Capítulo 5

FELIPE MARTINS

Hoje acordei cedo para ir a empresa mas um dia de trabalho, meu pai tem me ligado constantemente falando sobre casamento e que eu tenho que ir no começo do mês apresentar minha futura esposa para a família, não vejo a necessidade de me casar, se eu já não tenho nem tempo direito para fazer minhas coisas fora deste escritório são tantos números tantas coisas para aprovar, assinar, acho que o velho ficou doido e quer o mesmo para mim. Olhei a hora e tenho pouco tempo para chegar na empresa hoje irei escolher minha futura noiva apenas no papel, pois pretendo viver do mesmo jeito sem compromisso, Pedro meu assistente ficou encarregado de escolher elas mas eu devo fazer a entrevista pessoalmente pois não quero me casar com um mulher feia, estou um pouco nervoso caso não consiga encontrar nenhuma hoje, não terei tempo de encontrar outra depois, já que está próximo do dia que meu pai marcou de apresentar ela a família.

Já faz vinte minutos que estou entrevistando e ainda não encontrei nenhuma que se encaixa no perfil que meu pai aprovaria na família, mas tenho que admitir elas são bem bonitas com certeza elas fazem o meu tipo apesar de algumas não me chamar a atenção como outras, tenho que admitir que a entrevista passou bem rápida e apenas uma não compareceu mas tenho certeza que ela não se encaixa no perfil, ao me aproximar da porta a fim de ir para minha sala ouvir Gisele falando com uma mulher que insistia em falar com o responsável.

??: Por favor, eu preciso falar com o recrutador, eu tenho que conseguir esse emprego. Olho para a mulher bem diferente das anteriores " Profissional demais" Pensei.

Gisele: Eu já lhe falei, eu não posso, a senhorita poderia se retirar, por favor. A mulher fica cabisbaixa e vira para a saída, ela não faz o meu tipo, mas ela pode se encaixar no padrão que meu pai aprova para ser minha esposa, falo com ela e vejo que ela parar de andar e virar em minha direção timidamente.

Felipe: Qual é o seu nome?

Luiza: Luiza Batista. Olhei para a mulher na minha frente ela tem uma beleza padrão, roupa simples e formal demais o que combinava com ela no geral, não usava maquiagem ela era o oposto das outras que entrevistei.

Pedro: Por que o senhor não deixa ela entrar, talvez ela seja quem o senhor procura? Pedro falou para o chefe, que assentiu e voltou para a sala sentando em seu lugar.

Pedro: Você pode ir. Pedro falou fazendo sinal para que Luiza seguisse o homem, ela respirou fundo e o seguiu viu ele sentado na cadeira olhando para ela, ficou tímida mas tentou disfarçar, ele é um homem bonito de cabelos loiros escuro, olhos mel e o rosto quadrado que combinava perfeitamente com ele, no entanto ela deveria aproveitar a oportunidade e garantir seu emprego e não o homem.

****Felipe****: Bom dia, Luiza Batista, qual é a sua idade?

Luiza: Bom dia, senhor, tenho vinte e dois anos.

Felipe: Vejo que você não tem nenhuma experiência comprovada, o que lhe motivou a querer trabalhar para o grupo Martins? Meus olhos percorreram seu rosto pequeno, cabelos e olhos castanhos, apesar de ser bonita não tinha nada de diferente e eu não me interessaria em ter um relacionamento ou passar a noite com ela.

" De novo experiência. "

Luiza: O grupo Martins é especializado no ramo de jóias, as lojas são as mais bem avaliadas e indicadas pelas mulheres, o meu sonho sempre foi fazer jóias e ver as pessoas usando elas, acredito que no grupo Martins eu possa realizar esse sonho. Começo a ler a ficha dela e vejo que se formou recentemente na faculdade, algo bom pois realmente preciso de uma designer se fosse em outro momento eu a contrataria para essa área mas no momento preciso de uma esposa e quem sabe no futuro ela possa trabalhar comigo.

Felipe: Você trouxe seu portfólio, pois vejo que você também é uma designer de jóias?

