Passei 6 meses de luto, lutando contra a depressão que tomou conta de mim, não queria mais viver, a dor era muito grande, voltei aos poucos a trabalhar no restaurante, mas voltar para casa era muito doloroso, Dona Marina e Senhor Fernando me ajudavam muito e tomavam conta de mim por ser menor de idade, mas não queria ficar na casa deles e aceitaram minha vontade, comecei a passar o dia todo no restaurante e voltar pra casa somente para dormir. A casa grande me trazia muitas lembranças, não consegui entrar no quarto dos meus pais.
Mais um dia acordei com o calor do sol entrando pela janela, não queria sair da cama, fiquei toda a manhã. Quando escuto a campainha tocar. Fui ao banheiro fazer a higiene, me arrumei e desci, ao abrir a porta dei de cara com dois homens que pareciam dois armários.
- Homem 1: Senhora queremos falar com o Arnaldo.
- Elisa: Senhor meu pai não está mais entre nós, ele faleceu faz alguns meses.
Homem 2: Então a dívida dele passa para você.
- Elisa: Dívida? Qual dívida?
- Homem 2: Seu pai pegou 150 mil com o nosso chefe e viemos aqui cobrar, já que ele não vai pagar, você herdará a dívida, tem uma semana para pagar, ou não vai querer saber o que podemos fazer com esse corpinho e essa boquinha linda.
-Homem 1: Não tente fugir, estaremos vigiando gatinha, estou doido para que não pague, quero tanto sentir esse corpinho, pode ter certeza que vou te fazer gemer gostoso.
O homem me puxou apertando minha cintura e cheirando meu cabelo, senti tanto nojo e medo que dei um empurrão e tranquei a porta. Com o coração acelerado comecei a chorar, como meu pai poderia dever a pessoas como essa.
Fui direto para o restaurante, cheguei tão nervosa que não conseguia parar de tremer, só conseguia chorar.
- Senhor Fernando: Elisa o que aconteceu minha filha está tremendo.
- Dona Marina: Tome aqui esse copo com água.
- Elisa: Nem sei por onde começar, não consigo acreditar nisso. Meu pai pegou dinheiro com alguém muito perigoso, muito dinheiro, eles foram lá hoje para cobrar dele, quando falei que meu pai tinha falecido, falaram que a dívida era minha agora, como vou pagar 150 mil.
Mal consegui terminar de falar e já estava chorando em desespero.
- Senhor Fernando: Não sabia que o Arnaldo estava devendo tanto dinheiro, podemos ajudar, mas não temos todo esse dinheiro, precisaremos de tempo, para conseguir um valor tão alto.
- Elisa: Não podem me ajudar, essa dívida é minha, tenho que dar um jeito sem prejudicar mais ninguém. Será que consigo vender a casa, ou dar a casa em pagamento?
- Senhor Fernando: Mas minha querida é sua casa, não pode vender.
- Elisa: Nesse momento é o único bem que eu tenho, só preciso achar alguém que queira comprar. Nem quero imaginar o que podem fazer comigo se não pagar. Disseram que estão me vigiando.
Mais calma e com uma ideia de solução em mente voltei pra casa, chegando percebi um carro do outro lado da rua, estava la quando saí e continuavam lá. Não estavam brincando quando disseram que estariam vigiando. Fui até o carro.
- Elisa: Senhor poderia falar com seu chefe?
- Homem 1: O que você quer com o chefe?
- Elisa: Preciso de um tempo para pagar e quero negociar com ele.
- Homem 2: Entre no carro e levaremos você até ele.
- Elisa: Depois de ter insinuado que me estupraria acha mesmo que vou entrar em um carro com vocês?
- Homem 2: Muito petulante você mocinha, boquinha muito afiada.
- Homem 1: Entre não faremos nada, você ainda tem tempo para pagar sua dívida, faremos o que prometemos caso não pague.
Respirei fundo e entrei no carro, segurando meu coração para não sair pela boca, Jesus amado, tenho certeza que dava para escutar a bateria que estava o meu coração.
Chegamos a um edifício enorme, todo coberto de espelho.
- Elisa: Não acredito que seu chefe fique aqui, realmente os piores se escondem muito bem.
- Homem 1: Controle sua boquinha minha linda, pode perder a língua uma hora dessa.
