Cap 13

O dia do passeio chegou.

A menina ficou a noite toda repassando a lista de itens que iria levar.

De manhã.

Eva arrastava sua mala escada abaixo, indo em direção ao estacionamento a onde 12 ônibus aguardavam os alunos.

Eva puxava a mala com dificuldade, alguém esbarra nela.

- Aí!

- Olhe por onde anda garota. (Falou Catarina)

Eva tocou no ombro dolorido. A mulher deu uma cotovelada com força nela.

- Qual o seu problema? (pergunta Eva)

- Falou alguma coisa? Não sabe com quem está se metendo menina. (Falou Catarina brava)

Evangeline notando que a mulher estava querendo confusão a ignorou.

- Esquece! (falou Eva)

Ela continuou seu caminho arrastando a mala pesada.

Catarina ficou olhando com ódio, com um único pensamento: Vingança.

Caio viu Eva e correu para ajuda-la com a mala.

- Pra que tanta coisa? Só são três dias.

- Estou levando apenas o básico.

Judith olha a mala de Eva e diz:

- Se isso é apenas o básico, tenho medo de ver o essencial Eva.

- Vocês são uns chatos.

- Amiga que isso?

Perguntou Debora vendo o urso enfiado na bolsa da frente. Eva tentou esconder o urso de novo mais Caio o pegou.

- Não acredito! Tá levando o urso que seu admirador te deu. (falou Caio balanço o objeto)

- Gente eu durmo todas as noites abraçada a ele. Não posso deixa-lo pra trás. (falou Eva de bico)

- Está apaixonada pelo seu admirador. (falou Judith)

- Eu não estou apaixonada. Só gosto do urso, olhe como ele e fofo.

Eva apontou para o urso rosa.

Caio falou:

- Está apaixonada sim amiga.

- Não estou!

- Aceita que dói menos. (Falou Débora)

- Querem mesmo falar de aceitação? (Falou Eva olhando o casal)

Caio ficou em silêncio. Débora fez cara de paisagem. Judith riu.

Caio devolveu o urso de Evangeline, e assim que guardaram as malas no bagageiro do ônibus, embarcaram nele.

Caio sentou na poltrona da frente com Debora. Nenhuma novidade, esses dois. Deveriam assumir logo o namoro!

Judith sentou na janela e Eva na poltrona do corredor.

Enquanto os demais alunos embarcavam as duas Judith e Eva conversam, minutos depois Judth está lendo um livro e Eva reclina a poltrona para descansar.

Até que ela vê.

Fernando sentado do outro lado do corredor, ao lado dela. Ele acena para Eva estampando aquele sorriso malicioso nos lábios.

"E eu que pensei que iria ter paz neste retiro." pensou ela.

Eva pegou os fones de ouvido, ignorando a presença de Fernando a seu lado.

E viagem durou cerca de duas horas.

A todo tempo Eva evitou olhar para Fernando.

"Ele é rico poderia ter vindo de carro, helicóptero, de cavalo. Era só escolher." Pensou ela indignada.

Chegando lá.

Evangeline ficou de boca aberta com o lugar.

Era perto da natureza com varias paisagens exuberantes. A pousada que eles iriam ficar era enorme, com diversas cabanas lindas.

Os alunos foram distribuídos aos quartos, cada um com três camas (Eva, Judith e Debora ficaram juntas claro!).

Apenas Fernando ficou em uma suíte privada com direito a sala de estar, bar, dois banheiros, sala de jogos e uma jacuzzi na área externa. Ele fez questão de alugar uma ala afastada porque queria ficar sozinho com um lugar só pra ele.

Eles chegaram no horário de almoço. Após guardarem a bagagem nos quartos todos foram redirecionados ao restaurante da pousada, muitos já estavam sentados comendo, Eva e Judith entraram na fila pegaram as refeições escolhida e buscaram por uma mesa vaga.

Elas viram Débora e Caio com mais duas pessoas, Judith foi na frente enquanto Eva ia seguindo um pouco mais atrás.

Ao passar pela mesa de Catarina e companhia. Eva olhava para o lado, quando de repente ela tropeçando caiu com tudo no chão.

O refeitório inteiro ficou em silêncio olhando a cena de Eva no chão suja de comida.

Catarina riu. Ela aproveitou que Eva estava distraída colocando o pé na frente pra ela tropeçar.

Alguns riram e outros olharam assustados.

Judith que estava mais próxima dela, ajudou Eva a se levantar e recolher as coisas do chão.

- Se machucou Eva?

- Não! Me ajude a jogar a comida fora.

- Ok!

Judith sugeriu a ela que pegasse outra bandeja com alimentos. Mas Eva recusou.

Evangeline muito envergonhada, saiu da praça de alimentação. Judith até tentou argumentar mas Eva queria se afastar dali e ficar um pouco sozinha.

Ela foi ao quarto, tomou banho e depois saiu para andar.

Distante de todos em uma parte isolada, Evangeline viu um balanço, se sentando nele ela ficou balançando pensativa.

"Aquela mulher colocou o pé na frente de propósito. Eu não sei pra que tanta maldade."

"Será que minha sorte nunca vai mudar?"

Eva rapidamente viu o pé de Catarina se escondendo segundos antes dela ir ao chão. A queda foi feia, todos rindo dela. E Ela bateu algumas partes do corpo ficando agora dolorida.

Eva balançando pra frente e pra trás devagar, querendo esquecer tudo.

Não querendo estragar o passeio por causa de Catarina, Eva decidiu não se abalar.

"A única coisa que me conforta e saber que nesta viagem ainda tenho a possibilidade de encontrar meu admirador secreto. "

"Como ele será?"

"Será que ele viu minha queda!?"

"E se ele achar que sou azarada, e agora após meu vexame não querer se aproximar de mim com vergonha."

Ela ficou triste com essa possibilidade.

- Eva?

Ao escutar seu nome ser chamado, ainda sentada no balanço, vira apenas a cabeça pra trás.

Olha para o rapaz em pé. Ele ficou olhando-a. E ela a ele.

Fernando Torres.

"Ele?"

"Porque não sinto repulsa ou irritação ao vê-lo? Até parece que era da companhia dele que eu precisava."

Pensou ela.

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