The Word In The Mirror
Tudo estava completamente um caos, podia se ouvir os barulhos das espadas, a luz que as explosões faziam, os choros das crianças e o desespero dos pais que estavam lutando para tentar proteger os filhos.
O fogo das casas estavam se espalhando rapidamente e os cidadãos estavam correndo para salvar as suas vidas, as crianças que caiam no chão eram esmagadas pelas pessoas que corriam e não se importavam com quem estava na frente. Aquilo poderia se dizer ser o inferno? Talvez. As ruas estavam um caos e era difícil sair daquele reino e além de se preocupar com a saída às pessoas também tinham que se preocupar com as suas vidas, caso eles cometessem um erro as suas vidas acabavam antes que elas mesmas percebessem.
Do lado de fora não estava tão diferente do lado de dentro da cidade em chamas, a noite estava com uma lua vermelha que deixava tudo mais assustador e sanguinário. Gigantes de pedra rugia e esmagava tudo que entrava no seu campo de visão, lobos de espinho usavam os espinhos que carregavam nas suas caldas para atirar nos seus inimigos, corpos e mais corpos mortos eram vistos no chão e mais do que nunca aquele lugar estava banhado de sangue: tanto de soldados quanto de civis que não tinham nada a ver com aquela guerra.
No alto, no meio do céu escuro coberto pela lua vermelha pode se ver uma criatura com asas que ao entrar em movimento parecia um furacão, com as suas garras que se assemelham com lanças, com as suas escamas que nada podia atravessar, os seus dentes que pareciam mais espadas afiadas e com o seu tamanho intimidador estava soltando um fogo que parecia que nunca tinha fim... Aquilo era o dragão maior e mais poderoso já registrado na história! Estavam a todo custo tentando derrubar a criatura, porém parecia que nada tinha efeito na criatura que não parava os seus ataques.
Nas costas do dragão, coberto com um capuz que se balançava devido ao vento estava um ser que estava esperando o momento certo para começar a agir mais do que já estava agindo. Como estava atacando o lado de dentro da cidade — mais ao centro — estava esperando apenas que o rei daquele reino abrisse o portão da frente, o portão não podia ser destruído, pois estava protegido por uma magia que apenas o rei tinha, apenas uma pessoa tinha poder o suficiente para derrubar o portão com ataque forte, mas ele queria brincar com as pessoas e principalmente com o rei por isso não estava indo pelo caminho fácil e para deixar tudo mais divertido acreditou que o único jeito era fazer o próprio rei deixar os seus súditos morrerem abrindo o portão. Como todos na cidade tentavam a todo custo tentando sair, o desespero já podia ser considerado mais do que grande!
Mesmo metade da tropa inimiga nas muralhas, uma parte considerável de soldados estava do lado de fora também. O rei ainda não saiu do seu castelo e o motivo para o dragão não atacar era que dentro daquele lugar havia algo muito importante e como a pessoa era alguém paciente não teve pressa para esperar o rei abrir o portão principal para que o resto das suas tropas saíssem e os civis tentassem a sorte e fugir vivo. Sabia que se o rei abrisse o portão não era porque queria ajudar os seus civis a fugir, mas sim para mandar o resto dos seus soldados para a batalha.
Ao ver um ponto de luz subindo ao céu, rapidamente parou de atear fogo e ordenou para que o dragão fosse para aquela direção. A criatura foi para aquela direção e ao passar pelo lugar onde o sinal havia sido mandado, a pessoa nas costas da criatura pulou e ao chegar no chão rapidamente estendeu as mãos e uma espada surgiu. Ele olhou para a cidade em chamas e deu um pequeno sorriso no canto dos lábios, no meio da floresta começou a sair todos os categorias de seres que ao ver quem estava mais a frente souberam que aquele era o momento mais aguardado da noite.
Um vento surgiu e nesse momento ele tirou o capuz que escondia o seu rosto e levantou a sua espada que estava nas suas mãos. Aquele era o sinal que todos aqueles que saíram da floresta estavam esperando, todos correram na direção da cidade e os soldados que estarão para fora da muralha que os protegia mais do que nunca estavam com medo!
— Izek — disse para uma garota de cabelos vermelhos
— Então... você veio! — disse o garoto — Você não sabe o quanto estou agradecido
A garota deu um pequeno riso e olhou para a batalha que estava ficando mais intensa a cada momento, mais duas garotas apareceram por trás e olharam a situação. Não era como se tudo aquilo fosse repentino, mas o ódio e o desprezo por todos que estavam dentro daquela cidade não saia dos seus corações e estava apenas começando.