Entramos e depois dessa direta fiquei calada, passamos por um hall lindamente decorado e fomos até o elevador, subimos até o 25° andar, as portas se abriram e uma moça muito elegante nos recebeu.
- Secretária: Bom dia! Em que posso ajudá-los?
- Homem 1: Queremos falar com o chefe.
- Secretária: Ele está em uma reunião, podem sentar e esperar um minuto, já pergunto se poderá atendê-los, mas como não tem hora marcada não sei se serão atendidos.
- Homem 2: Diga que é o Henrique que está aqui, ele vai atender.
- Secretária: OK!
Passaram-se 20 minutos e eu não parava de tremer, os dois brutamontes se divertiam com meu desespero.
- Secretária: Podem entrar o senhor Baltazar irá atendê-los.
Erick Baltazar
- Homem 1: Chefe, essa garota é filha do Arnaldo ele morreu ela quer falar com o senhor.
- Erick: Deixem-nos a sós.
- Erick: Pois não, em que posso ajudá-la?
- Elisa: Bom dia senhor! Preciso de um tempo para poder pagar a dívida do meu pai, nem sabia que ele estava devendo tanto.
- Erick: Como pensa em pagar a dívida?
- Elisa: Bom, tenho uma casa que ficou para mim, vou vender e pagar o senhor, só preciso encontrar quem compre, por isso peço mais tempo. Não tenho intenção de não pagar, se ele pegou o dinheiro tenho que pagar, só peço um prazo maior, trabalho em um restaurante e não tenho dinheiro.
- Erick: Não faço negócios com crianças.
- Elisa: Senhor, peço que considere meu pedido, não tem mais com quem faça esse negócio, não tenho mais ninguém, e não vou deixar que ninguém assuma uma dívida que agora é minha. Se eu não pagar não irá receber seu dinheiro.
- Erick: Amanha irá um corretor fazer uma avaliação da casa e ver quanto ela vale, não sou um monstro como pode parecer, mas sou um homem de negócios e não gosto de sair perdendo.
- Elisa: Não irá sair perdendo senhor, pode calcular o valor da dívida e os juros que irei pagar tudo.
Falei em voz baixa quase imperceptível (não quero virar uma prostituta e algum bordel).
O homem a minha frente me olhou com a sobrancelha arqueada e deu um sorriso que deu medo, levantou e veio em minha direção cada passo que dava eu ia andando para trás até ficar presa contra a parede, podia sentir sua respiração no meu pescoço. Ele era incrivelmente lindo, seus olhos me deixaram hipnotizada, e morrendo de medo também, se aproximou do meu ouvido. e disse.
- Chefe: Você não iria para um bordel, com esse corpo delicioso e essa boquinha que estou me segurando para não morder, você iria para o meu quarto e não sairia de lá, iria comer você toda noite e com certeza não iria me cansar.
Sua voz saiu rouca e pude sentir o volume de sua calça encostando na minha barriga, senti um calor pelo meu corpo e fechei os olhos imaginando o que ele faria, quando abri os olhos ele já tinha se afastado.
- Erick: Pague a dívida e não teremos problemas. Pode sair.
Saí quase que correndo da sala, passei pela recepção feito um foguete, entrei no elevador e só então percebi que estava prendendo a respiração, meu pai eterno onde fui me meter, pensei no meu pai porque não me falou que estava sem dinheiro, para que tanto dinheiro, eu poderia ter ajudado, não com 150 mil, mas poderíamos ter dado um jeito.
Uma lágrima escorre involuntária, por pensar na dificuldade que meu pai estava passando e eu nem sabia, não pude deixar de pensar que seria por minha causa, pagar a escola e as despesas da casa, mesmo que eu ajudasse não era suficiente, a casa era bem grande e a manutenção era cara. Andei tanto que nem percebi que cheguei em casa.
Subi direto pro quarto fui tomar banho e ver se lavava toda essa confusão que virou minha vida. Desci e fiz só um lanche, estava sem vontade de fazer algo mais elaborado.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Maria Ines Santos Ferreira
já não gostei,o chefe é um tarado , pedofelo depois vira príncipe,,devia mudar isso,na real eu teria um ódio mortal
2025-04-22
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Marcia Santos
Não é fácil descobrir que tem dívida para pagar, sendo que outra pessoa que contraiu a dívida
2024-12-12
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Luíza Carmo De Oliveira Corrêa
estou gostando muito boa
2022-05-29
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