Improvável Amor

Improvável Amor

Dia incomum

Sou Gabriela tenho 19 anos. Faço cursinho pré vestibular durante a noite. Meu sonho é me tornar uma grande advogada assim como meus pais.

Confesso que nunca fui medrosa, mas tem acontecido algumas coisas estranhas aqui na minha cidade ultimamente. Há relatos de algumas pessoas desaparecidas.

Especialmente hoje, me sinto um pouco vulnerável e a poucos instantes achei que tinha alguém me seguindo.

O trajeto do cursinho até minha casa é um pouco escuro, mas gosto de caminhar. Está em meio a natureza me faz senti livre.

Finalmente cheguei em casa e a salvo. Meu celular soou informando que mais uma mensagem havia chegado. Quando olhei fiquei aliviada, apesar de ser de um número diferente era uma mensagem dos meus pais. Finalmente deram sinal de vida e que estavam bem.

Ambos saíram de viagem a cerca de duas semana a última notícia que eu havia tido foi um bilhete na geladeira informando a viagem de emergência deles. Não é a primeira vez que viajam sem me falar antes, mas foi a primeira vez que fiquei duas semana sem ter notícias deles.

Resolvi responder a mensagem imediatamente.

" Fico feliz que estejam bem, mãe e pai. Fiquei muito preocupada quando vocês não me atenderam antes. Quando vocês voltam? "

Demorou um pouco e logo recebi uma mensagem de volta.

" Perdemos os celulares durante a viagem. Não se preocupem conosco, se cuida, filha. Te amamos."

Respirei profundamente e fui até a cozinha, ao abrir a geladeira e a dispensa me dei conta que vou precisar fazer compras amanhã.

Peguei um pacote de biscoito sentando no sofá. Liguei a tv e deitei a fim de assitir algo que me relaxasse. Pela mensagem vazia deles, vão demorar bastante.

Procurei por vários canais, mas os relatos eram os mesmos, sumiço de pessoas na cidade e aumento de atividade criminosa, tudo isso até me fez perder a fome.

Desliguei a tv e subi para o quarto, após um banho deitei na minha cama quando algumas notificações do meu celular chegou ao meu ouvido.

Ao olhar as mensagens eram as mesmas.Me perguntei se ele não se cansava de escrever as mesmas desculpas de sempre.

" Gaby, por favor, me perdoe. Foi apenas um deslize não gosto dela, a mulher que eu amo é você. Entenda que sou homem e você também não cooperou".

De o seu único amor, Miguelito.

Miguel era meu namorado. Estava juntos há alguns meses e ele sempre insistia em avançarmos na relação, beijos, abraços e carinho não eram suficientes, ele queria algo mais. Mas eu não me senti a vontade e nem segura para da esse passo.

No dia do aniversário dele , duas semanas atrás, precisamente, fui até seu apartamento pela manhã com uma cesta de café da manhã. Meus planos era passar a amanhã com ele para comemorarmos.

Achei que os ventos estavam ao meu favor quando encontrei a porta aberta. Pensei que faria uma grande surpresa, mas eu é que fui surpreendida. Ele estava com uma outra mulher.

Foi um momento muito difícil para mim. Enfurecida eu gritei por seu nome. Ele ainda despido tentou me tocar e se explicar, naquele momento senti nojo e repulsa por ele.

Saí do apartamento e nunca mais voltei. Desde então ele tem me mandado mensagens e mais mensagens todas repetidas. Acho que nem cérebro ele tem para ser criativo.

Deixei o celular de lado e deitei levando o edredom fofinho até a altura do meu queixo.

Acordei durante a madrugada com um barulho de janelas quebradas e um barulho terrível no andar de baixo. Meu coração começou a bater acelerado e o único barulho que eu ouvia nos meus ouvidos era a batida acelerada do meu coração.

Tentei pegar meu celular para ligar para polícia, mas na escuridão do quarto não encontrei. A minha única opção naquele momento era me esconder e e torcer para não ser encontrada.

Desde pequena meus pais haviam compartilhado comigo uma parede falsa no seu escritório, ali eu poderia me esconder facilmente. O único problema era chegar até lá.

Peguei um taco de beisebol, que o Miguel havia me dado de presente de aniversário, mesmo sabendo que eu não gostava desse esporte, e saí do meu quarto em silêncio.

O escritório do meu pai ficava ao final do corredor, eu só precisava chegar lá rapidamente antes que alguém chegasse primeiro.

Olhei e o corredor ainda estava vazio, andei rapidamente e quando finalmente estava próximo ouvi barulho de vozes subindo as escadas, corri antes que eles finalmente chegassem mais perto.

Entrei no escritório escuro e então movi a parede. Entrei no pequeno espaço e movi a paredão falsa para o lugar. Sentei no chão sentindo as forças sumirem das minhas pernas.

Coloquei uma mão em meu peito tentando me acalmar. Minhas pernas tremiam e eu só rezava para escapar dessa e para que o esconderijo realmente funcionasse, já que minhas pernas não estavam em condições para se moverem nem me obedeceriam, caso eu quisesse .

As vozes soavam dentro do escritório, pareciam quase quatro homens revirando todo o espaço.

- Encontraram a garota?

- O quarto está vazio.

- Procurem por toda casa, cada centímetros, não podemos nos apresentar ao chefe sem ela.

Naquele momento meu senti minha visão escurecer. Já estava sem forças e o medo e o pânico pareciam querer tomar posse de mim.

" Quem são e o que querem comigo?" ( pensei antes da minha visão escurecer completamente).

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2024-09-18

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2024-09-13

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2023-10-15

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