Capítulo 17

Eu e Priscila começamos a gostar um do outro quando eu tinha dezoito anos e ela também, foi na época em que eu acabei meus estudos no internato, em poucos meses começamos a namorar, estávamos apaixonados nossa relação ficou séria e começamos a planejar nosso casamento, mas ela começou a ficar distante, um dia antes do casamento descobrir que ela estava grávida, mas ela tinha começado sua carreira de modelo e não queria desistir do seu sonho para se casar e ter um filho, ela disse que não era o momento. Ele chora, eu me levanto e o abraço e limpa suas lágrimas.

-Se não quiser falar não tem problema.

-Não eu preciso lhe contar, conversei com ele e a fiz mudar de ideia no entanto no dia do casamento ela me abandonou e foi embora, procurei por ela e pela criança mas não os encontrei um ano depois um dos detetives conseguiu informações que ela sofreu um acidente e perdeu o bebê, quando você me deixou não sei o por que mas me sentir como naquela época.

- Eu não vou lhe abandonar, sempre estarei com você quando precisar.

Felipe Martins

Acordei sentindo meu corpo suado e minha cabeça doendo, olhei as horas no meu celular e vi que era seis horas, me lembrei do que havia acontecido a noite, olhei para o lado esquerdo e Luiza estava dormindo abraçada em mim, tentei sair sem acordar lá mas foi em vão.

-Bom dia. Ela me olha e vê que está abraçado em mim ainda e grita tirando seus braços de mim.

-Pervertido.

-Você que é uma pervertida eu não fiz nada, além disso quem foi que me abraçou a noite toda.

-Não me lembro. Ela fica tímida, olha em direção ao celular no centro da sala para ver a hora.

-Luiza.

-Hum.

-Se eu fizer uma coisa você promete não me bater.

-Depende.

Me aproximei dela lentamente com um pouco de medo dela me rejeita, selei nossos lábios em um beijo calmo, minha mão foi para a cintura dela puxando mais para mim, intensificando mais o beijo, como se eu precisasse dela e ela de mim. Deitei ela de forma que eu ficasse por cima, comecei a mordiscar e beijar o pescoço dela, ela arfar e me deu livre acesso para continuar, o celular começa a tocar bem na hora errada nos trazendo para a realidade novamente. Luiza me olha por um breve momento com um leve rubor em seu rosto, me levanto passo a mão em meus cabelos em frustração, decido ir tomar um banho, antes de ir embora.

Quando sair do banheiro já pronto vir Luiza na cozinha preparando o café, ela me olha.

-Então eu já vou. Falei já com a minha roupa do dia anterior.

-Tome o café antes de ir.

Quebra de Tempo

Quase não dormir direito pois hoje seria o almoço na casa de kevin, fui ao banheiro me arrumar estava usando uma camisa social branca de listras bege com botões, calça social preta e um calçado da mesma cor da calça apesar de ser um almoço , pois só era um almoço considerado importante, pego a caixinha onde estava as alianças de ouro e a de Luiza com cristais cravados, na festa eu esquece de entregar lá. Muitas mulheres desejavam que eu colocasse uma aliança em sua mão, mas era apenas um sonho delas, pois a única que eu queria realmente ter algo sério fugiu, agora não me importo muito com nenhuma mulher.

Olhei no relógio em meu pulso e já era nove e meia da manhã, tranquei a porta da minha casa e indo direto para o meu carro, passei pelo porteiro do condomínio e acenei com a cabeça e em seguida peguei via principal que não ficava muito longe do condomínio, estava nervoso mesmo sabendo que era apenas uma mera formalidade esse noivado e o casamento apenas um contrato, mas desde que beijei Luiza pela primeira vez e depois que dormir na casa dela não sei algo mudou em mim, se fosse antes de conhecer-lá eu não me importaria em apenas levar lá para um quarto de hotel e me satisfazer mas agora eu ficava me perguntando.

"Como ela se sente em relação a mim?"

" Será que eu gosto dela ou é apenas química?"

Ao chegar no apartamento dela, toquei a campainha e que logo foi aberta por Jorge que chamou as mulheres.

-Vocês estão prontos? Felipe já chegou,vamos.

-Espera um minutinho. E eu tinha dito que me atrasaria na próxima vez, para elas terem tempo suficiente para se arrumarem.

-Mulheres, vai se acostumando elas demoram uma eternidade para se arrumar. Jorge falou para mim e concordei com ele.

-Bom dia Felipe. Luiza falou ao me ver assim que saiu do quarto.

-Bom dia Luiza, tudo bem?

-Mais ou menos. Notei que Luiza estava tímida, puxei ela colando nosso corpo e a beijei, um beijo rápido no qual ela não fugiu, sussurrou o mais baixo possível no ouvido dela.

-Não esqueça, estamos apaixonados.

-Não vou me esquecer. A pequena viagem de carro durou uma hora até chegarmos a casa do meu pai, Jorge e Rute me falou sobre a mudança para outra cidade, sei que Luiza sentirá a falta deles.

-Nossa. Luiza e Rute falaram em sintonia. Ao ver a mansão que meu pai e a esposa dele moravam.

-Extravagante igual a proprietária.

-Da para ver. Assim que descemos do carro meu pai e Camila já nos esperavam do lado de fora para nos receber, vê de longe Priscila que caminhava em nossa direção, olhei para o meu pai e perguntei o motivo.

-Por que convidou a Priscila, pai? Sabe que ela não é da minha família.

- Ela é passado Felipe, por favor ela é a sobrinha de Camila e vai ficar aqui até encontrar um lugar para viver. Ela não precisava disso pois tinha a casa dos pais dela onde poderia muito bem morar.

-Pensei que pelo menos iria fazer minha vontade ao menos uma vez. Camila estava feliz, talvez foi esse seu plano desde o início, trazer Priscila de volta e tentar fazer eu perder tudo.

Dado um tempo que estávamos na casa noite que João não tirava o olho de Luiza, e isso não me agradava, Luiza por outro lado estava se dando bem com todos, ela era uma verdadeira dama.

-Oi Felipe, queria conversar com você, sobre aquele dia no bar. Não me lembrava muito daquela noite.

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