Chá de fraldas

* Kaique narrando *

5 dias depois...

São quase oito horas da tarde, hoje é o chá de fraldas do meu sobrinho George. Tomo um banho e coloco uma roupa casual, acho que ir de terno não vai ser apropriado, pego as minhas chaves entro no meu carro e sigo para casa dos meus pais.

Ao chegar fico um bom tempo dentro do carro, depois desço e vou até a porta, toco a campainha, a minha mãe me atende.

Deise — Oi meu filho que venho.— Minha mãe falou vindo me abraçar.

Kaique — Como vai mãe? — Falei me soltando do seu abraço.

Deise — Estou muito feliz que você veio. Eu estava com saudades, você nunca mais veio nós ver.

Kaique — Eu tive os meus motivos. — Falei sério.

Deise — Eu sei querido, mas já passou.

É fácil dizer isso, não foi ela que sofreu uma dupla traição.

Kaique — Cadê o papai?

Deise — Ele teve que fazer uma viagem com o chefe dele, vai voltar só na terça-feira, vamos lá nós juntarmos aos outros. — Fui seguindo a minha mãe, que me levou até o quintal, tinha algumas mesas, e algumas pessoas sentadas, e em um canto tinha uma decoração com bexigas azuis, com nome do George, tinha também um bolo feito de fraldas, fiquei de pé observando tudo, ao lado da minha mãe.

Deise — Ta vendo aquela moça ali? — Ela fala apontando para uma moça que estava sentada de costas.

Kaique — Sim.

Deise — Ela veio com o seu primo Talis, uma moça tão bonita e simpática. — Minha mãe falou toda encantada.

Nos aproximamos da mesa, lá estavam a Geovana o meu irmão Pablo, o meu primo Talis e... Sther o que ela tá fazendo aqui?

Deise — O Kaique chegou. — A minha mãe falou toda animada dando pulinhos e batendo palmas, todos me olharam inclusive a Sther.

Geovana — Oi Kaique, obrigado por vir. — Falou se levantando, vindo me abraçar, depois voltou a se sentar.

Talis — Oi primo tudo bem? — Também se levantou e me deu um abraço.

Kaique — Estou bem Talis, e você?

Talis — Estou ótimo.

O meu irmão me olhou e fez sinal com a cabeça, mas não se levantou para me cumprimentar, a minha mãe pegou uma cerveja e uma cadeira para eu me sentar, me sentei do lado do meu primo e da Sther, comecei a beber a minha cerveja, fiquei olhando para a Sther e observando como o meu primo estava tratando ela, tocando nela sempre e fazendo carinho, que ódio, ela estava usando uma blusa branca e uma shortinho jeans, o meu primo ficava com a mão quase o tempo todo entre as pernas dela me fazendo enlouquecer de tanto ciúmes.

Me levantei dali e fui até a cozinha, com a desculpa de ir pegar uma cerveja, não estava mais eguentando ficar ali vendo o Talis cheio de carinho para cima da Sther, na cozinha abri a geladeira peguei uma cerveja e comecei a tomar, quando entra na cozinha a Geovana.

Geavana — Muito obrigado por ter vindo Kaique, você não imagina o quanto isso significa para mim. — Falou sorrindo.

Kaique — Imagina Geovana.

Geovana — Sia presença aqui é muito importante. Eu nunca te pedi desculpas pelo que eu fiz.

Kaique — Tudo bem, já passou. — Falei tentando não entrar no assunto.

Geavana — Não Kaique, eu errei, você merece um pedido de perdão, eu te peço perdão, me perdoa Kaique?

Kaique — Eu ja perdoei. — Falei sorrindo, Geovana também sorriu. Vejo o meu irmão Pablo se aproximando de nós.

Pablo — Me perdoa irmão, eu estou tão arrependido? — Ele falou com lágrimas nos olhos.

Kaique — Eu já te perdoei faz tempo meu irmão. — Nos abraçamos, emocionados.

Pablo — Nossa eu estou muito feliz e aliviado, obrigado por nós perdoar. — Falou com os olhos marejados.

Kaique — Eu também estou feliz e muito aliviado. Agora vamos parar com essa choradeira, aposto que é só efeito da bebida. — Rimos.

Saio da cozinha feliz por ter feito as pazes com minha ex e o meu irmão. Em um determinado momento a Geovana e o Pablo me chamaram para tirar uma foto, eu tirei duas fotos e voltei para a mesa, eles continuaram lá tirando mais fotos, meu primo e a Sther não estavam mais sentados na mesa, eu fiquei procurando os dois com os olhos, e logo avistei a Sther se aproximando de mim, ela se senta ao meu lado.

Kaique — O que você está fazendo aqui Sther? — Perguntei baixo.

Sther — Estou fazendo o meu trabalho. — Fico em silêncio olhando para ela com cara de poucos amigos. — Você está com raiva de mim? — Continuei calado, eu estava cheio de ódio. — O que foi Kaique?

Kaique — Nada não Sther. — Falei firme.

Sther ficou me olhando, olhei para ela doido para dar um beijo na sua boca, sinto alguém colocar a mão nos meus olhos por trás das minhas costas.

XX — Adivinha quem é? — Eu não reconheço a voz, que era feminina.

Kaique — Não faço ideia. — Pego nas mãos dela e fico alisando, tentando me lembrar de quem seria essas mãos sobre os meus olhos.

XX — Nossa Kaique... Esqueceu a minha voz, não acredito kai. — Depois que ela me chamou de kai me lembrei... Só tinha uma pessoa que me chamava assim, aTaila, irmã da Geovana.

Kaique — É a Taila? — Ela tira as mãos dos meus olhos, eu me levanto e olho para ela, e caramba, como ela virou um mulherão, a Taila me dá um beijo no rosto e em seguida me abraça.

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