Injúria.
Enquanto Raphael continuava sentado na cadeira de madeira da área comum do parque, fumava seu cigarro e pensava nos belos olhos de Nanda.
Rafael Spence
Por que eu sinto essa coisa que queima por essa menina medíocre. Helena... (olha pra cima) eu nem sei se você me perdoou de verdade e tô aqui, já querendo cometer o mesmo erro de antes, uma moça, uma moça disléxica, tão simples... (bebe o whisky)
Enquanto Raphael bebia o whisky, houve uma movimentação no parque, logo os bombeiros do local saíram em direção ao ocorrido e ele foi atrás para ver, como era médico cogitou que alguém havia passado mal. Chegando no local ele vê Nanda, o corpo pálido e quase imóvel, tossia e se contorcia de dor, ele quase ficou louco.
Rafael Spence
Raphael Spence médico, da licença (olha ela) meu Deus Nanda o que é isso o que houve? (ele da um jeito de apoiar o braço quebrado em cima da barriga dela).
Fernanda Adler
Eu fui pular com meu pai, mas no momento que firmei o pé escorreguei na borda lisa (chora sentida).
Rafael Spence
Não não, vai ficar tudo certo, (pede para alguém ligar para uma ambulância).
Fernanda Adler
Obrigada doutor, (diz com a voz dengosa) você vem em lugares comuns de gente?
Rafael Spence
Eu também sou gente (ele ri), você me assustou, ainda mais sabendo que era você (tira o cabelo do rosto).
Enquanto removiam Nanda do lago, ele entrando no carro é parado pelo pai dela.
Pai da Nanda (Luiz)
Licença.
Rafael Spence
Eu estou ocupado agora, (ele vai entrando no carro mas percebe que era o pai da Nanda)
Pai da Nanda (Luiz)
Eu sei que está com pressa eu também quero ir ver minha filha, mas preciso agradecer o que fez por ela, você a conhece?
Rafael Spence
Ela trabalha comigo, Raphael Spence (estica a mão).
Pai da Nanda (Luiz)
(cumprimenta) Luis Adler. Era só isso, não sei se vai para o hospital vê-la mas, saiba que eu e minha esposa estamos muito gratos.
Hoje de manhã a Nanda quis vir até aqui pois não tinha trabalho, mas estou começando a acreditar que foi um erro, a Nanda tem medo de tudo e eu a incentivei a pular comigo, não sabia que ela ia cair de mau jeito. Poderia ter perdido minha filha (chora).
Rafael Spence
Está tudo bem, olha, a Nanda pode ter medo de tudo mas é muito forte, apesar da idade dela, ela entende bem as pessoas e sabe como falar algo bom e na hora certa. (toca o ombro do pai dela).
Pai da Nanda (Luiz)
Obrigado, obrigado mesmo doutor pela primeira avaliação, minha esposa já deve estar por lá esperando, você pode me seguir se quiser.
Rafael Spence
Eu vou atrás pode ficar tranquilo. (veste o óculos de sol e sai em seu belíssimo Corolla prata).
Chegando no hospital, Nanda já estava em observação, ela tinha várias escoriações nas costas e o braço engessado. Estava comendo um sanduíche quando Raphael chegou.
Rafael Spence
Licença (bate na porta) já está comendo? Pelo visto está tudo bem não é? Prazer Raphael Spence (cumprimenta a mãe dela).
Tânia (Mãe da Nanda)
(estica a mão) Olá prazer doutor. Essa rabugenta nem esperei a alta e já me obrigou a comprar algo para ela comer. Eu vou ali fora ver meu marido e já venho. (ela sai).
Fernanda Adler
Oi... (ela ri sem graça) eu tô melhorando, o gesso incomoda mas o ralado das costas é muito pior. (respira fundo).
Rafael Spence
Eu posso ver?
Fernanda Adler
Eu acho que sim... (ela vira de costas e desamarra a camisola de hospital que deram a ela).
Rafael Spence
Meu Deus... (engole seco) é tem algumas marcas. Mas vai sarar logo. Nanda...
Ela arruma a camisola e senta de volta na cama do hospital.
Rafael Spence
Você é tão linda... (ele pega a mão dela e coloca no rosto dele) eu pertenço a você. O que você fez comigo?
Fernanda Adler
Eu.. Eu não sei o que dizer...
Ele dá aquele sorriso de desmanchar corações para ela, e a olha com ternura.
Rafael Spence
Você é linda demais e me deixa tão fraco, tão vulnerável, eu acho que eu não quero mais ter que te ver...
Fernanda Adler
Por que? Por que não quer mais me ver (ela vai até ele, este era o momento mais sexy da vida de Nanda até agora).
Rafael Spence
(ele encosta na parede) Por que você é só uma menina, não deve ter experiência nenhuma, não me merece, eu sou um fardo muito grande pra você.
Fernanda Adler
Eu sempre quis ser sua amiga, mas você sempre acha que tudo é difícil, por que você não se deixa ser amado?
Rafael Spence
Por que eu não mereço Nanda, não mereço você... (escorre uma lagrima) mas eu te quero tanto...
Fernanda Adler
Eu também quero, se não quiser não precisa me amar... mas eu te cuido como amigo então pode ser?
Nesse momento ela abraça ele, ele estava tão frágil, não parecia o arrogante de sempre e não tinha defesa nenhuma, ele abraçou Nanda e derramou algumas lágrimas, enquanto abraçava falou algumas palavras.
Rafael Spence
Eu estou cansado, eu não tenho ninguém Nanda, por um erro eu perdi quem eu amava, agora estou confuso e tão apegado em você, você é uma menina, eu tenho 31 anos, o que vou fazer com uma menina? (ele solta do abraço abraço segura o rosto dela).
Fernanda Adler
(ela segura a mão dele no rosto dela) eu nunca beijei ninguém...
Rafael Spence
(ele encara ela alguns instantes) Você é incrível demais pra mim... (sai e fecha a porta).
Ela encosta na parede e vai lentamente escorregando.
Fernanda Adler
Meu Deus o que aconteceu comigo aqui... (ela toca as partes íntimas dela é como estivesse suada) nossa, preciso me limpar, acho que a dor me fez urinar.
Enquanto eu me limpava no banheiro do hospital, eu sentia uma vontade louca de gritar pra ele voltar, mas a essa altura do campeonato eu acreditava apenas na ideia de que ele ia me tirar do consultório, por que ele estava tão difícil, tão machucado, tão meu, será que ele ainda ama a Helena, ela deveria ser tão linda...
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