DESTINADOS A AMAR

Capítulo 1_conhecendo minha história

Eu estava assustada, nunca havia sentido nada parecido com o que eu estou sentindo por ele hoje, um desejo insaciável, um prazer sem igual, aquelas mãos, aquele corpo, o seu cheiro tudo me ludibriava, estava no ápice do desejo, ele e eu ali, o mundo todo para nós, não importava o destino, nossas famílias, nossos inimigos, só nós. Mas antes de chegar a esse momento deixe eu te contar a minha história.

Oi eu me chamo Milenna Fernandez, mais todos me conhecem com Mily, minha mãe morreu durante o meu parto e foi meu pai Bernardo que ficou encarregado da minha criação, não preciso dizer que ele me culpou pela morte da mulher que ele amava, ou seja, minha mãe. Ela se chamava Clara, era uma mulher alegre e graciosa, pelo menos é o que todos me dizem.

Meu pai então se casou quatro anos depois da sua morte, ele disse que não podia cuidar de mim sozinha, ele então se casou com Susan e com ela teve dois filhos, Noah e Amanda. A Júlia nunca gostou de mim, ela é uma pessoa má comigo, desde criança lembro-me dela dizendo que eu não sirvo para nada e que sou uma imprestável, a filha dela é igual a ela, já o Noah é diferente, ele é legal para mim.

Meu pai Bernardo não se importa comigo, só com os outros filhos deles, por isso desde meus doze anos trabalho para comprar minhas coisas e não depender deles, se eu fosse dizer que se existissem pessoas que gostam de mim, é a Maria e Peter, eles são meus padrinhos e a filha deles Rosa é como se fosse minha irmã, somos melhores amigas; já que temos a mesma idade, somos confidentes uma da outra.

Meus padrinhos sempre que podem me ajudam, eles me acolheram com sua outra filha, somente eles comemoram o meu aniversário, já que meu próprio pai enxerga essa data como o dia mais infeliz da sua vida, pois foi o dia em que a mulher que ele mais amava morreu e a minha madrasta odeia essa data porque foi o dia que eu vim ao mundo, para eles eu sou apenas um peso desnecessário.

Cresci rodeada pelos olhares de desprezo e rancor deles, por isso, tem dias que eu desejo nunca ter nascido, que em vez de minha mãe morrer, eu é que deveria ter ido no lugar dela, tem dias que eu sinto tanta falta dela, se não fosse por mim ela teria vivido.

Minha infância não foi feliz, lembro-me que na escola, as outras crianças sempre riam de mim, pelo fato de que meu pai Bernardo nunca ir me buscar, ou nas comemorações do dia das mães e do dia dos pais, eles nunca compareciam, por que um estava morto e o outro nem se importava. Eu me chateava, mas sempre tinha meus padrinhos comigo, eu os adotei como meus pais e eles como sendo sua filha. As vezes sozinha no meu quarto, ficava chorando em silêncio, querendo minha mãe comigo.

Um dia meu pai Bernardo saiu para trabalhar e eu não fui para a escola, por que estava com uma febre muito alta, fiquei no meu quarto deitada, até que a Susan veio até mim e puxou o lençol que cobria meu corpo com frio e disse:

_Se levanta sua garota inútil, não é hora para esta dormindo.

_Eu estou com febre e com frio, me deixa ficar deitada um pouco, por favor tia?

_ Já falei para não me chamar de tia, deus me livre de ser alguma coisa sua, levanta e vai cuidar da casa, eu estou cansada de lavar, passar e te dar comida, além de cuidar dessa casa sozinha e você não faz nada sua folgada, as coisas vão mudar a partir de agora, anda, se levanta sua imprestável, não estou nem aí se está doente ou não, se morrer não vai fazer falta para ninguém.

Eu então me levantei e fui lavar louças e lavar a casa, minha febre ficou mais alta, meu corpo ficou pesado e eu desmaiei. Ela nem sequer me levou ao hospital, por sorte minha madrinha veio me visitar e me viu naquelas condições e desde aquele dia ela me levou para morar com ela.

Meu pai Bernardo quando soube do ocorrido, mais não se importou nem por um segundo, então ficou claro para mim, que ele se importava somente com a Susan e com os seus outros filhos. Nesse tempo eu tinha 15 anos e aceitei ir morar com meus padrinhos, desde então eu moro com eles e com a sua filha Rosa que desde então, a enxerguei como minha irmã. A partir daquele dia, eu esqueci que tinha um pai de verdade, mas eu sabia que ele e a sua esposa iriam me pagar caro, pelo seu desprezo e pela humilhação que me fizeram, eu passei a odiá-los com todas as minhas forças.