As Duas Faces De Angel
Chamo-me Angélica Montgomery, moro nos EUA, no estado de Ohio em Cleveland. Há dez anos atrás, eu era uma garotinha feliz e realizada, tinha uma mãe amorosa e um pai que me cobria de mimos, um verdadeiro lar cheio de amor. Ela me contava diversas histórias, nas quais no final o bem sempre vencia o mal. Porém no meu conto de fadas não foi bem assim, quando completei dez anos ela se foi levando toda a alegria e brilho consigo. A partir daquele momento, meu mundo perdeu as cores, pois cheguei à conclusão de que a realidade é cruel. No mundo real as bruxas podem sim, ter um final feliz. Dois meses após a morte da minha mãe, meu pai trouxe uma mulher e uma garota de treze anos para nossa casa. O pior foi descobrir que ela estava grávida de quatro meses, deixando evidente a traição Com o passa do tempo àquela mulher fez da minha vida um verdadeiro inferno. Tudo era motivo para me bate até meu quarto decorado pessoalmente pela minha Mãe, foi tirado de mim, ficando para
sua filha.
Minha mãe era de uma família muito bem sucedida e sendo filha única, partiu deixando uma fortuna incalculável para mim, pois se casou em regime de separações total dos bens, não restando nada para meu pai ainda assim sua ganancia falava mais alto,o mesmo tinha esperanças de ficar com algo, mas minha querida mãe fez um
testamento alegando que toda sua riqueza era minha por direito. No entanto, eu só receberia quando completasse vinte e dois anos de idade. Não demorou muito para minha madrasta torrar quase todo o patrimônio do meu pai, a mulher gastava dinheiro mais rápido do que ele conseguia ganhava. Enquanto ela e sua filha gostavam rios de dinheiro, eu vivia de sobras e vestia farrapos. A minha irmã postiça má, tinha se encarregado de espalhar fofoquinhas sobre mim na escola me deixando com uma péssima reputação. A mãe dela também falava horrores
de mim para meu pai, que acreditava em tudo e sempre virava motivos para me bater.
Certo dia simplesmente cansei de tentar me defender das calúnias, e passei a incorporar o personagem que criaram para mim, afinal por que ser boazinha se já tinha uma péssima reputação mesmo. Às vezes eu olhava para aquele homem cansado, com expressão amargurada no rosto e me perguntava, onde havia ido parar aquele homem feliz e apaixonado. Ao passo que a fortuna do meu pai se esvaia, a minha multiplicava isso só os fazia me pisarem ainda mais. Certo dia meu pai recebeu uma proposta de um negócio muito lucrativo. Ele teria que
ceder um terreno para a construção de um shopping, isso resolveria seus problemas financeiros, porém partes dessas terras eram minhas. Estando na família da minha mãe a gerações ele queria que eu assinasse um contrato me comprometendo a vender o terreno, mas me neguei, o deixando furioso. Expliquei a ele que
minha mãe amava aquele lugar, por isso nunca passaria para um estranho. Ele fez uma expressão esquisita e saiu apressado.
Minha madrasta se chamava Agatha, a filha mais velha Roxana e a mais nova Celina. Ela era uma mulher alta, magra, de cabelo curto e loiro. Agatha sempre dizia que casamento era um negócio. Não se importava de deixar
transparecer que era apenas mais uma interesseira. A filha mais velha dela ficava o tempo todo olhando revistas de negócios, era obcecada por um cara. Até arrancou uma página que tinha a fotografia dele estampado, colou
na parede do seu quarto Meu pai nunca me dava nada, porém em certa tarde, me trouxe roupas, sapatos, um perfume e me convidou para sentar-se a mesa com eles.
- Você esta muito feliz\, não é? É uma pena que não vai durar muito – disse Roxana com
tom de ironia.
- Do quê você está falando garota? – respondi sem entender nada.
-Ah, então você ainda não sabe? PAPAI arranjou um casamento para você
com um velho barrigudo- disse Roxana rindo com um mais puro prazer.
- Isso é mentira! Ele nunca faria uma coisa dessas comigo. – Respondi
incrédula me recusando a acredita em tamanha mentira.
- Ah! Mas ele fez sim. - Falou com deboche.
- Por que você me odeia tanto? Eu nunca te fiz mal!- perguntei tentando
de alguma entender porque tanta maldade.
- A sua existência me incomoda! Para mim\, você é como uma mosquinha
nojenta e irritante. - respondeu me olhando com uma expressão de nojo.
Naquela noite não dormi, chorei até que não tivesse mais lágrima sempre que eu estava triste,
pegava as fotografias da minha mãe e dormia abraçada com elas tentando de alguma forma, buscar o confronto que somente ela podia me dar. Naquela noite não as encontrei. No dia seguinte, continuei procurando e nada.
- Procurando algo querida? – disse Agatha.
- Foi você? Devolve as fotografias da minha mãe\, agora! – respondi.
- Seu pai está tentando fazer algo bom para família, mas você como sempre está dificultando tudo. Eu não vou permitir que estrague esse negócio.- disse Agatha.
- Você é uma pessoa horrível! Um dia vai pagar por tudo que está fazendo comigo!- respondi.
- Pense bem garota e assine aqueles papéis\, pois se fizer qualquer coisa para me desagradar\, eu queimo todas. — Ameaçou segurando um isqueiro aceso próximo ao envelope que continha as fotografias.
Me dei por vencida e cedi a chantagem dela, afinal aquelas eram as últimas lembranças da minha mãe. O homem
havia marcado um jantar, mas não apareceu, ao invés disso mandou um advogado com papéis, os quais assinamos. Meu pai mandou que eu arrumasse minhas coisas, pois mandariam alguém me buscar, depois todos saíram de casa. Como se eu me importasse por não me despedir deles, pelo contrário, já que eu iria embora mesmo, não custava nada dar o troco. Quebrei todos os perfumes e rasguei os vestidos da minha madrasta, depois fui para o quarto da filha mais velha e destruí todas as revistas jovens empresários que ela colecionava. Foi uma atitude infantil? Talvez. Trouxe-me justiça? Não, mas me senti muito melhor. O homem demorou demais para mandar que me buscassem, e a meu pai e sua esposa chegaram antes em casa. Ah, minha nossa!
A coisa ficou feia! As bruxas começaram a chorar apontando o dedo indicador para mim. A bruxa velha parecia que teria um ataque ali mesmo, ficou tão vermelha quanto pimenta. Enquanto choravam e me insultavam, tive uma crise de risos. Aquilo fez a mulher se enfurecer mais ainda. Ela avançou para cima de mim parecendo um
touro bravo, achando ela que dessa vez, eu iria apanhar sem reagir. Quando pegou no meu cabelo, dei um soco no olho dela, a fazendo me soltar rapidamente. As filhas dela só faziam gritar. Meu pai partiu pra cima de mim e começou a dar murros sem piedade.
-Para pai! Se o senhor mata-la, vai para prisão e a falência será inevitável. - disse Roxana tentando, tentando com meu pai parasse de me bater.
-Pare querido! A partir de hoje, ela não será mais problema nosso.- completou Agatha.
- Você foi a minha maior decepção! Tenho vergonha de ter uma filha como você. Sua mãe era uma mulher culta\, linda e gentil. Ainda não entendo\, como pôde dar à luz a uma criatura como você!- disse Rômulo.
-Não seja hipócrita! O senhor estava traindo ela com essa mulherzinha. — Apontei o para minha madrasta, do chão onde meu pai me deixou.
- Quero você fora da minha casa! A partir de hoje não serei mais o seu pai. - respondeu ele me olhando com uma expressão de raiva.
- O senhor deixou de ser meu pai há muito tempo. – respondi.
Pouco tempo depois um homem chegou para me buscar. Me ajudou a entrar no carro e pegou a minha mala. Às vezes ele olhava pelo retrovisor, mas não disse nada, apenas seguiu adiante, e fiquei grata por isso.
...Obs: Pessoal sinta-se a vontade para ler e comentar. Desculpem
os erros, sou iniciante, mas, juntos, vamos fazer a história acontecer....
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Atualizado até capítulo 186
Comments
Rosângela Santos
começando a ler 20/03/2025
2025-03-21
0
Frankes Araujo
Uma estória triste de início, Angel além de perder a mãe que tanto amava, começou a perder sua identidade.
2021-12-24
5
Draken-kun
a
2021-10-26
2