A Esperança

narrado por Elizabeth

já fazem 3 meses que estou presa nesse nesse quarto acolchoado, toda vez que abrem a porta os recebo com violência e me põem para dormir, ate que não é ruim dormir posso sonhar com eu pai, tio Alec e Athos , mas não tivesse mais sonhos estranhos onde podia falar com Athos, meu olfato que costumava ser bom estou perdendo aos poucos como se eu estivesse morrendo um pouco por dentro estando presa aqui.

Converso todos os dias com o Dr. Willson todos os dias, ele sempre me diz a mesma coisa, "Não existe vila de lobos, é tudo fruto da sua cabeça", "sua tia lhe trouxe para cá por que você não aceitar o fato que seu pais morram em um acidente e você começou a viver em suas fantasias e assim se tornando um perigo para si mesma e para sua família"

Depois de algum tempo comecei a acreditar que tudo era coisa da minha cabeça, mas me sinto estranha toda vez que saio para o pátio, tem algo que me chama por dentro e me leva a  uma parte isolada do pátio onde só uma grade separa de uma mata eu sento fico olhando com um sentimento nostálgico.

 Passo 2h por dia no consultório do Dr. Willson fazendo terapia, não sei mais quanto tempo estou aqui. Nesse momento estou com o Dr.

-Olá Dr.-

-Oi Elizabeth, como está hoje? -

-Bem, ainda sinto que tem algo errado, mas estou bem-

-Você se lembra o porquê de estar aqui? -

-Estou um pouco confusa, mas lembro que por não aceitar a o falecimento de meus pais em um acidente, comecei a fantasiar historias com um povo "Lobo". -

-Elizabeth após todo esse tempo de tratamento, acho que em breve poderá voltar para casa. –

Ainda não sinto que existe algo errado, não consigo me lembrar de nada antes do hospital, só lembro que estou aqui por achar que morava em uma vila de lobos e ser muito agressiva. Ainda fico ansiosa quando vou o pátio no meu passeio matinal consigo sentir cheiros que não identifico de onde são mas acabo sempre em frente a única parte que não é murado e sim uma grade de frente a uma mata.

Ainda tenho sonhos esquisitos com pessoas que não são reais e sim fruto da minha imaginação, vejo em meus sonhos sempre meu suposto pai e um menino chamado Athos, o Dr. Willson me disse que como creditei por muito tempo nessa realidade fictícia que meu subconsciente não quer acreditar que não é verdade, amanhã será meu aniversário de 12 anos, já estou bem o suficiente para receber visita de minha tia Emmy e meu tio João, não lembro de nada antes dos 6 anos nem sei quem são meus tios sei que ficaram responsáveis por mim quando o acidente aconteceu e foram eles que me internaram para o meu próprio bem e o deles já que estava tão fora de controle e podia machucá-los.

Deu o toque de recolher volto para meu quarto, aporta é trancada me deito e logo o sono bem me levar.

Sonho on

Outra vez estou parada em frente a uma casa grande cercada por árvores, o sol está aquecendo minha pele e o vento a acaricia delicadamente, vejo Athos vindo em minha direção ele me abraça e me beija minha bochecha, vamos brincar corremos por entre as árvores vamos a até um lago lindo, e ele se transforma em um lindo lobo de cor acinzentado, olhos azuis como o um brilho intenso, ele se aproxima de mim olhando em meus olhos.

- Onde está? – ele sempre me pergunta a mesma coisa varias vez

- Eu\, estou aqui na sua frente! – sempre respondo do mesmo jeito

Pela primeira vez escuto uma pergunta diferente:

- Onde você está dormindo? –

-Não estou dormindo, estou de pé na sua frente! – ele me olha e se aproxima voltando a ser o menino.

-Elizabeth, não isso é um sonho onde posso falar finalmente com você. – estou confusa não sei no que acreditar o olho e não digo nada, não quer voltar a ser como antes

- Graças a promessa que fiz para você que sempre estaria ao seu lado\, temos uma ligação pro resto da vida. – só pode ser brincadeira\, lobos não são reais.

- Lobos não são reais\, eles não vivem em uma vila e eu não fui criada por lobos. – digo gritando

Sonho off

Acordo gritando

– Não, não, não – eu não vou deixar isso acontecer de novo, quer voltar para casa com meus tios não posso ser impressionada por um sonho que tenho todos os dias.

Sonhos são só nosso subconsciente tentado fugir da realidade, não vou ser enganada por minha própria mente.

