fugitiva grávida e desesperada

Ao chegar à Rússia, Paola conheceu Katrina Ivanov no aeroporto. A jovem russa, de cabelos ruivos e olhos Verde, trazia no semblante uma força serena. Filha de um antigo militar morto em combate, Katrina morava sozinha em um pequeno apartamento e trabalhava como enfermeira em um hospital público. Talvez por sentir o vazio da solidão, talvez por reconhecer a dor escondida nos olhos de Paola, ela se aproximou com naturalidade, oferecendo ajuda.

catrina ivanov 26 anos melhor amiga de Paola

A amizade nasceu de forma quase imediata. E, quando percebeu que Paola não tinha para onde ir, Katrina não pensou duas vezes: abriu as portas de sua casa para a desconhecida que, em poucos dias, já parecia uma irmã.

Uma semana depois, tomada pela confiança, Paola revelou toda a sua história — a fuga, o casamento forçado, o medo de ser encontrada. Katrina ouviu em silêncio, com um nó na garganta, e no fim apenas segurou suas mãos com firmeza:

— “Eu prometo… vou ajudá-la a se proteger. Agora você não está mais sozinha.”

Pouco tempo depois, Paola começou a sentir-se fraca. Certo dia, ao desmaiar, foi levada às pressas ao hospital onde a própria Katrina trabalhava. O diagnóstico caiu sobre ela como um raio: estava grávida.

Paola chorou em desespero, sentindo o peso da tragédia que a perseguia. Pensava em tudo o que havia sofrido, na vida que carregava dentro de si sem ter desejado. Mas Katrina esteve ali em todos os momentos — apoiando, consolando, lembrando que a vida que nascia poderia ser sua salvação.

Com o tempo, as lágrimas deram espaço à aceitação. Paola passou a enxergar naquela gravidez não apenas dor, mas também um recomeço.

Meses depois, um novo exame trouxe outra revelação: não seria apenas uma criança. Ela esperava gêmeos — um menino e uma menina.

O impacto foi imenso, mas junto dele veio uma emoção inesperada. Abraçada por Katrina, Paola chorou de alegria e, com a voz trêmula, escolheu os nomes:

— “Ele será Victor… e ela será Vitória. Dois vencedores. Duas razões para eu nunca desistir.”

Katrina sorriu, os olhos marejados, e a envolveu num abraço caloroso:

— “Eles já são fortes, como a mãe que têm. Vamos protegê-los, custe o que custar.”

A partir daquele dia, Paola — agora conhecida como Olga Petrov — passou a viver entre dois extremos: a esperança que crescia dentro dela a cada chute dos bebês, e o medo constante de que Emílio pudesse algum dia encontrá-la.

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Enquanto isso, na Itália, Emílio prosseguia em sua caçada implacável. O Dom não descansava, movido por uma mistura de obsessão e remorso. Foi em uma emboscada cuidadosamente arquitetada que conseguiu finalmente capturar Perla.

A irmã vaidosa tentou se defender, negando qualquer envolvimento, mas diante da tortura não resistiu: confessou que havia trocado de lugar com Paola, entregando a própria irmã ao destino cruel de se tornar esposa do mafioso.

Enfurecido, Emílio trancafiou Perla nas celas subterrâneas de sua mansão. Ela gritava, implorava, mas o coração dele estava tomado por um ódio cego — não contra ela apenas, mas contra si mesmo. Agora, mais do que nunca, seu desejo era reencontrar a mulher certa, a menina que perseguia em seus sonhos.

À noite, sozinho, as lembranças das humilhações que fez Paola sofrer o assombravam. Era Laura, sua irmã, quem ousava enfrentá-lo:

— “Você não a conhecia… mas eu conheço. Paola é boa, é inocente. Ela não merecia nada do que você fez.”

As palavras ecoavam como golpes, abrindo feridas em sua consciência. Ainda assim, não bastavam para apagar a culpa que o consumia.

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Foi então, em uma noite sufocante, que o sonho voltou.

Emílio se viu diante de duas crianças, de cerca de dois anos. A menina tinha os olhos de Paola — doces e cheios de vida. O menino, por sua vez, era como um reflexo de sua própria infância, carregando seus traços de forma inconfundível.

Eles correram até ele, rindo, e falaram em uníssono:

— “Está chegando a hora de nos encontrarmos, papai. Não machuque ninguém… a mamãe fez tudo por amor.”

Emílio despertou ofegante, o coração em disparada. Por um instante, pensou ainda estar sonhando. Mas a sensação era tão vívida que as palavras das crianças ecoaram em sua mente, repetidas como um presságio.

— “Quem são essas crianças?… Será possível?…”

O poderoso Dom da máfia, temido por todos, sentiu algo que não experimentava há anos: medo e esperança ao mesmo tempo.

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Comments

Veranice Zimmer Ferst

Veranice Zimmer Ferst

credo que nojo desse homem machista achondo que todas as mulheres são supimisas usadas estrupadas espero que ela não se apaixonar por esse homem e a onde está o pai dela e a mãe que raiva dele pufavor escritora como um mafioso nojento escroto não tem inteligência pra saber que os pais dela que tem culpa ele é muito burro credo como UM mafioso que tem tudo para trazer a verdade não fez nada pra saber tudo da história da família dela será que tão burro assim mesmo credo??????

2025-09-19

2

Gigliolla Maria

Gigliolla Maria

se encontrar ela não a machuque .ela não tem culpa por seu pai e irmã ser gananciosos

2025-09-18

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