— Se você deixar eu posso destruir esse lugar sozinha — disse a garota de cabelos vermelhos
— É tentador, mas vamos fazer isso juntos — disse Izek — não destrua tudo sem mim
Os gigantes de pedra que já estavam lutando desde o começo da invasão começaram a se juntar em um, as pedras juntaram-se formando um gigante de pedra ainda maior do que o normal.
— Certo — disse o garoto correndo na direção do gigante
As garotas seguiram o rapaz e quando alguém entravam em seu caminho eram cortados ao meio, Izek estava chegando no gigante quando uma luz vermelha atravessou o céu e colocou-se na frente de Izek, um ser com asas negras pegou a sua espada e sem exitar foi para cima de Izek que rapidamente se defendeu.
— SISTINE!! — gritou o rapaz
— Sim — disse a garota passando por Izek com suas companheiras
A garota parou de correr e estendeu as mãos, as outras duas garotas que estavam ao lado de Sistine não pararam de correr e com isso a garota teve certeza que não podia errar. "Estavi" disse a garota, um brilho em volta da garota surgiu e logo em seguida um círculo mágico de cor branca fazendo sair do chão logo abaixo do gigante várias estacas que pareciam vidro, porém, muito mais resistente. As estacas perfuraram o gigante deixando ele parado por alguns segundos, porém isso era mais que suficiente! Rapidamente Sistine fez outro feitiço fazendo várias pedras ficarem em forma de escada e logo em seguida gritou:
— MILIZE AGORA!!!
Milize ouvindo isso rapidamente estendeu as mãos sem parar de correr logo a sua frente surgiu uma luz e logo em seguida surgiu uma espada no chão. A garota ao passar pela espada a pegou e rapidamente foi na direção das pedras que estavam em formato de escada, ela andou em cima das pedras e ao chegar na última pedra que dava diretamente em cima do gigante, pulou e antes que pudesse chegar mais perto do gigante, chamas envolveram o seu corpo e a sua espada deixando o seu ataque ainda mais forte! Rapidamente a sua espada cortou o gigante ao meio, as pedras começaram a cair no chão e ao ver que um ataque estava vindo na sua direção ela rapidamente bloqueou com a sua espada e o jogou no chão.
Ela rapidamente olhou a sua companheira que havia parado de correr achando que deveria ajudar, porém, ao alcançar um olhar para a companheira passou a mensagem de que não precisava de ajuda.
— Estamos contando com você Íris! — disse Milize voltando a olhar para seu adversário — Vai logo!
Íris fez que sim com a cabeça e voltou a correr, estava certa que seus companheiros estavam colocando toda a confiança em cima dela por isso não podia decepcionar ninguém. O portão da cidade estava bem a frente e ela só precisava passar por ele e ir para o templo, havia várias coisas no seu caminho, mas ela não podia vacilar naquele momento e se perdesse a oportunidade tudo iria por água baixo!
Não demorou muito e o portão havia sido aberto e rapidamente vários soldados saíram correndo, indo na direção dos seus inimigos e nesse momento, Íris achou o momento certo de agir.
Era como estar num campo minado, ela não queria que mais ninguém morresse, mas aquilo era uma guerra que provavelmente não acabaria ali ou amanhã. Íris observava a sua frente várias lutas e várias espécies tentando se matar e isso era típico de uma guerra e por querer que aquilo acabasse mais rápido ativou a sua habilidade, tudo ficou tão lento e dava para se ver cada movimento de cada um mais lento... Ela não queria que aquele reino parasse de ser destruído ou coisa assim, mas ela queria que pelo menos aqueles que não fizeram nada saíssem vivos do lugar.
Sabia que isso que queria não seria possível e se fosse possível não iria chegar de um dia para o outro, mas acreditou que se ajudasse no objetivo daqueles que vieram até ali esse começo de guerra poderia parar. Ela estava certa que iria acabar com isso por isso olhou um caminho que era logicamente mais fácil de atravessar, decidiu que iria por ali. Com a sua habilidade ela podia ter certeza que não teria a possibilidade de errar por isso fechou os olhos para poder se concentrar em cada movimento de cada ser que estava a sua frente e ao abrir os olhos novamente estavam preparada para seguir, só por precaução pegou a sua espada e começou a correr o mais rápido que conseguia.
Izek vendo que tudo estava certo começou a prestar mais atenção na sua luta, estava um tanto preocupado com as suas parceiras, mas viu que essa preocupação não valia de nada, pois elas estavam se virando muito bem sem ele e por mais que queria as proteger, sabia que elas não eram nem um pouco fracas.
