Daiana pensava que se um dia fosse gostar de alguém, seria uma pessoa que tivesse as mesmas ideais e gostasse de ajudar os outros, fazendo a diferença no mundo, e foi em um dia de arrecadação de alimentos que percebeu Beto. O sorriso franco enquanto ajeitava os óculos no rosto, com o jeito de nerd. Ela só precisava tomar coragem e chamar ele para sair.
Ela continua o observando esperando achar um momento, enquanto Tim conversa com Lucas sobre a sua namorada ou algo que ela não escutou direito.
– Nenhum dos dois. Tim fala. – Não é mesmo Daia? Tim pede e Daia volta atenção eles.
– Sim. Ela fala, mas como não tinha prestado atenção na conversa deles. – Não? Ela pede. E eles ficam confusos. – O que vocês disseram? Daia pede.
– Se você quer bebida? Tim fala com sorriso de canto, Lucas fica de pé.
– Ah, quero... acho que... Olhando no outro rumo, e no momento em que Beto está sozinho, Daia vê uma oportunidade. – Quer saber, vou pegar pra nós. Beto está perto dos freezer. — O que vai ser Tim, é Lucas? Ela fica de pé com atenção longe.
– Guaraná com uísque. Tim olha do copo pra ela como esperado que já soubesse.
–Você o mesmo? Fala para Lucas que está a olhando e para rumo do freezer também, já que ela não olha para ele.
– É...
— Certo! Daia não espera uma resposta concreta e caminha no rumo do freezer em passos largos e para antes.
Ela suspira e tenta se acalmar, levando alguns instantes, pensa até em desistir. – Vamos lá, isso não deve ser difícil! Diz a si mesma, antes de tomar coragem para falar com Beto.
– Acho que é de graça não está indo assaltar um bar!
Ela vira assustada quase batendo com pessoa que a tinha ouvido. Lucas rir. Essa é a primeira vez na noite que ele fazia e também falava direto com ela.
– O que? Daia pede forçando o seu coração a acalmar no peito depois do susto.
– As bebidas! Lucas aponta para o freezer atrás dela.
– É sei, o que você quer? Pergunta o encarando tão proximo e sentindo desconfortável por ser tão baixa perto dele.
–Ué, a bebida, disse que a ajudava pegar, mas acho que você não me escutou. Ele diz.
– Ah, sim! Daia fala dando passagem. Lucas passa por ela e vai até mesa do lado do freezer pegando alguns copos e a garrafa de uísque despejando. Daia passa os olhos por ele tão rápido se sentindo novamente desconfortável com Lucas pegando o seu olhar que desvia mesmo notando que ele tem olhos diferentes e bem claros, Daia baixa os olhos aos copos.
– Eu não bebo. Ela diz vendo ele preparar as bebidas. Lucas pula um dos copos. Daia escuta Beto e ergue os olhos e vê que está de costas pra eles, a sua voz macia é animada quando fala com dois garotos que se aproximaram.
— Coca, Fanta ou guaraná? Lucas pergunta, mas Daia olha para Beto que está bonito, não dando atenção ao Rapaz ao seu lado que nem conhece, porém a deixa estranha.
– Qualquer um. Ela responde. Os garotos saem e Beto está sozinho. – Obrigada! Daia diz a Lucas pegando um dos copos na mesa, era uma chance de evitar alguém estranho e se aproximar mais de quem ela admirava.
Daia caminha até Beto que está sozinho e observado a festa, ela da um gole no copo e o gosto sai queimado por sua garganta, e acaba tossindo. Lucas está rindo atrás dela, e o acha um babaca, poderia até o repreender, mas ela mesmo não olhou para o copo que pegou e voltando a tossir.
– Daia você está bem? Beto vira. Ela limpa garganta antes responder.
– Peguei o copo errado. Lucas estava contendo os risos, Daia o encarou uns instantes e se surpreendendo ao vê ele a olhando atento, um nó se formo na garganta dela e nem sabe o porquê. – Pensei que era guaraná. Ela volta a atenção para copo rápido.
Beto estende mão pegando e da um gole no bebida.
– Nossa! Isso está puro, não sei porque a Aline insisti em ter álcool. – Sinto muito, vem! Beto a chama que o segui. — Ei cara! Beto cumprimenta Lucas, Daia observa o fato deles se conhecerem. –E seu irmão? Beto pergunta.
– Está dançando. Lucas Diz indicando. – Você teria gelo? Pede passando olhar por Daia. que não o olha.