Luiza: Sim estou, esses são modelos recentes que eu criei. Luiza explicou enquanto entregava ao homem sentado à sua frente.

Felipe: Vejo que você tem talento, os desenhos são ótimos.

Luiza: Obrigada. Felipe perguntou mais algumas coisas antes de dispensar a jovem mulher.

Felipe: Você pode ir Gisele lhe entregar uma ficha para o exame. Luiza se despediu com um aperto de mão antes de sair.

Felipe que ficou olhando a figura da mulher sair pela porta se lembrou de sua mãe que tinha um dom para desenhar jóias assim como essa mulher. Viu uma pulseira no chão, pensou que podia ser de alguma das entrevistadas então deu para Gisele devolver ao verdadeiro dono.

Felipe ainda tinha muito trabalho a fazer, pois ficou fazendo as entrevistas e não teve tempo para assinar alguns documentos e ler a pasta para a reunião desta tarde.

Felipe: Pedro, quero informações completas sobre as que eu escolhi ainda hoje.

Pedro: Sim, senhor. Pedro já tinha providenciado tudo com antecedência sabendo que o chefe iria querer saber.

Pedro: Senhor Felipe, seu amigo Lucas lhe ligou essa tarde.

Felipe: Obrigado... espere Pedro não precisa me acompanhar. Pedro achou bom sair um pouco cedo do trabalho assim ele poderia passar mais tempo com sua esposa e aproveitar o resto do dia.

(...)

Ao descer do carro vejo um carro familiar na propriedade as luzes também estavam acesas, pensei em possíveis visitantes que sabia sobre o segredo da chave mas apenas um me veio a mente.

Felipe: Lucas. Caminhei depressa e ao entrar em casa vejo meu único amigo deitado no sofá com muita comida industrializada na mesa de centro, algo que era típico dele quando brigava com a esposa.

Felipe: Lucas o que faz aqui? Abaixei o volume da televisão e perguntei a ele.

Lucas: Só precisava de algumas horas antes de voltar para casa.

Felipe: Você resolveu se casar para ter esse tipo de vida, eu realmente não te entendo.

Lucas: Olha quem fala antes daquele ano você foi o primeiro a se casar, fique sabendo que casamento é difícil mas é a melhor coisa também e você, que cara é essa?

Felipe: Cara de quem acordou cedo para trabalhar. Lucas riu.

Lucas: Mentira, o que você aprontou dessa vez para ter que trabalhar? O homem pergunta sem acreditar pois conhece o amigo há muitos anos.

Felipe: A verdade é que eu não fiz nada, mas meu pai quer que eu assuma a empresa e me case ou então serei deserdado.

Lucas: Sei que você não vai se casar então como vai convencer seu pai?

Felipe: Eu vou me casar mas não igual você será apenas um casamento por contrato de um ano, depois disso cada um segue sua vida.

Lucas: Você acha certo isso? E se a mulher quiser algo mais tipo um casamento de verdade?

Felipe: Ela irá ganhar muito bem para ser minha esposa e quando nos separamos ela receberá um bom dinheiro para viver o resto da vida sem se preocupar, todo mundo tem o seu preço.

Lucas: Nem todos querem dinheiro, alguns querem apenas o amor.

Felipe: Amor não enche barriga Lucas, além disso não pretendo ter um casamento a base do amor, assim não irei me decepcionar novamente.

Lucas: Eu entendo mas você deveria esquecer o passado e seguir sua vida, encontrei uma mulher de boa índole e capaz de viver com você mesmo sem o dinheiro da sua família, seja feliz e saia dessa vida.

Felipe: Vou pensar caso eu encontre a mulher que mereça meu amor.

Lucas: Felipe não machuque os sentimentos de uma mulher por causa desse casamento falso.

Felipe: Não irei.

Lucas: Agora é que eu estou acabado... tenho que ir depois a gente se fala. Lucas olha para a hora e vê que já é tarde.

Lucas: Está bem e lembre de não contar a Isabel sobre isso.

Felipe: Só se você comprar dois caixões para nós. Os dois riem e se despedem. Felipe subiu para seu quarto e foi direto para o banheiro tomar um banho e depois ir preparar a janta para ele.

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