A espada de Izek estavam dando trabalho para seu adversário, Izek pulou para cima e usou um feitiço para deixar a sua espada coberta por eletricidade, o adversário vendo que o rapaz iria o acertar rapidamente desviou, mas Izek vendo isso rapidamente chegou perto do inimigo e com uma das suas mãos que estava livre deu um soco na barriga do homem que cuspiu sangue e sendo jogado para trás. Rapidamente Izek correu na direção do seu adversário mostrando que não estava ali para brincadeiras.
"Ele está mais forte que antes" pensou o inimigo vendo parecer que não teria chance, Izek estava a sua frente, mas em um piscar de olhos o rapaz sumiu e o homem ficou surpreso com o que acabou vendo, era como se estivesse ficado invisível, porém não era bem isso que havia acontecido. Izek estava tão rápido que o seu inimigo mal o podia ver, antes que pudesse pensar sentiu um corte nas suas costas e antes que pudesse olhar para trás sentiu mais um corte na sua perna e ali teve certeza que se Izek quisesse, ele já teria o matado, mas não era bem isso, o garoto estava brincando com ele. Sabia que a sua armadura não iria aguentar muito, precisava sair dali, mas ele se perguntava como, não podia ver Izek e os seus ataques…
Mesmo de armadura pode sentir a dor do soco de Izek, mas com essa habilidade que ele estava usando tudo ficava mais difícil. Acreditou que nessa luta, mais uma vez, ele seria o vencedor, mas não parecia que iria ir por esse caminho ele podia sentir que o garoto estava com tanta raiva que ele nem ligava de ser o vilão ali e nem matar inocentes... "Mestre... O que você nós fizemos..." Pensou ele, antes de sentir vários golpes consecutivas vindo de todos os lados e a todo segundo sem parar por um momento.
O homem foi jogado com força no chão e a sua espada saiu voando das suas mãos, dores no corpo era o que ganhara em pouco tempo de luta. Sangue saiu da sua boca e ao olhar para trás viu Izek vindo na sua direção com os olhos completamente diferente dos olhos que via sempre... Os olhos estavam selvagens e sedento por vingança e ódio, a sua expressão já não era de um garoto com esperança e alegria, e sim de um homem que queria apenas vingança e matança. Izek apertou o cabo da sua espada fazendo a lâmina brilhar e logo em seguida cortou o "nada".
Enquanto uma linha de cor branca ia na direção do inimigo, Izek sentia que poderia matar o adversário e sentir a melhor sensação do mundo, mas havia um motivo para não ir com tudo para cima do adversário.
O adversário por certo segundos viu que o seu fim estava próximo e antes que pudesse perceber, a linha rapidamente passou por seu pescoço sem ele ao menos sentir. O chão estava todo cheio de rachaduras e ficou ainda mais com a explosão que teve. Poeira estava por todo o lado e quando Izek se virou para ir, ele ouviu alguém dar uma pequena risada.
— Você é patético, achei que tinha mudado, mas ainda é um garoto idiota! Mesmo forte não conseguiu me matar
— E quem disse que eu queria te matar? — disse Izek — Eu só bloqueei sua habilidade de cura, suas asas são um pé no saco
— Mas por-
Antes que ele pudesse terminar a frase ele sentiu uma espada atravessar o seu peito fazendo o homem ficar completamente surpreso e confuso com aquilo, ele olhou para trás tremendo e assim pode ver o olhar assassino de Sistine que por um momento o fez ficar completamente com medo, nunca havia sentido medo ou dor antes e agora que estava a sentir as duas coisas ao mesmo tempos, não estava gostando.
Ainda com a sua espada cravada no peito do inimigo, Sistine chegou perto de seu ouvido e sussurrou algo para ele, logo em seguida segurou mais forte o cabo da espada e deu um chute nas costas do homem que rolou no chão mais ensanguentado que antes. A espada era grande e conforme Sistine se aproximava do homem, a sua espada estava a ser arrastada, fazendo a ponta da espada cheia de sangue ficar suja. O homem não aceitando que iria morrer pelas mãos de Sistine se levantou mesmo todo acabado e tentou dar um soco na garota que segurou com uma das mãos socou o adversário, ela ativou a sua habilidade de força e apertou a mão do adversário fazendo ele ouvir os estalos dos seus ossos enquanto estavam quebrando.
A garota deu um sorriso que fez o homem estremecer, segurou o pescoço do homem e puxou o seu braço o arrancando do seu corpo fazendo mais sangue cair no chão. Ela jogou o braço do homem para longe e segurou o outro braço, ela apertou o pulso do homem com uma das mãos e também o arrancou do corpo do homem que já estava desejando estar morto. "Éxplosion" disse a garota jogando o corpo do homem para longe. Antes que o homem percebesse partes do seu corpo foram jogados ao alto, uma pequena explosão que aconteceu apenas no seu corpo foi o seu fim e uma coisa que não esperava era que iria acabar morto por quem ele menos esperava.
