Capítulo 4

Eu já estava pronta para entrar na mansão e vingar a morte dos meus pais matando o meu tio. Mas então veio uma ideia maravilhosa em minha mente. A vingança deveria ser bem devagar, bem lenta e aos poucos. O meu tio precisava sentir na pele a mesma dor que eu ainda sentia ao me lembrar do assassinato dos meus pais.

Para que ele ficasse em pânico e soubesse quando fosse chegar a vez dele. Procurei por alguém que fosse bastante próximo a ele, para que ele sentisse uma dor insuportável ao perder esse ente querido. Foi então que vi o meu primo mais novo chegando em casa depois de uma tarde inteira de bebedeira. Ele estava horrível. Acho que se eu acendesse um fósforo junto dele, o quarteirão inteiro iria explodir por conta da quantidade de álcool que ele havia ingerido. Cheguei perto dele, ele estava cambaleando enquanto andava por conta do efeito do álcool. Quando ele me viu, falou como se eu fosse uma qualquer.

- Tá me olhando por quê? Se você for tão boa de cama como é linda, talvez eu me case com você.- no final de suas palavras, ele deu um sorriso malicioso e envolveu um de seus braços em minha cintura. Ele havia se tornado um dos piores tipos de homem possível.

Deixei ele pensar que eu estava entrando no clima e que ele tinha o controle de tudo. O levei pra um lugar onde não estava passando pessoas.Não sei o que aconteceu durante o tempo que fiquei afastada da cidade, mas quando eu tinha oito anos, às 18:00 horas ainda havia gente andando pelas ruas. Apenas sete anos se passaram e os hábitos já não eram mais os mesmos.

Meu primo se chamava Edward. Naquela época ele tinha uns dezessete anos. Era dois anos mais novo do que o irmão mais velho dele,Tobias.

Ele veio me abraçar e eu o abracei de volta com uma de minhas mãos em seu peito esquerdo. Quando ele virou o seu rosto pra me beijar, ele percebeu que tinha algo de errado com ele. Ele olhou para baixo e viu as minhas unhas fincadas em seu coração. Ele olhou pra mim com um olhar de desespero e eu aposto que eu estava com um sorriso que demonstrava um imenso prazer em minha face.

Tirei as unhas de seu coração e o empurrei no chão, fiquei agachada ao seu lado, observando a vida deixar o corpo dele. Aquele foi um momento muito prazeroso pra mim. Cheguei a pensar que estava pegando gosto em matar. Peguei seu corpo e arrastei até a frente da casa do meu tio. Demorou um pouco, por ele ser pesado. Mas consegui chegar até lá. O posicionei bem na frente da porta de entrada. Caminhei tranquilamente até a saída. Como a família estava em situação de falência, estavam sem condições de contratarem até os seguranças para proteger a propriedade. Mas antes de me distanciar completamente, deixei uma mensagem escrita em gelo ao lado do corpo: