Capítulo 5

Os dias passaram com total tranquilidade, mas o estranho era que o Duque enviava todas as manhãs o café da manhã para seu quarto, antes que Elena pudesse pedir, e sempre trazia consigo um cravo branco.

- Não entendo\, o que ele está planejando?

- Talvez\, finalmente\, tenha percebido que pode perdê-la.

- Mesmo se for assim\, o único interesse dele seria evitar a vergonha diante do meu pai.

- Não diga isso\, senhora\, o Duque certamente poderia se apaixonar por você.

- Não\, espero que não seja assim\, esse homem não me interessa.

Mari fica surpresa com as palavras, já que todos sabem o quanto ela adora o Duque e que, por isso, sempre suporta seu evidente desprezo. Mas Mari sorri, pois sua senhora finalmente se libertou desse amor que a cegava.

O Duque, por sua vez, está no pátio de treinamento, supervisionando os guardas.

- Como está a Duquesa?

- Ela está melhor\, Lorde\, como pediu\, enviamos o cravo branco para ela.

- Elena adora essas flores\, o jardim está cheio delas.

Parece que o Duque está reagindo e percebendo que tem uma mulher boa ao seu lado, ou talvez ele simplesmente não queira perder o casamento, porque a Duquesa é filha do Rei. Enquanto o Duque estava no pátio, Elena manda chamar dois guardas e a carruagem para sair. O Duque ouve sobre isso e imediatamente se dirige para onde Elena aguarda a carruagem, ao vê-lo, a albina se curva levemente sem dizer uma palavra.

- Você não deve sair\, seu tornozelo se recuperou recentemente.

- Estou bem\, não sou uma garota fraca.

- Elena\, vou com você.

- Mudei de ideia\, Mari\, vamos voltar.

Sem dizer mais nada, eles voltam para dentro de casa, deixando o Duque sem palavras, assim como os criados. Sem dúvida, a Duquesa está diferente, antes ela ficaria feliz em sair com ele. O Duque a segue imediatamente.

- Elena! O que significa essa atitude?

Elena para e olha para ele com total seriedade.

- Significa que não quero sua companhia\, Duque\, se eu sair\, irei sozinha\, como sempre foi.

Que homem tão irritante, parece que ele não suporta a ideia de ser ignorado, mas antes ele nem sequer olhava para ela, nem durante o jantar; ele entra em seu quarto e tira os sapatos, jogando-os de lado.

- Mas o que há de errado com ele?

- Na minha opinião\, ele não pode se dar ao luxo de perdê-la\, é isso que está acontecendo\, senhora.

- Claro\, sou a filha do Rei\, a filha que é admirada por ser a heroína do país.

Agora ela entende, por isso, no romance, o Duque não se apressou em se divorciar e permitiu que fosse a própria Elena a arruinar ainda mais o casamento; bem, agora será diferente, porque Elena não é mais a mesma e ela não sentirá ciúmes por aquela garota, e muito menos fará algo contra ela. Assim que ela chegar, Elena se afastará e será ela mesma quem irá até o Rei para pedir permissão para se divorciar.

- Mari\, a mãe do Duque logo chegará\, precisamos nos manter distantes.

- Sim\, senhora\, da última vez que a vi\, ela era uma mulher muito odiosa e não acredito que seja diferente agora.

- Duvido\, quando ela chegar\, você e eu nos mudaremos para a ala norte da mansão.

- Você deixará a ala principal? Mas senhora\, isso não é mostrar que você perdeu...

- Não\, é apenas mostrar que eu quero o Duque o mais longe possível de mim.

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