– Sim aqui. Beto abre freezer e tira uma lata de fanta e o saco de gelo colocando no balcão. – Daia! Ela agradece com sorriso pela bebida. – Pode ficar à vontade Lucas. Lucas pega o gelo. Beto volta a Daia, ela o observa como a camisa que ela deu, tinha ficado bem em Beto e comenta.
– A camisa ficou bem em você. Ele dá um sorriso e ela se sente satisfeita . Abre a lata dando gole.
– Ah gostei muito, foi um presente. Daia sente seu rosto começar esquentar.– A minha irmã me deu. Beto diz.
Daia ia falar, mas Beto a corta, dando atenção e revelando algo que mexe com o seu coração.
– Foi um gesto carinhoso dela que nunca me dá nada.
Daia se impede de dizer a verdade, o fato de Beto se sentir feliz pelo gesto da irmã a faz concordar.
– Foi gentil ela fazer. Daia tenta o melhor sorriso, mas no fundo queria enforca a Aline, por roubar seu presente quando entregou em sua casa.
– Foi o que achei. Beto sorrir a Daia. — Você não foi nos dois últimos ensaios, soube que a sua vó estava doente.
Ela sentiu falta em ir, mas a sua avó não estava bem e preferiu faltar, Daia assenti. —Sim. Daia confirma.
– Lamento Daia, e como ela esta? Beto pedi em tom gentil.
– Está bem, apesar de ainda precisar ficar de repouso. Espero não ter interferido nos ensaios! Daia lamenta olhando o seu rosto fofo.
– Não, e a gente deu um jeitinho, mas se precisar de algo...Beto deixa em aberto, ele coloca mãos nos bolsos. E cai um silêncio, Daia nao sabe o que dizer, não está acostumada a receber tanta atenção, mas ela não quer um clima estranho entre eles.
– Você acha que consigo acompanhar os outros? Daia pede mudando de assunto.
– Sim, você pega rápido os ensaios. Beto diz.
– Mas a apresentação de páscoa é daqui alguns dias. Pensei que talvez se fosse um pouco mais cedo pra ensaiar e você me ajudar... Daia sugere mordendo os lábios se surpreendendo com sua sugestão.
– Olha essa é uma ótima ideia! Beto soa animado, Daia sente o seu coração palpitar de felicidade com as possibilidades de algo entre eles.
– Vou ver com a turma se eles concordam. Beto diz.
Daia sente que não era isso que sugeriu, talvez se eles saírem a sós fosse legal, e ela toma coragem e tenta novamente deixar claro que gosta de Beto.
– Ah eu não quero que eles se sintam forçados por mim. Fala e abaixa a cabeça sentindo o seu rosto queimar. — E se fosse só a gente? Mas tudo bem se você não puder...
Daia escuta um assobio. Ela ergue a cabeça só para ver que Lucas ainda está ali próximo e ela frase a cara com ele ouvindo a conversa.
– Posso sim, se você quiser podemos repassar as aulas de violão também. Daia volta a corar, a sugestão de mais tempo com Beto parece interessante e brinca tirando o seu próprio desconforto.
– Eu estou tão ruim assim? Pede Daia sorrindo.
–Não! Mas é sempre bom treinar. Diz Beto. — O inácio um dos meus alunos tem seis anos e ele está indo bem, e olha que ele tem mãos pequenas! Beto diz.
Daia desfaz o sorriso que tinha e olha para as mãos pequenas, sentindo constrangimento com o comentário.
— Ah eu não disse...Beto tenta se explicar percebendo que disse o que não queria.
Uma risada faz Daia olhar para Lucas atrás deles. Beto segue o olhando, Lucas tossindo.
– Muito gelado! Lucas diz apontado para copo. Ela acha estranho que Lucas ainda esteja lá, o que a deixa muito desconfortável, apesar de o achar com ar de debochado percebe que é mais bonito do que tinha reparado.
– Acho que vou levar o violão. Beto começa falar, Daia segue com os olhos Lucas passando em direção as cadeiras. E fica aliviada que ele tenha resolvido sair e possa se concentrar na conversa com Beto.
– Logo você vai pegar o jeito e não vai querer parar. Beto tem um sorriso para ela. — Estou feliz que tenha se juntado a nos no coral! Fala um pouco mais rápido.
–Eu também. Daia fala, mas no fundo cantar não era asua intenção inicial ela tinha acompanhado a Eli no ensaio um dia e eles insistiram para participar depois de Eli dizer que ela canta.
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Atualizado até capítulo 101
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