Capítulo 16

Ele se aproxima ameaçadoramente e eu não sei o que fazer, mas quando acredito que ele vai me atacar, ele salta em cima de mim me derrubando. E mesmo que eu esteja nua, ele ainda assim me examina, mas eu não consigo sentir seu cheiro. Isso porque os Lycans são capazes de ocultar seus odores para atacar com fator surpresa, razão pela qual ele se aproximou tanto sem que eu o percebesse.

Ele me cheira completamente, me deixando nervosa, pois é muito intenso quando o faz, mas ele permanece ali cheirando e me examinando do topo da cabeça até a cauda. Até que Sadie aparece e eu o vejo empalidecer. "Que tipo de guerreiro não reage como deveria?".

O Lycan o encara com desdém e se retira tranquilamente, desaparecendo na floresta. Eu me cubro com as roupas enquanto Sadie se vira para que eu possa me vestir.

"O que foi isso? O que é isso? Você viu o tamanho daquele Lycan?", Sadie falava comigo como se não fosse a mim que ele havia cheirado a região púbica.

"Não sei, mas é aterrador e é preciso ter cuidado. Parece que ele não é do exército do usurpador, caso contrário ele teria nos atacado", eu o puxo e ele continua olhando na direção em que o Lycan se foi antes de me seguir.

Quando chegamos ao acampamento, sinto uma estranha sensação de familiaridade com aquele Lycan. É que ele se parece com Apolo, mas é maior. Deveria ter olhado melhor para ele, mas o fato é que ele parece Apolo, embora este seja mais assustador e sua energia me diz que ele não é fácil de lidar.

Alenka se aproxima e contamos o que vimos, fazendo com que ela fique nervosa e assustada.

Eu o vi e não é bom se aproximar desse Lycan, parece perigoso e acho que já perdeu sua humanidade e só governa a besta, então não se aproximem por aqueles lados, certo? _ Alenka olha para a floresta preocupada e não sei por quê.

Naquele dia fomos cozinhar com Lau, que está muito feliz com Theo e ele a trata muito bem. Para ele, não importa que ela seja ômega, já que nestes momentos ter seu companheiro por perto é sorte e privilégio. Enquanto isso, eu estou aqui sozinha e sem meu companheiro, que sabe onde ele está, mas se eu descobrir que ele anda por aí como um raposa, ele vai me conhecer.

Trabalhamos o dia todo e estou cansada e não sei por que, já que não me canso tão rápido, mas estou exausta.

Preparamos o jantar e vou para minha cabana porque estou com os olhos fechados e adormeço quase sem trocar de roupa, mal tiro minha roupa e coloco uma camiseta comprida e desmaio na cama.

Sinto que dormi um bom tempo, mas ouço um barulho e quando abro os olhos quero gritar, mas as palavras não saem da minha boca.

No meio do meu quarto está esse Lycan enorme que encontrei pela manhã e ele está me olhando detalhadamente "como ele está aqui?" e eu não sei o que fazer e tento me comunicar com Kiara, mas a imagem da minha loba me deixa mais indefesa, ela está dormindo muito confortavelmente com as patas para cima e eu aqui prestes a ser a refeição desse Lycan assassino.

Ele se aproxima a mim, mas não consigo vê-lo bem. Sei que é ele pelo tamanho e suas garras enormes, mas só consigo me encolher antes que ele faça algo contra mim, me transformo em um pequeno bolo.

Ele se aproxima lentamente e me cheira novamente, mas não tão intensamente. Ele cheira minha barriga com interesse e não sei o que acontece com ele, mas sinto que seu estado de espírito muda para um menos ameaçador. Ele começa a me empurrar com o nariz até que eu desenrole a mim mesma do meu bolo. Surpreendentemente, ouço-o ronronar, um ronronar de satisfação. Não sei por que, mas me faz sentir muito confortável. Ele se vira e vai embora pela janela aberta e desaparece na floresta. Sinto um ponto de interrogação sobre minha cabeça que, se cair sobre mim, me esmagará.

Fechei a janela assustada, mas sinto que aquele Lycan não me fará mal e, embora ele assuste muito, não acredito que ele me machucará, então vou dormir preocupada. Porém, quando penso que isso não me deixará dormir, acabo adormecendo assim que me ajeito na cama.