— Está feito — disse Sistine — Izek...
Um tremor apareceu fazendo todos olharem para a cidade, uma explosão de mana fez uma grande onda de vento, fazendo a batalha parar por uns segundos.
Milize que estava lutando mais para frente do portão ao ver aquilo rapidamente soube que Íris havia conseguido, porém, ao abaixar a sua guarda sentiu um soco na sua barriga e logo em seguida um chute fazendo ela ser arremessada num gigante de pedra, o destruindo por ser jogada com força. Ela levantou-se do chão e ao ver que as pedras do gigante que estavam no chão começaram a brilhar ela começou a correr para sair do meio, porém as explosões começaram antes que ele saísse do meio. Ela fechou os olhos e tentou se proteger, porém, algo entrou rapidamente no meio das explosões e a pegou no colo a tirando do meio das explosões que não eram nada pequenas.
Ela abriu os olhos e viu que Izek o havia salvado, Izek parou de correr e ao ver que aconteceu mais uma explosão de mana ele usou o seu corpo para proteger Milize. Izek sabia ter que agir mais rápido e por esse motivo ele olhou em volta e viu Sistine se protegendo junto de uma Santa da floresta.
— Esse é o momento!!! — gritou Izek para Sistine
Sistine ouviu Izek e rapidamente começou a fazer o seu feitiço, a Santa que estava com ela, vendo que a garota precisava ser protegida começou a cantar, fazendo um escudo em volta do corpo da garota. Sistine precisava de muita concentração para fazer o feitiço por isso deixou tudo que era desnecessário de lado, tirou a sua atenção do som que tudo aquilo estava fazendo, deixou a sua mana correr por todo o seu corpo e deixou toda a preocupação de lado e quando se sentiu pronta ela levantou as mãos ao alto e nesse momento um círculo mágico apareceu no céu cobrindo toda a cidade e até a parte de fora da cidade.
— Encantus! — disse a garota fazendo o círculo mágico ficar ainda mais brilhante
Todos que estavam ali em volta estavam tentando se proteger de toda aquela mana que estava sendo liberado, a luz estava tão forte que alguns nem conseguiam olhar…
Sistine estava dando tudo de si.
...Anos antes...
Izek acabara de acordar, não queria sair da cama e não queria ir à escola. Passou cinco minutos e o garoto ainda se encontrava na cama olhando para o teto sem falar nada, a janela estava aberta deixando a luz do sol entrar e a cortina estava se balançando devido ao vento, olhou na direção da janela e deu um suspiro queria faltar a escola, porém não podia, pois era a semana de provas.
Faltavam alguns minutos para seu alarme tocar e a cada momento que passava sentia estar sufocado e sem nenhuma vontade, o seu colega de quarto com certeza já havia ido para a escola até porque ele gostara de chegar cedo, pois pensava que isso o fará ser um bom aluno, mas Izek só achará ele ‘nerd’ de mais! Ouviu o seu celular vibrar e pelo som não era seu alarme e sim uma mensagem, pegou o celular e viu ser uma mensagem do seu colega de quarto. Não queria o responder, pois, já sabia o que ele queria, mas para não deixar o seu colega de quarto um pouco bravo e receber um olhar de desaprovação o dia todo teve que responder.
...📱📩📲...
Izek, vc vai vir?
^^^estou a caminho^^^
^^^não se preocupe.^^^
...Não demorou muito e...
...logo seu colega respondeu....
Não sei se pode, mas você
devia faltar!
Ainda não sei se você está bem,
sei que já passou duas semanas,
mas... sei lá
^^^Tá tudo bem, eu já^^^
^^^estou bem! Hoje tem^^^
^^^prova não é?^^^
^^^Vou estar ali em um^^^
^^^instante 👍^^^
...📱📱...
Desligou o celular e deixou de lado, logo que fez isso o seu alarme tocou e ele já não podia mais dizer que não iria à escola, até porque havia dito que iria. Levantou da cama e foi para o banheiro tomar um banho, não estava gostando muito da escola esses últimos dias, mas para sua tristeza precisava ir, todos sempre diziam que falar com outras pessoas iria fazer bem, contudo Izek não sabia se todos da escola falavam com ele por pena ou se é por outra causa.
