A Tragédia que provoca o Adeus...

Olá leitores, segue aqui um capítulo cheio de emoções, espero que gostem e não deixe de comentar, curtir e votar! Bjs😘😘

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Helen

Fim de expediente é uma maravilha que hoje infelizmente não posso usufruir. Quando se chega no fim do trimestre é necessário realizar o balanço de perdas e ganhos, e é por eu ser Diretora do departamento que estou aqui conferindo os relatórios, tendo a certeza que está tudo nos conformes.

Me espreguiço um pouco, retiro meus óculos e esfrego os olhos, minha vista já está embaçada, não adianta ficar mais, não haverá rendimento se eu exagerar, vamos encerrar.

No relógio já se marca 20:30hs, provavelmente somente eu e os vigias estamos aqui ainda. Pego meu celular para conferir se tem mensagens ou ligações.

- d'roga está com 8% de bateria, m'erd"a! esqueci de colocar pra carregar hoje.

Bom organizo as coisas e desligo o computador e as luzes. Dentro do elevador solicito um táxi, cansaço me define e o ônibus que pego já encerrou a linha.

Já no térreo, dou um último olhar ao prédio, quando noto a luz vindo do andar da presidência.

Ricardo ainda está trabalhando ?

Desço até o estacionamento da empresa, para verificar se seu carro ainda está ali ou só esqueceram as luzes acessas.

O carro dele ainda está aqui. Ricardo, trabalhar para evitar ir pra casa, não vai resolver a situação.

Ligo para o seu celular e nada, cai na caixa postal, tento novamente, mas o celular desgarrega totalmente.

- D' roga!- falo alto.

Respiro fundo, abro a bolsa para guarda-lo e caminhar em direção ao elevador no térreo, quando ouço o barulho de carro ser ligado, quando ergo meu olhar o mesmo acelera e sai a toda disparada da vaga, e por pouco não me leva junto.

- SEU IDIOTA! COMPROU A CARTEIRA - seja quer for não parou - vou pegar a fita de segurança e vou descobrir quem você é imbecil.

Sigo até o elevador, a caminho da sala da presidência. Chego e noto que tudo está silencioso até demais, resolvo ir na sala do Ricardo, pois estou azul de fome e daqui a pouco o táxi chega.

_Ricardo ainda está trabalhando - digo entrando na sala - Ricardo o que aconteceu, fala comigo. - encontro Ricardo caído no chão desacordado, fico desesperada e mexo em seu corpo - Ricardo por favor acorda, ele geme e diz o nome de sua esposa. - Ricardo não se esforçe, vou ligar para uma ambulância, você vai ficar bem! - digo desesperada, abro minha bolsa a procura do celular, que não acende, me levanto indo até o telefone de sua mesa e discando o número de emergência, passo o endereço e desligo o telefone, já discando o da portaria em seguida, olho sobre sua mesa e vejo o frasco de medicamentos pego um e o copo dagua, voltando para Ricardo.

_ Vai ficar tudo bem deixe eu te dar o seu remédio pro coração. - quando aproximo, o mesmo bate em minhas mãos, derrubando e logo Ricardo segura minha mão e diz.

_Alba, ela ....

_Por favor Ricardo, não se esforce, eu sei que a ama, você vai ficar bem.

_Helen, preciso...lhe contar...o que aconteceu...o envelope...ele.... exame... meu remédio...

_ Envelope, que história é essa, por favor não diga nada, se não piora e você não vai me contar...

Neste momento a equipe de resgate chega e leva Ricardo de ambulância ao hospital. Fico aliviada que o resgate chegou super rápido e com esperança que Ricardo fique bem, o técnico de enfermagem pergunta se quero acompanha-lós e digo sim apressadamente. Na ambulância ligo para sua casa e aviso que ele em qual hospital ele irá.

(...)

Passa muito tempo desde que Ricardo entrou na emergência, minutos se passam e o médico aparece, sem perder tempo o questiono.

_Dr. como está o Ricardo, ele está bem, não é posso ve-lo.

_ o que a senhorita é dele?

_ Ele é como um pai para mim, doutor por favor me diga.

_Eu sinto muito mais ele sofreu um IAM, Infarto Agudo do Miocárdio, a pressão dele estava descontrolada, teve duas PCR, parada cardiorespiratória, seu quadro é instável, ele está na UTI neste momento. As horas a seguir são cruciais.

- O quê ? Não estou entendendo? - nego veementemente.

- Estamos fazendo todo o possível que podemos, mas devemos estar preparados.

Naquele momento tudo ficou rodando, não posso acreditar no que pode acontecer com Ricardo, não é justo, choro copiosamente, não acreditando que posso perder mais alguém que tanto amo, me sento em umas das cadeiras de espera e fico lá, relembrando os bons momentos que passamos juntos, até que sou despertada bruscamente de meus pensamentos por alguém segurando rudemente meus braços, a ponto de me machucar.

_O que está fazendo aqui sua vagabunda?

