sentiu o corpo da Aurora tremendo e a sua mão estava gelada, então lhe perguntou preocupado:
— Está tudo bem?!
Aurora não disse nada, apenas afirmou com a cabeça que sim.
Com o seu sorriso largo de alegria Lorenzo recebeu os dois e mostrou a casa para Aurora.
A mansão da Família Espinoza é uma herança do tataravô do Enzo, composta por dois andares, muito bem decorada com um touque de antiguidade, um jardim e piscina enormes.
Foi um jantar maravilhoso, Lorenzo contou para Aurora sobre a história da família e como o seu avô paterno fundou a empresa de advocacia, que começou com um pequeno escritório e foi crescendo ao passar dos anos, com o trabalho esforçado do seu pai, seu trabalho, o esforço do seu filho e agora com o esforço e a dedicação do seu neto vão inaugura outra empresa numa cidade próxima.
Ele contou sobre o seu casamento que foi amor a primeira vista, a mulher dele (dona Claudia) faleceu de câncer a 5 anos atrás, ela também era uma brilhante advogada.
Aurora ficou triste por ele, ao saber que está enfrentando o mesmo destino da esposa, desejou poder fazer algo para esse senhor maravilhoso.
Que lhe trouxe lembranças do seu avô paterno, ela adorava ouvir as histórias que ele contava, infelizmente depois do falecimento do pai da Aurora.
Ela não o viu nunca mais, a sua mãe proibiu ela de visita-lo ou falar dele, até não lhe permitiu participar no seu enterro, na época Aurora tinha 12 anos.
Enzo observava Aurora com muita curiosidade, cada vez que eles se encontram, ele se sente um desejo forte por possuí-la e, ao mesmo tempo, a necessidade de cuidar dela.
Olhando pra ela que parecia uma criança encantada com as histórias do seu avô, a vontade dele era de abraça-la e esconde-la no seu colo do mundo todo.
Enzo está muito confuso com seus sentimentos por ela, será que isso é o amor que ele tanto esperava, ou apenas um desejo passageiro por uma mulher que não conseguiu levá-la pra sua cama ainda?!
Esse desejo de proteger e cuidar, de amar e fazer carinho, de dormir e acordar ao lado dela, de compartilhar a vida com todos os seus momentos bons e ruins com ela.
Do mesmo jeito que o seu avô compartilhava a vida com a sua avó, do jeito que os seus pais vivem e superam tudo, juntos, será que ele finalmente a encontrou.
Aquele amor que presenciou desde criança nos olhos dos avos e dos pais, aquele ar de afeto e aconchego que dominava a casa deles.
Será que essa é a sua outra metade que ele tanto procura? Ele ainda não sabe, porém, acredita nos seus sentimentos, a sua intuição nunca falhou, por isso está disposto a tentar e batalhar para dar certo.
Parece que o mundo estava a favor do Enzo, a sobremesa ainda não foi servida, quando uma tempestade forte começou, com muita chuva, trovões e ventanias.
Lorenzo insistiu para que os dois dormem na sua casa e, assim a noite da Aurora vai acabar dividindo o mesmo quarto com Enzo.
Quando ela perguntou, onde o Enzo vai dormir, Lorenzo lhe respondeu que já sabe que os dois dividem a mesma cama e na casa dele não vai ser diferente. Desejou uma boa noite e saiu fechando a porta do quarto.
Enzo foi ao closet, trouxe um pijama dele e deixou na cama para Aurora usar.
— Vamos dividir a mesma cama, tudo bem pra você?! — Enzo disse enquanto caminhava em direção do banheiro.
— Vou dormir aqui no sofá. — Aurora lhe respondeu olhando pela janela para a chuva forte lá fora.
Enzo trocou de roupa e saiu com uma calça moletom cor preta sem nada na parte de cima, se aproximou da Aurora e com um sorriso malicioso ele disse:
— Tem medo do seu corpo lhe trair e se entregar pra mim, acha que não percebi como treme ao meu toque, como a sua respiração se altera ao me aproximar da sua boca?
Colocou os seus braços musculosos ao redor da Aurora deixando ela presa entre o corpo dele e a janela, seus olhos percorreram o corpo dela.
Aurora arrepiou-se ao sentir a respiração do Enzo no seu ouvido, era quente com cheiro de menta, olhando pra ele, indignada, lhe empurrou e saiu correndo para o banheiro e trancou a porta.
Enzo soube que ela vomitou com o barulho que acabou de ouvir.
Confuso com a sua maneira de reagir, sempre reage da mesma maneira, caminhou até o closet, vestiu-se e foi pra cama.
Depois de um tempo, Aurora saiu do banheiro, pegou o pijama e voltou ao mesmo, trancou a porta se trocou e saiu, foi e deitou-se no sofá.
Enzo esperou ela dormir em seguida, caminhou devagar até o sofá, carregou Aurora no colo e trouxe-a pra cama.
Deitado ao lado dela, Enzo observou seu rosto angelical enquanto dormia e ficou assim até caiu no sono.
No dia seguinte, Aurora acordou deitada na cama, se levantou espantada, mas quando percebeu que estava sozinha com a mesma roupa que estava vestida antes de dormir, ela se acalmou.
Foi ao banheiro, fez suas higienes matinais, se trocou e saiu, olhou pela janela e graças à Deus a chuva parou, então ela vai poder voltar para sua casa.
Ainda estava olhando a paisagem lá fora, quando ouviu leve batida na porta, Enzo veio chama-la para tomar o café da manhã.
Após de terminar, Aurora agradeceu vovô Lorenzo pelo convite, despediu-se e foi embora para casa acompanhada por Enzo.
Chegou em casa, agora Aurora está se sentindo confortável, aqui é o único lugar onde ela se sente à vontade e sem medo, porque sem a sua permissão ninguém pode entrar no seu apartamento.
Abriu a porta em seguida, entrou e trancou a mesma com a chave, tirou os saltos e foi a pé até a cozinha, deixou a chave e a bolsa na bancada branca que separa a cozinha da sala.
Caminhou até o armário branco, pegou um copo para beber água, após terminar colocou-o na máquina de lavar louça e foi para seu quarto.
Encheu a banheira com água quente e para relaxar usou um sabonete de lavanda, tirou a roupa e entrou na banheira.
Ficou um bom tempo ali, fechou os olhos para poder esvaziar a mente com as novas emoções e acontecimentos na sua vida, tentou concentrar no trabalho, tem muitos desenhos para serem realizados, alguns para editar e outros para dar os toques finais.
Passou o dia todo em casa trabalhando, após a morte do seu marido, Aurora costumava passar os finais de semana trancada em casa trabalhando.
Ela pediu uma pizza para o almoço, eles deixam os pedidos na portaria e a mulher do zelador os entregue para Aurora.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Valda Martins
Muito bom
2023-04-23
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