Levanto rapidamente, aparto o botão de emergência e logo depois entram em meu quarto 2 enfermeiros, estou agitada andado de um lado para o outro murmurando

– não existem uma vila de lobos, são fruto da minha imaginação–. Não paro para de repetir, um dos enfermeiros chega perto

– Venha vamos é hora de dormir. – ele me assegura e o outro já está com a seringa nas mãos

-Não eu não quero dormir, não quer ver os lobos. - ele crava a agulha em meu braço e logo sinto meu corpo fraco e minhas pálpebras pesada tento lutar para não me entregar mas é em vão.

Narrado por Athos

Depois de anos a procura de Eliz todos já haviam desistido, até seu pai se deu por vencido nessa busca, eu sabia que ela estava viva e confusa, pois cada vez que tentava me comunicar com ela através de seus sonhos, ela sempre tentava me dizer algo ela escrevia mas por muitas vez só o que dava para ler era "me ajuda" as outras palavras se perdiam. Com o passar do tempo ela me tratava cada dia mais indiferente e logo que começou a poder falar e poucas palavras podiam ser audíveis e e agora que consigo me comunicar sem problemas ela não acredita em mim.

Depois de muito pesquisar eu contei ao me pai o que acontecia em meus sonhos, mas ele não acreditou por essa ligação ser só possível entre lobos e por ela ser humana não teria como, mas não desisti estudei todos os livros que aviam sobre essa ligação.

Descobri que só é possível quando o lobo encontra sua companheira, mas sua companheira tem quer ser um lobo também, não sabia  ao certo o que isso queria dizer na época,  mas estou certo que vou encontrá-la.

No contado de hoje ela estava se divertindo comigo em seus sonhos, mas não entendo o porquê dela acreditar agora que nós não existimos, tem algo ou alguém fazendo ela acreditar que o mundo só existem humanos. Vou tentar amanha de volta e dessa vez farei ela acreditar em mim e me contar onde está.

Vou até o escritório de meu pai, bato na porta e espero me chamarem.

-Entre –

- Oi pai\, podemos conversar? -

- Claro\, sente-se. - Me sento em sua frente decidido a fazer ele acreditar que Eliz está viva.

- Pai\, eu tenho estudo sobre a ligação entro lobos- digo e ele arqueia uma sobrancelha e me olha com um olhar sarcástico.

-É sério, todas as noite sonho com Eliz e cada dia ela está mais confusa e diz que não exitem lobos- quando falo meu pai se levanta e fica na minha frente

-Elisabeth está desaparecida a 6 anos provavelmente esteja morta, ninguém a viu em lugar nenhum, tire essas ideias de sua cabeça ela não vai volta. – Só em pensar que não poderia ver ela de volta fico furioso que não me contenho em gritar.

-Ela está viva sim, falo com ela toda noite em meus sonhos e sei que é real, e sei que ela é especial para mim você  pode não acreditar, mas seu que ela é minha companheira. – Meu pai fica surpreso com tal revelação me olha e diz:

- Como isso é possível!? Ela é uma humana\, não teria como ela ser sua companheira! - eu não sei se devo dizer mas creio que ela seja uma mestiça\, e isso já a condena a morte por ser estritamente proibido o envolvimento de lobos com humanos.

- Pai em alguns livros antigos em nossa biblioteca pesquisei sobre seres que tem habilidades como os lobos faro\, agilidade força e inteligência\, acho que tenho quase certeza que ela é uma mestiça filha de humana com lobo\, assim tornando possível minha ligação com ela-  Meu pai me olha surpreso com a informação.

-É faz sentido, mas como contar ao Vicenzo que sua filha pode estar viva e ainda por cima ela já pode ser considerada como uma criminosa por sua origem, e agora que ele decidiu que iria seguir em frente o Pequeno Matheus esta por completar 5 anos e logo será apresentado como herdeiro para substituir a Elizabeth como líder, já que ele acredita que ela esteja morta .

-Pai vá falar com ele antes que seja tarde, por mais que eu não tenha ideia de onde ela esteja e nem do que o futuro reserva a ela, meu destino ta entrelaçado  com o dela nem que eu tenha que ser exilado eu vou estar com ela e vou encontra-la com ou sem ajuda.- minha determinação e minha meta de vida é estar ao seu lado não importa a onde

-Ela deve estar muito longe já que nossa ligação só de ser feita durante o sono. -

- Vou convencer o Supremo de retomar as buscas - .

Volto para o quarto estou contente, consegui converse meu pai que ela vai voltar e espero que o supremo acredite, levei muito tempo para poder ter provas concretas que ela não é uma humana comum e que está viva.

me deito com um único pensamento "logo estarei de volta ao lado da minha Eliz" logo sou embalado pelo sono.

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