Capítulo 18

Aurora Alice

-- Tenha um bom dia, senhor -- Desci em frente ao edifício, logo sendo recebida pelo bom humor dos seguranças.

-- Não é à toa que seu nome é Aurora que nem da Disney, você está um arraso -- Igor diz e eu mostro uma mine caixa de chocolate quente para eles.

-- Muito obrigada, isso aqui é pra vocês -- Distribui para todos eles e fico só com o meu.

-- Muito nobre da sua parte, se não fosse por isso teríamos que esperar a boa vontade de alguém para fazer um café bem quente ou nós mesmo teria que comprar -- Gustavo diz olhando com desgosto quando a recepcionista entra no edifício.

Os outros homens concordam assombrando seus copos.

O carro do Vitor aparece bem na minha frente e o mesmo sai olhando para os segurança, que os mesmos voltam para suas funções. Depois de segundos sua atenção para em mim, ele olha para o Gustavo e o Igor e sem dizer nada ele entra em sua empresa.

-- Eu tenho quase certeza que vocês se pegaram -- Gustavo diz e caminha para a esquina do prédio.

-- Fala para o seu namorado que ele está muito enganado -- Igor rir quando eu entro pela mesma porta que o Vitor, vejo ele esperando o elevador junto com aquela praga do seu assistente.

Vou até eles e fixo meus olhos naquele egomadinho.

Os três entra no elevador e fica um clima muito agradável, Vitor ficar em nossa frente escancarado a porta do elevador, enquanto eu e esse fofoqueiro atrás.

-- Eu espero que você não fique no meu caminho, porque eu não sou muito boa para meus inimigos -- sussurro para o assistente que na hora fica branco.

Seguro a risada dentro de mim, pois só quem me conhece mesmo sabe que eu não tenho vontade de matar nem uma barata. Com o medo que eu tenho de qualquer inseto, eu nunca nem conseguir ser vingativa com nenhum deles, sempre deixei isso para meu pai.

Mas eu gosto de saber que esse homem tem medo de mim.

-- Senhorita Renault, tem alguma coisa lhe incomodo ? -- Vitor pergunta sem olhar para nós dois.

-- Não senhor, só estou dizendo para seu assistente que se ele precisar de qualquer coisa, eu estarei no mesmo andar que ele até ao almoço -- Dou um sorriso para o meu alvo e ele até treme.

Saio do elevador logo atrás do Vitor, sigo ele até quando minha sala aparece e eu tenho que entrar nela.

-- Você está atrasada -- Cármen diz irritada, essa mulher nem deixou eu sentar ou ligar meu computador.

-- Meu ônibus atrasou -- Nunca andei de ônibus, meu pai tem medo que aconteça alguma coisa comigo. Já a minha mãe diz que eu sou é sortuda por nunca pegar busão lotado, mas eu sempre tive uma curiosidade.

-- Eu vi nas câmeras e você apareceu de táxi -- Sorri.

-- Obrigada pela sua preocupação amiga, é bom saber que tem pessoas nessa empresa que deseja que você chegue bem. Mas como eu disse, o ônibus atrasou e eu tive que pegar um táxi, acho que nem vou ter dinheiro para ir a faculdade.

-- Se não tivesse gastado seu dinheiro com aqueles seguranças, eu não tenho dúvida que você teria -- Ela é boa, ela faria um ótimo papel de vilã em um filme ou até livro.

Mas ela não vai conseguir fazer minha vida um inferno, eu sei como sobreviver com esse tipo de pessoa.

-- Eu tinha comprado antes de esperar o ônibus -- Ligo o computador -- Se era só preocupação, pode voltar ao seu trabalho em paz.

-- Eu sou sua chefe !

-- A senhorita quer algo ?

-- Quero sim, quero que você imprima 50 cópias desse documento -- Ela deixa na minha mesa.

-- Eu me esqueci onde fica as impressoras -- Vou pensando onde eu vi uma sala com várias impressora de ótima qualidade.

-- Tenho certeza que seus amigos vão lhe ajudar -- Cármen diz enquanto saia da minha sala.

…

Com todas as cópias em minhas mãos, eu as entrego para Amanda.

Quando eu ia passando pela sala do Vitor, a porta está aberta dando a oportunidade de eu ver ele trabalhando.

Eu só queria saber se é só eu que tenho uma quedinha por homem que usa óculos, isso deixam eles tão inteligente. Vitor está usando um que fica prefeito nele, toda sua atenção está em volta do computador.

-- Gostaria de pedir demissão ? -- Me desperto.

-- Isso o deixaria muito contente, mas minha mãe me ensinou a ser bem persistência naquele que eu quero -- Entro em sua sala pois não tenho nada para fazer.

Sento em uma cadeira em frente de sua linda mesa.

-- É inacreditável que eu não consigo gritar com você para que saia da minha sala -- faço biquinho mas logo ajeito minha postura.

-- Você é muito ogro, você devia agradecer por eu ter vindo falar com você -- Não é imaginação minha, mas eu vi por alguns segundos um sorrisinho se formando.

-- Senhorita Paulin, o quê você deseja ? -- Quase pulo na mesa para tampa sua boca.

-- Eu sou senhorita Renault, não faça isso de novo -- O repreendo.

-- A senhorita não vai me dizer o porque de não gostar do sobrenome do seu pai ? -- Ele para de mexer no computador e foca sua atenção em mim.

-- Porquê esse sobrenome me dar muitas oportunidades e isso é em todo lugar -- Ponho minhas mãos na sua mesa e ele olha para elas -- Tudo que eu consegui sozinha foram os estudos e isso aqui.

Falo olhando para sua sala.

-- Então foi por isso que me chantageou -- Ele não tem nenhuma expressão quando diz.

-- Você foca muito no passado, esqueci um pouco e tenta focar no presente, no futuro -- Digo brincando.

-- Eu preciso fazer algumas ligações -- Ele olha para porta dando a idéia pra me sair.

-- Desculpa, agora vou te deixar trabalha -- Levanto -- Gostei de conversar com você, mesmo que nada da nossa conversa tenha sido igual ao passado.

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