Primeira vista

Renan analisando o rosto dela disse:

- Você não tem jeito de criada com essas roupas ou então é uma ladra. (disse ele)

Melina irritada, ergueu o dedo indicador apontando para o peito dele dizendo:

- Ladra eu? Ah Como ousa me difamar dessa maneira, eu que tenho que lhe perguntar se você não é um ladrão.

Ele riu; achou engraçado a ousadia dela.

- Qual é o seu nome? (perguntou ele)

Melina colocando as mãos na cintura em sinal de desafio disse:

- Eu não vou dizer nada, você é um estranho.

Renan sorriu, aquela mulher era difícil.

- Já que vai fazer tanto mistério, eu vou chama-la de Bougainvillea. (disse ele se aproximando dela)

Melina sentiu a atmosfera mudar, o ambiente isolado meio escuro ficou sufocante, sua boca ficou seca e seu corpo reagiu a proximidade do estranho. O sorriso dele era perfeito.

- Oque quer dizer isso? (perguntou ela)

- Bougainvillea é uma planta bonita perfeita para ser admirada mas é espinhosa, e difícil toca-la sem se machucar com seus espinhos. (disse ele a poucos centímetro do rosto dela)

Melina ficou irritada com a ousadia dele. Afastando-se disse:

- Seu insolente.

De repente um dos cocheiros entra no estábulo;

Melina se agacha para não ser vista, se seu pai soubesse de suas intenções de fugir iria tranca-la pra sempre em seu quarto.

Renan olhou a cena franzindo a testa. A desconhecida tentando se esconder.

Ela olhou para cima e com os olhos suplicantes em silêncio pediu a ajuda do estranho.

- Meu senhor seu aposento já foi preparado, a criada me pediu para chama-lo a descansa.

(disse o servo)

- Estou precisando de descanso diga que já vou só irei terminar uma coisa importante que comecei a fazer aqui. (disse Renan olhando para o canto a onde ela estava)

- Como queira. (disse o servo saindo)

Melina soltou um grande suspiro de alívio.

Assim que ficou sozinho ele disse:

- Então? (disse Renan)

- Então oque? (disse ela levantando do chão)

- Vai me dizer oque faz aqui sorrateiramente a noite. Ou vou gritar aos guardas e dizer que achei uma ladra. (disse ele sorrindo)

A mulher a sua frente ficou muito brava.

- Você não tem vergonha de chantagear uma dama. Hunf!!

Disse ela pegando suas troxas de roupas e andando na direção contrária a ele sem olhar para homem.

- Se der mais um passo eu grito. (disse ele num tom ameaçador)

- Oque você quer afinal. Se é um convidado do senhor dessas terras que ventos os trouxeram aqui.

Falou ela tentando verificar a identidade do homem.

- Eu vim a negócios. (disse apenas)

Melina deu os ombros.

- Ah! Sim. (ela não perguntou mais nada)

- Quer fugir? Roubou oque? (disse ele)

Ela o olhou com raiva e indignação. Por culpa dele a oportunidade de sair sem ser vista tinha ido por água a baixo.

Agora a troca de turno da torre de vigia já tinha sido feita e ela não poderia sair, e se tentasse não confiava no estranho para ficar de boca fechada.

- Eu vou voltar para o meu quarto. Com licença.

(disse ela sem outra opção)

Renan olhou a mulher furiosa atravessar o pátio e entrar no castelo, seja lá quem fosse ela chamou muito sua atenção.

Ele Nunca tinha conhecido alguém com a língua tão afiada e que não se rendesse ao seu chame, Renan sabia que era um homem bonito e nunca se preocupou em conseguir companhia feminina. Ele queria conhecer melhor a misteriosa mulher, a imaginou esquentando o seu leito, Renan freiou rapidamente os pensamentos ele tentou retirar as imagens impróprias da mente. Daqui a algumas horas ao amanhecer ele conheceria sua futura esposa. E provavelmente era uma mulher chata e mimada, mas era sua noiva.

Renan passou a mão pelos longos cabelos os ajeitando e olhou para seu cavalo, pegou suas coisas e foi em direção a onde o criado tinha apontado para ele seguir anteriormente.

Ele pensou: "Cheguei aqui e logo conhecerei minha noiva, mas porque não consigo tirar a estranha da minha cabeça."

Melina chegou em seu quarto em silêncio, tirou as roupas e guardou tudo no lugar novamente, irritada ela pensou.

"Que raiva não foi desta vez"

Depois pensou no homem alto, de cabelos compridos, forte e bonito nas cocheiras. O estranho.

Ela irritou-se mais ainda.

- Como pude deixar aquele brutamontes me impedir de sair, não contava com isso. (disse ela pra si)

Melina encostou a cabeça no travesseiro e pensou no estranho, algo nele lhe intrigou.

Pensou ela em que assuntos ele teria com seu pai, ela ficou horas pensativa e até que adormeceu.

....

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Comments

Marlene Reis

Marlene Reis

AUTORA,ESSE LIVRO ESTÁ COMPLETO AQUI NESSA PLATAFORMA??
AMO SEUS LIVROS,VC ESTÁ DE PARABÉNS

2023-07-25

3

ana

ana

showwww

2022-11-03

0

Josilda Silva

Josilda Silva

muito interessante maravilhoso

2022-10-20

0

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