Olho confusa para quem está me segurando daquela forma, minha visão ainda embaçada pelas lágrimas e reconheço ser Oliver. Ele está com os olhos vermelhos e o rosto banhado por lágrimas como o meu deve estar. Ele me balança ferozmente e vejo em seu olhar muita raiva, ódio, desprezo mas também, medo e muita dor, seguro em seus braços tentando acalma-ló, pois está me machucando.

_Oliver, eu sinto muito, eu tentei ajudar o Ricardo...

_ Cala a boca sua vadia, o meu pai pode morrer por sua culpa.

_Não, isso é mentira eu amo o seu pai, não quero que ele morra!

_Sua descarada, como ousa dizer na minha frente que ama o meu marido.

_Por que é a verdade senhora, Ricardo e eu...- antes de terminar a frase, recebo um forte tapa no rosto, que Alba me deu, me viro e a olho incrédula.

- Sai daqui antes que eu acabe com a sua raça, sua desqualificada.

Quando vou responder aos seus insultos, minha amiga Carol, me segura, nem tinha notado em que momento ela apareceu. Carol é uma excelente enfermeira e trabalha neste hospital estadual à quase dois anos.

_Helen, vem comigo, por favor.- assinto ainda atordoada pelo que aconteceu nesse pouco tempo.

_ Helen, melhor você ir para casa, descanse um pouco, qualquer notícia sobre o que acontecer eu lhe mando uma mensagem, vou chamar um táxi para você.

Faço tudo automaticamente, entro no táxi, pago a corrida e desço do mesmo a caminho do meu apartamento, ao entrar no meu quarto, não aguento mais e me desabo na cama chorando, até que adormeço por um tempo.

Acordo sobressaltada com um aperto no peito, procurando um relógio. São 4:00hs da manhã, coloco o celular para carregar um pouco, enquanto me preparo para ir ao Hospital.

Com o pouco de bateria que adquiriu, disco o número de Carla, preciso de notícias.

- Carla, aqui é a Helen, como está o Ricardo, o paciente que dei entrada hoje aí, ele estava na UTI....

- Helen...Helen! por favor me escuta... O seu Ricardo infelizmente não resistiu, ele faleceu faz uns 40 minutos.

Deixo que o celular caia de minhas mãos, não tenho forças.

...****************...

Ouço ao longe o som da campainha, devagar me desfaço da posição fetal que me encontro.

_Carol, que bom que está aqui. - digo a abraçando.

_Vim direto do hospital pra cá, precisava ver como você está.

_Estou triste, não consigo crer que ele se foi, algumas horas atrás estávamos rindo, se abraçando e agora......que horas vai ser o enterro.

_Pelo o que descobri vai ser às 09:00hs, acho melhor você não ir, depois do que aconteceu no hospital.

_Mas claro que eu vou, Ricardo foi meu amigo, confidente, um pai pra mim, é meu dever prestar minhas homenagens.

_ Tudo bem, quer que eu vá com você para ti dar apoio, eu sei do grande carinho que você tinha com o Ricardo.

_Sim por favor, eu agradeceria muito, vamos nos arrumar então, vem comigo.

(...)

Chegamos ao local do velório e o local está cheio de pessoas, pois o Ricardo era um grande empresário, me aproximo do caixão e não consigo mais controlar as lágrimas que saem, sou amparada por Carol, que me abraça fortemente.

_ Como se atreveu a vir aqui, saia imediatamente. - diz pegando no meu braço e o apertando, me solto do seu aperto e dessa vez o respondo menos confusa.

_Vim prestar minhas homenagens ao seu pai, não quero discutir com você, sei que está abalado, por isso vou relevar os seus insultos, mais não abuse.

_Mas é muito dissimulada, saia daqui antes que eu a coloque para fora, a jogando na sarjeta que é o seu lugar. - diz tentando novamente segurar o meu braço, mais me afasto imediatamente.

_Não toque em mim, não saio daqui até que tudo acabe, você não pode e nem vai me impedir de ficar, então acho melhor você fingir que não me vê, se isso lhe incomoda tanto, se não quiser que eu faça um escândalo e sua querida  e imaculada mamãe seja exposta, estamos entendidos. - não queria ter que usar desse tipo de chantagem , mas foi o único jeito de ficar, Oliver me fuzila com o olhar e cerra o maxilar com força, com certeza tentando controlar a raiva que está sentindo de mim, mas se convence e volta para perto de sua família, me deixando assistir em paz e dar o meu Adeus ao meu querido e amado Ricardo, que neste pouco tempo que passamos juntos me deu o amor de um pai. A despedida foi dolorosa, jogo uma rosa sobre o caixão em forma de meu ADEUS!

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Participe dos comentários, vou amar responder..

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

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Comments

Wilma De Jesus Alves

Wilma De Jesus Alves

Qual o mistério??? Que apareça logo!!!😳😱🥺

2023-11-18

3

Márcia Jungken

Márcia Jungken

acredito que foi Alba que matou o Ricardo, ela deve ter um amante, espero que Oliver descubra logo a verdade

2023-10-17

2

drica

drica

a esposa tentou matar tenho certeza

2023-08-05

1

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