Capítulo 4 – Eu resolvo meus problemas parte 1

No dia seguinte já era 7h quando a campainha tocou.

- Elisa: Afff, isso lá é hora de alguém tocar a campainha, cruzes, alguém não sabe que só se visita depois das 8h.

Me arrumei correndo e desci.

- Corretor: Bom dia! Me chamo Marcos, o senhor Baltazar pediu que fizesse uma avaliação do imóvel.

- Elisa: Bom dia! Fique a vontade.

O corretor andou, andou, subiu desceu e fez várias anotações.

- Elisa: Então Senhor Marcos, tem alguma ideia do valor da casa?

- Marcos: A casa está em muito bom estado e fica em um terreno grande e bem localizado, a quantidade de quartos e o conceito aberto ajudam muito, pois é o que as pessoas procuram hoje em dia.

Cada palavra que ele dizia doía em meu coração, aquela era minha casa, minha mãe que mobiliou cada cômodo, escolhei as cores das pinturas, as plantas do jardim, estava sendo muito difícil saber que teria que me desfazer dela.

- Marcos: A casa atualmente vale uns 250 mil.

Quando escutei isso quase caí para trás, não imaginava que seria tanto.

- Elisa: Mas não tenho tempo para colocar a venda, para vender logo, quanto poderia pedir?

- Marcos: O senhor Baltazar tem interesse pela casa, ele disse que pagaria o valor da venda e meus horários, pediu para que a senhora entre em contato com ele para resolver.

Ele me deu um cartão se despediu e saiu. Fiquei sentada no sofá sem entender o que estava acontecendo, por que ele queria me ajudar? Depois de mandar os brutamontes me ameaçar agora quer ajudar, rai ai, aí tem coisa.

Entrei em contato com o senhor Erick Baltazar.

- Elisa: Alô é do escritório do senhor Erick Baltazar?

- Secretária: Bom dia, sim em que posso ajudar?

- Elisa: Me chamo Elisa Benett, preciso falar com o senhor Erick Baltazar, ele está aguardando meu contato, pode marcar uma hora para mim?

- Secretária: Podemos marcar para amanha às 8h?

- Elisa: Sim, as 8h está ótimo, Obrigada!

Finalizei a ligação e fui em direção ao restaurante.

- Dona Marina: Elisa querida, como você está, disse que poderia ficar essa semana em casa, pode descansar mais um pouco.

- Elisa: Bom dia! Estou bem, não quero ficar em casa, tanta saudade que sinto que fico sufocada, preciso distrair minha mente.

_ Senhor Fernando: Querida, como está? E aquele problema do dinheiro, você não nos procurou, ficamos preocupados, essa gente não deixa barato e 150 mil é muito dinheiro.

- Elisa: Não se preocupem, estou resolvendo, fui procurar o homem que meu pai estava devendo e disse que iria pagar, só precisava de um tempo para conseguir o dinheiro.

- Senhor Fernando: Elisa você foi até ele sozinha, por que não me procurou, é perigoso, essa gente só pensa em dinheiro, você se colocou em perigo, como vai conseguir esse dinheiro?

- Elisa: Resolvi vender a casa.

- Dona Marina: Mas querida é a sua casa, sua herança, não pode se desfazer dela.

- Elisa: Eu sei que é a única coisa que restou, mas não tenho outra opção, além de que é uma casa muito grande pra mim só, iria sair de lá de qualquer forma. Hoje cedo foi um corretor fazer uma avaliação e a casa vale 250 mil, agora só preciso encontrar um comprador.

- Senhor Fernando: É um bom valor, a casa é muito boa e a localização também, vou ver se tem alguém interessado.

- Elisa: O senhor Baltazar falou com o corretor que tem interesse, vamos ver se vai pagar bem pela casa.

- Senhor Fernando: Quando vai encontrar com ele?

- Elisa: Amanhã tenho uma reunião.

- Senhor Fernando: Quero ir com você para que ele não te enrole.

- Elisa: Não precisa, mas obrigada, não serei enganada, sou uma boa administradora (Risos).

- Senhor Fernando: Tudo bem, mas se precisar não exite em me ligar.

Fique trabalhando até a noite, não queria voltar para casa. Já cansada quando cheguei só tomei um banho e dormi.

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