Ligou o chuveiro e deixou a água cair, começou a se lavar e não demorou muito para sair. Colocou o seu uniforme e começou a procurar a sua mochila, foi até a cozinha e viu que a sua mochila estava lá se preparou para sair, porém viu que estava a esquecer algo muito importante. Voltou ao quarto e começou a procurar um pequeno colar que para ele era muito especial, olhou em cima da sua mesa, vasculhou as gavetas e revirou a sua cama, porém não achou nada... Começou a pensar onde poderia estar e lembrou que tirara do pescoço na noite passada para tomar banho e assim lembrou que o objeto estava em cima da pia do banheiro.
Correu até lá e respirou aliviado que o colar estava em cima da pia, andou até lá para pegar, mas parou de andar quando o espelho do seu banheiro começou a brilhar o seu reflexo começou a embaçar e com isso seu coração começou a bater forte. Ele aproximou-se do espelho e com o seu dedo ele quis tocar no espelho, lentamente ele encostou no espelho e pensou que aquilo era completamente estranho e bizarro.
— Que negócio é esse? — indagou Izek
Antes que pudesse tirar o seu dedo do espelho, uma mão saiu do espelho e segurou o seu braço o puxando para dentro. Izek tentou se soltar, porém não estava conseguindo de jeito nenhum, começou a se desesperar, porém era tarde de mais! Izek fechou os olhos por alguns segundos, mas rapidamente abriu, pois tinha que pegar o colar, mesmo estando nessa situação pensou que se fosse morrer tinha que estar com o colar entretanto ao abrir o olho, o seu banheiro não podia mais ser visto.
Ele estava de frente a um grande espelho gigante, o lugar em que estava, parecia o fundo de um oceano. Do espelho saiu uma luz e da luz saiu uma mulher com um vestido branco, com as suas mãos a mulher segurou o rosto de Izek com delicadeza e então lentamente ela o puxou para dentro do espelho.
Izek rapidamente saiu do que parecia uma parede de cristal, ele saiu gritando, pois parecia haver sido jogado por alguém — o que não era totalmente mentira — o garoto só foi parar quando acertou alguém, os dois rolaram no chão e só pararam quando acertaram um cristal gigante.
— Qual é o seu problema? — Izek ouviu uma voz feminina — Minhas costas...
Izek rapidamente se levantou do chão e ao olhar para a pessoa que havia sido jogado viu uma garota loira com um uniforme escolar.
— Desculpa, não foi minha intenção — ele tentou explicar — eu tava no banheiro, mas depois algo aconteceu e eu vim...
— Demente! — disse ela
— D-desculpa mesmo — disse Izek — é que o espelho do meu banheiro meio que me pegou e...
— O que você disse?
— Desculpa? — indagou o garoto
— Não, depois disso
— .... o espelho do meu banheiro...
— Isso mesmo — disse ela — o espelho do meu quarto também meio que me pegou
Izek ficou chocado com isso, ambos haviam sido pegos por espelhos. Qual era a razão disso tudo? Pelo menos Izek pensou que ir à escola não era mais uma opção, pelo menos até descobrir onde estava e um jeito de voltar.
— Sabe onde estamos? — perguntou Izek
— Se eu soubesse eu não ficaria aqui todo esse tempo — disse a loira
— Entendo — Izek olhou em volta e viu que estará em um lugar cheio do que parecia ser cristais de todas as cores e de todo o tamanho, saindo do chão como estacas, nunca havia ouvido falar de um lugar assim — e se a gente apenas voltar por onde a gente veio? Talvez...
— Não vai funcionar, eu já tentei — disse a garota — se funcionasse eu não estaria aqui. Uma hora, um dia? Nem eu sei, aqui tá sempre desse jeito
— Entendo — disse Izek chutando um cristal pequeno — o que vamos fazer?
— Eu não faço a menor ideia — disse a garota sentando no chão e encostando as costas em uma parede de cristal — provavelmente vamos morrer aqui, então é só esperar
— Você parece que aceitou muito bem essa situação — disse Izek
— Acho que é porque eu não sei onde estou — disse a garota — quando nossos pais falarem com a polícia, vão vir procurar a gente
— Bem... você estava se arrumando para ir a escola?
— Fala sério — a garota revirou os olhos — só tem isso de pergunta?
"Ela é um pouco grossa" pensou o garoto.
— Ah... desculpa — ela suspirou — eu não queria ser rude com você
— Tá tranquilo, mas me diz — começou Izek — Qual o seu nome?
Ela não falaria o seu nome para qualquer um, mas como ela estava achando que provavelmente não acharia outra pessoa para conversar, achou melhor responder.
— Mikaela — começou ela — e o seu nome, qual é?
— Prazer, meu nome é Izek
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Atualizado até capítulo 13
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